Papa pede que a Igreja dos EUA receba sem medo os imigrantes
"Portanto, os acolham sem medo (...) Estou seguro de que, mais uma vez, esta gente enriquecerá seu país e sua Igreja", apontou o papa
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2015 às 16h27.
O papa Francisco , que começou sua visita aos Estados Unidos recordando as origens imigrantes de sua família, pediu nesta quarta-feira aos padres americanos que acolham sem medo em suas igrejas os imigrantes latinos.
Embora tenha elogiado que "nenhuma instituição americana faz mais pelos imigrantes que suas comunidades cristãs", o pontífice argentino, primeiro do continente americano, ofereceu uma "sugestão" sobre o tema.
"Agora existe esta grande onda de imigração latina em muitas de suas dioceses (…) Talvez não seja fácil para vocês ler sua alma; talvez sejam submetidos à prova por sua diversidade. Em todo caso, saibam que também têm recursos a compartilhar.", disse Francisco
"Portanto, os acolham sem medo (...) Estou seguro de que, mais uma vez, esta gente enriquecerá seu país e sua Igreja", apontou o papa durante uma sessão de oração com os padres na Cadetral de St. Matthews em Washington.
Ao ser recebido momentos antes na Casa Branca pelo presidente Barack Obama, o papa falou de entrada sobre o tema da imigração, recordando que chegava aos Estados Unidos como "filho de uma família de imigrantes".
"Como filho de uma família de imigrantes, alegra-me estar neste país, que foi construído em grande parte por tais famílias", disse o papa argentino em inglês no início de seu discurso na Casa Branca.
Tanto pelos africanos e asiáticos que atravessam em precárias balsas o Mediterrâneo para chegar a Europa ou os latino-americanos que cruzam ilegalmente a fronteira americana, o papa de 78 anos pediu caridade pelos imigrantes.
O tema migratório, que agita a campanha presidencial nos Estados Unidos, poderá estar novamente na agenda papal da quinta-feira, quando Francisco se discursará no Congresso.
O partido republicano, que controla as duas câmaras, rejeitou há dois anos uma reforma que pretendia a regularização dos 11 milhões de sem documentos, em sua maioria provenientes da América Latina.
O papa também pediu aos Estados Unidos para que trabalhem para que os casos de abuso sexual infantil que abalaram a Igreja Católica não se repitam novamente.
"Eu sei o quanto os fez sofrer o ferimento dos últimos anos, e tenho acompanhado de perto seu generoso esforço para curar as vítimas, consciente de que, quando curamos, também somos curados, e por continuar a trabalhar para garantir que esses crimes não se repitam mais", disse pontífice argentino durante uma sessão de oração com os prelados em uma igreja em Washington.
Francisco adotou medidas severas contra a pedofilia, mas, nos Estados Unidos, sua decisão de não se reunir com vítimas de abuso sexual decepcionou muitos seguidores.
Cerca de 6.400 padres católicos foram acusados de abusar de menores nos Estados Unidos entre 1950 e 1980, mas ativistas acreditam que o número pode ser bem maior.
O papa Francisco , que começou sua visita aos Estados Unidos recordando as origens imigrantes de sua família, pediu nesta quarta-feira aos padres americanos que acolham sem medo em suas igrejas os imigrantes latinos.
Embora tenha elogiado que "nenhuma instituição americana faz mais pelos imigrantes que suas comunidades cristãs", o pontífice argentino, primeiro do continente americano, ofereceu uma "sugestão" sobre o tema.
"Agora existe esta grande onda de imigração latina em muitas de suas dioceses (…) Talvez não seja fácil para vocês ler sua alma; talvez sejam submetidos à prova por sua diversidade. Em todo caso, saibam que também têm recursos a compartilhar.", disse Francisco
"Portanto, os acolham sem medo (...) Estou seguro de que, mais uma vez, esta gente enriquecerá seu país e sua Igreja", apontou o papa durante uma sessão de oração com os padres na Cadetral de St. Matthews em Washington.
Ao ser recebido momentos antes na Casa Branca pelo presidente Barack Obama, o papa falou de entrada sobre o tema da imigração, recordando que chegava aos Estados Unidos como "filho de uma família de imigrantes".
"Como filho de uma família de imigrantes, alegra-me estar neste país, que foi construído em grande parte por tais famílias", disse o papa argentino em inglês no início de seu discurso na Casa Branca.
Tanto pelos africanos e asiáticos que atravessam em precárias balsas o Mediterrâneo para chegar a Europa ou os latino-americanos que cruzam ilegalmente a fronteira americana, o papa de 78 anos pediu caridade pelos imigrantes.
O tema migratório, que agita a campanha presidencial nos Estados Unidos, poderá estar novamente na agenda papal da quinta-feira, quando Francisco se discursará no Congresso.
O partido republicano, que controla as duas câmaras, rejeitou há dois anos uma reforma que pretendia a regularização dos 11 milhões de sem documentos, em sua maioria provenientes da América Latina.
O papa também pediu aos Estados Unidos para que trabalhem para que os casos de abuso sexual infantil que abalaram a Igreja Católica não se repitam novamente.
"Eu sei o quanto os fez sofrer o ferimento dos últimos anos, e tenho acompanhado de perto seu generoso esforço para curar as vítimas, consciente de que, quando curamos, também somos curados, e por continuar a trabalhar para garantir que esses crimes não se repitam mais", disse pontífice argentino durante uma sessão de oração com os prelados em uma igreja em Washington.
Francisco adotou medidas severas contra a pedofilia, mas, nos Estados Unidos, sua decisão de não se reunir com vítimas de abuso sexual decepcionou muitos seguidores.
Cerca de 6.400 padres católicos foram acusados de abusar de menores nos Estados Unidos entre 1950 e 1980, mas ativistas acreditam que o número pode ser bem maior.