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Papa pede perdão por escândalos no Vaticano

"Em nome da Igreja quero pedir-vos perdão pelos escândalos que se produziram em Roma e no Vaticano. Peço-vos perdão", disse o papa

Papa Francisco: "Em nome da Igreja quero pedir-vos perdão pelos escândalos que se produziram em Roma e no Vaticano. Peço-vos perdão", (Pool/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 07h34.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu nesta quarta-feira perdão em nome da Igreja "pelos escândalos que nos últimos tempos se produziram em Roma e no Vaticano", no início de sua audiência geral na Praça de São Pedro.

Francisco, com semblante preocupado, parou por um momento antes de ler a catequese que tinha preparado sobre a família e exclamou: "Sei que Jesus é realista e é inevitável que haja escândalos, mas ai do homem que causa o escândalo!".

"Em nome da Igreja quero pedir-vos perdão pelos escândalos que se produziram em Roma e no Vaticano. Peço-vos perdão", acrescentou e começou a ler o discurso preparado.

Apesar de o papa não ter feito referência a nenhum caso em particular, nos últimos dias causou inquietação no Vaticano e no Sínodo dos Bispos a publicação de uma carta enviada ao pontífice assinada por 13 cardeais, apesar de alguns terem garantido que não a firmaram, na qual denunciavam como está sendo a reunião dos bispos.

Alguns cardeais confirmaram a existência da carta, mas puseram em dúvida o conteúdo publicado e a lista dos signatários.

Diante do rebuliço que causou sua existência, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, tachou ontem a publicação da carta de "ato de distúrbio".

O cardeal alemão Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (o antigo Santo Ofício) e que também aparece entre os signatários, denunciou sua publicação e afirmou que está acontecendo outro Vatileaks, em referência ao escândalo vivido no Vaticano em 2012, quando documentos reservados do papa foram vazados para a imprensa.

Além disso, na semana passada, o sacerdote polonês Krzysztof Charamsa, teólogo da Congregação para a Doutrina da Fé e secretário adjunto da Comissão Teológica, e também professor da pontifícia universidade anunciou que era homossexual e que tinha um companheiro.

O porta-voz do Vaticano qualificou então as declarações de Charamsa de "muito graves e irresponsáveis", já que foram feitas a um dia do início do Sínodo Ordinário para a Família e anunciou sua expulsão da Congregação.

Por último, a imprensa repercutiu recentemente uma carta assinada por mais de 100 fiéis da paróquia de Santa Teresa de Ávila em Roma, na qual denunciavam a presença de um sacerdote em locais gays da região, assim como o testemunho de uma pessoa que teria tido relações sexuais com o padre citado em troca de dinheiro.

Segundo este testemunho, do qual foi alertado o vigário de Roma, Agostino Vallini, esses encontros sexuais aconteciam dentro da paróquia e, além disso, o padre teria consumido grandes quantidades de droga e álcool.

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Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu nesta quarta-feira perdão em nome da Igreja "pelos escândalos que nos últimos tempos se produziram em Roma e no Vaticano", no início de sua audiência geral na Praça de São Pedro.

Francisco, com semblante preocupado, parou por um momento antes de ler a catequese que tinha preparado sobre a família e exclamou: "Sei que Jesus é realista e é inevitável que haja escândalos, mas ai do homem que causa o escândalo!".

"Em nome da Igreja quero pedir-vos perdão pelos escândalos que se produziram em Roma e no Vaticano. Peço-vos perdão", acrescentou e começou a ler o discurso preparado.

Apesar de o papa não ter feito referência a nenhum caso em particular, nos últimos dias causou inquietação no Vaticano e no Sínodo dos Bispos a publicação de uma carta enviada ao pontífice assinada por 13 cardeais, apesar de alguns terem garantido que não a firmaram, na qual denunciavam como está sendo a reunião dos bispos.

Alguns cardeais confirmaram a existência da carta, mas puseram em dúvida o conteúdo publicado e a lista dos signatários.

Diante do rebuliço que causou sua existência, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, tachou ontem a publicação da carta de "ato de distúrbio".

O cardeal alemão Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (o antigo Santo Ofício) e que também aparece entre os signatários, denunciou sua publicação e afirmou que está acontecendo outro Vatileaks, em referência ao escândalo vivido no Vaticano em 2012, quando documentos reservados do papa foram vazados para a imprensa.

Além disso, na semana passada, o sacerdote polonês Krzysztof Charamsa, teólogo da Congregação para a Doutrina da Fé e secretário adjunto da Comissão Teológica, e também professor da pontifícia universidade anunciou que era homossexual e que tinha um companheiro.

O porta-voz do Vaticano qualificou então as declarações de Charamsa de "muito graves e irresponsáveis", já que foram feitas a um dia do início do Sínodo Ordinário para a Família e anunciou sua expulsão da Congregação.

Por último, a imprensa repercutiu recentemente uma carta assinada por mais de 100 fiéis da paróquia de Santa Teresa de Ávila em Roma, na qual denunciavam a presença de um sacerdote em locais gays da região, assim como o testemunho de uma pessoa que teria tido relações sexuais com o padre citado em troca de dinheiro.

Segundo este testemunho, do qual foi alertado o vigário de Roma, Agostino Vallini, esses encontros sexuais aconteciam dentro da paróquia e, além disso, o padre teria consumido grandes quantidades de droga e álcool.

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