Papa pede guerra global contra tráfico humano e escravidão
Papa apelou aos consumidores para que boicotem bens que possam ter sido produzidos por trabalhadores explorados
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 09h46.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu uma mobilização global para combater o tráfico humano e a escravidão nesta quarta-feira, apelando aos consumidores para que boicotem bens que possam ter sido produzidos por trabalhadores explorados.
Em mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, em 1º de janeiro, o papa denunciou a “indiferença generalizada” que permite que tais práticas persistam.
“Estamos diante de um fenômeno global que ultrapassa a competência de qualquer comunidade ou país em particular. Para eliminá-lo, precisamos de uma mobilização comparável em tamanho à do próprio fenômeno”, disse Francisco na mensagem, enviada a chefes de Estado e de governo, instituições internacionais e líderes religiosos.
O pontífice argentino fez da defesa dos imigrantes e dos trabalhadores um tema central de seu papado. Ele criticou o sistema econômico mundial por não conseguir dividir a riqueza e escolheu a pequena ilha de Lampedusa, no sul da Itália, que muitos imigrantes morreram no mar tentando alcançar, como cenário de sua primeira viagem como papa.
Embora tenha pedido a governos e instituições que façam mais para deter o tráfico humano e a escravidão moderna, desta vez Francisco enfatizou a responsabilidade social individual.
“Toda pessoa deveria ter consciência de que comprar é sempre um ato moral, e não simplesmente econômico”, afirmou no texto de seis páginas, intitulado “Não mais escravos, mas irmãos e irmãs”.
Ele pediu às pessoas e às comunidades que se sintam “desafiados... quando formos tentados a selecionar itens que podem muito bem ter sido produzidos pela exploração de outros”.
O segundo índice global de escravidão lançado no mês passado pela Fundação Walk Free, um grupo de direitos humanos sediado na Austrália, estimou que quase 36 milhões de pessoas vivem como escravas, são traficadas e levadas a bordéis, são forçadas a realizar trabalho manual, são vítimas de agiotagem ou nascem escravas.
Grupos de ativistas como o slaveryfootprint.org vêm incentivando os consumidores a evitar produtos baratos que podem ser fruto de trabalho forçado ou outras formas de exploração.
Em sua mensagem, Francisco denunciou “o flagelo crescente da exploração do homem pelo homem” e disse que os governos devem agir mais para combater os grupos do crime organizado responsáveis pelo tráfico humano.
Na semana passada, o líder do 1,2 bilhão de católicos se juntou a líderes muçulmanos, judeus, hindus, budistas e cristãos na promessa de usar suas religiões para ajudar a erradicar a escravidão moderna e o tráfico humano até 2020.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco pediu uma mobilização global para combater o tráfico humano e a escravidão nesta quarta-feira, apelando aos consumidores para que boicotem bens que possam ter sido produzidos por trabalhadores explorados.
Em mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, em 1º de janeiro, o papa denunciou a “indiferença generalizada” que permite que tais práticas persistam.
“Estamos diante de um fenômeno global que ultrapassa a competência de qualquer comunidade ou país em particular. Para eliminá-lo, precisamos de uma mobilização comparável em tamanho à do próprio fenômeno”, disse Francisco na mensagem, enviada a chefes de Estado e de governo, instituições internacionais e líderes religiosos.
O pontífice argentino fez da defesa dos imigrantes e dos trabalhadores um tema central de seu papado. Ele criticou o sistema econômico mundial por não conseguir dividir a riqueza e escolheu a pequena ilha de Lampedusa, no sul da Itália, que muitos imigrantes morreram no mar tentando alcançar, como cenário de sua primeira viagem como papa.
Embora tenha pedido a governos e instituições que façam mais para deter o tráfico humano e a escravidão moderna, desta vez Francisco enfatizou a responsabilidade social individual.
“Toda pessoa deveria ter consciência de que comprar é sempre um ato moral, e não simplesmente econômico”, afirmou no texto de seis páginas, intitulado “Não mais escravos, mas irmãos e irmãs”.
Ele pediu às pessoas e às comunidades que se sintam “desafiados... quando formos tentados a selecionar itens que podem muito bem ter sido produzidos pela exploração de outros”.
O segundo índice global de escravidão lançado no mês passado pela Fundação Walk Free, um grupo de direitos humanos sediado na Austrália, estimou que quase 36 milhões de pessoas vivem como escravas, são traficadas e levadas a bordéis, são forçadas a realizar trabalho manual, são vítimas de agiotagem ou nascem escravas.
Grupos de ativistas como o slaveryfootprint.org vêm incentivando os consumidores a evitar produtos baratos que podem ser fruto de trabalho forçado ou outras formas de exploração.
Em sua mensagem, Francisco denunciou “o flagelo crescente da exploração do homem pelo homem” e disse que os governos devem agir mais para combater os grupos do crime organizado responsáveis pelo tráfico humano.
Na semana passada, o líder do 1,2 bilhão de católicos se juntou a líderes muçulmanos, judeus, hindus, budistas e cristãos na promessa de usar suas religiões para ajudar a erradicar a escravidão moderna e o tráfico humano até 2020.