Papa celebra missa em guarani no último dia no Paraguai
Com uma visita a um bairro pobre, na periferia de Assunção, e uma missa com 1 milhão de fiéis papa faz homenagem à cultura popular e guarani do país
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2015 às 17h20.
Assunção - Com uma visita a um bairro pobre, na periferia de Assunção e uma missa à qual assistiram 1 milhão de pessoas e que foi uma autêntica homenagem à cultura popular e guarani do país, o papa encerrou neste domingo sua ao Paraguai .
Embora ainda lhe reste um encontro com jovens antes de voltar a Roma, Francisco celebrou uma grande missa que fechou sua passagem pela América Latina, na qual também visitou Equador e Bolívia.
"Sei bem quanto se quer o papa no Paraguai. Eu também os levo em meu coração e rezo por vocês e por seu país", foram as palavras com as quais Francisco terminou a cerimônia e que marcaram a despedida.
Francisco começou o dia com uma visita aos moradores de Bañado Norte, uma das áreas mais carentes da capital paraguaia, onde criticou a "fé não solidária" e "mentirosa" de quem vai à missa, mas não sabe o que ocorre nos bairros marginalizados.
Lá, ele ouviu depoimentos de duas pessoas que denunciaram o Estado por abandono.
O Estado não se ocupou de nós e não nos olha agora com bons olhos. Não nos veem como pessoas de direitos, mas para seus responsáveis somos, como nos costumam dizer, 'um passivo social", lamentou María García, coordenadora do bairro.
Após caminhar pelas ruas do bairro, onde vivem 23 mil famílias, o pontífice afirmou que "uma fé que não se faz com solidariedade, é uma fé morta. É uma fé sem Cristo, uma fé sem Deus, uma fé sem irmãos. Uma fé mentirosa".
Francisco, embora rapidamente, provou em uma das vielas do Bañado um "mbeju" (tipo de torta de amido), mate e sopa paraguaia (bolo salgado de milho e queijo), um café da manhã típico paraguaio preparado por uma das moradoras.
Depois da missa na esplanada de Ñu Guazu, que em guarani significa "Campo Grande", uma base militar e que se transformou em um autêntico lamaçal pelas chuvas dos últimos dias, o papa fez uma autêntica homenagem à cultura popular do país.
Cantos populares, leituras e inclusive o pai nosso em guarani e o espetacular altar formado por espigas e sementes locais foram a particularidade da missa celebrada pelo papa Francisco.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou em entrevista coletiva que, segundo suas estimativas, assistiram à missa 1 milhão de pessoas.
A presidente de argentina, Cristina Kirchner, foi à missa e ficou sentada na ala de autoridades junto com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, e no final da eucaristia subiu ao altar para saudar o pontífice, a quem deu um quadro.
Os cantos religiosos adaptados à musicalidade popular foram entoados por um coro composto de 500 vozes e a Orquestra Sinfônica Nacional.
Antes, na homilia, o papa pediu aos fiéis a hospitalidade, que disse ser "uma das características fundamentais da comunidade crente" e acrescentou que o cristão é quem aprendeu a hospedar, a alojar".
Antes de deixar o Paraguai, às 19h locais (20h de Brasília), Francisco almoçará com os bispos do Paraguai e se reunirá com os jovens em Encostam grupo de jovens. EFE
Assunção - Com uma visita a um bairro pobre, na periferia de Assunção e uma missa à qual assistiram 1 milhão de pessoas e que foi uma autêntica homenagem à cultura popular e guarani do país, o papa encerrou neste domingo sua ao Paraguai .
Embora ainda lhe reste um encontro com jovens antes de voltar a Roma, Francisco celebrou uma grande missa que fechou sua passagem pela América Latina, na qual também visitou Equador e Bolívia.
"Sei bem quanto se quer o papa no Paraguai. Eu também os levo em meu coração e rezo por vocês e por seu país", foram as palavras com as quais Francisco terminou a cerimônia e que marcaram a despedida.
Francisco começou o dia com uma visita aos moradores de Bañado Norte, uma das áreas mais carentes da capital paraguaia, onde criticou a "fé não solidária" e "mentirosa" de quem vai à missa, mas não sabe o que ocorre nos bairros marginalizados.
Lá, ele ouviu depoimentos de duas pessoas que denunciaram o Estado por abandono.
O Estado não se ocupou de nós e não nos olha agora com bons olhos. Não nos veem como pessoas de direitos, mas para seus responsáveis somos, como nos costumam dizer, 'um passivo social", lamentou María García, coordenadora do bairro.
Após caminhar pelas ruas do bairro, onde vivem 23 mil famílias, o pontífice afirmou que "uma fé que não se faz com solidariedade, é uma fé morta. É uma fé sem Cristo, uma fé sem Deus, uma fé sem irmãos. Uma fé mentirosa".
Francisco, embora rapidamente, provou em uma das vielas do Bañado um "mbeju" (tipo de torta de amido), mate e sopa paraguaia (bolo salgado de milho e queijo), um café da manhã típico paraguaio preparado por uma das moradoras.
Depois da missa na esplanada de Ñu Guazu, que em guarani significa "Campo Grande", uma base militar e que se transformou em um autêntico lamaçal pelas chuvas dos últimos dias, o papa fez uma autêntica homenagem à cultura popular do país.
Cantos populares, leituras e inclusive o pai nosso em guarani e o espetacular altar formado por espigas e sementes locais foram a particularidade da missa celebrada pelo papa Francisco.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou em entrevista coletiva que, segundo suas estimativas, assistiram à missa 1 milhão de pessoas.
A presidente de argentina, Cristina Kirchner, foi à missa e ficou sentada na ala de autoridades junto com o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, e no final da eucaristia subiu ao altar para saudar o pontífice, a quem deu um quadro.
Os cantos religiosos adaptados à musicalidade popular foram entoados por um coro composto de 500 vozes e a Orquestra Sinfônica Nacional.
Antes, na homilia, o papa pediu aos fiéis a hospitalidade, que disse ser "uma das características fundamentais da comunidade crente" e acrescentou que o cristão é quem aprendeu a hospedar, a alojar".
Antes de deixar o Paraguai, às 19h locais (20h de Brasília), Francisco almoçará com os bispos do Paraguai e se reunirá com os jovens em Encostam grupo de jovens. EFE