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Papa defende conceito católico da morte

Papa reconheceu que a pergunta de por que as crianças morrem ou sofrem sempre o incomodou, ressaltando que, para os católicos, a vida não termina com a morte

Papa Francisco, no Vaticano: Praça de São Pedro, mesmo com rigoroso frio, se mostrava abarrotada por dezenas de milhares de pessoas (Max Rossi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 10h19.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco reconheceu nesta quarta-feira que a pergunta de por que as crianças morrem ou sofrem sempre o incomodou, ressaltando que, para os católicos , "a vida não termina com a morte".

O papa fez tais afirmações durante a audiência geral celebrada na Praça de São Pedro, que, mesmo com o rigoroso frio registrado nesta manhã, se mostrava abarrotada por dezenas de milhares de pessoas "valentes".

"Felicidades porque sois valentes. Com este frio na praça, sois verdadeiramente valentes!", declarou o papa no início de sua audiência. Na sequência, o pontífice deu início a sua catequese sobre o conceito católico de morte.

"Há uma forma equivocada de olhar a morte. A morte afeta todos e nos interroga de modo profundo, especialmente quando nos toca de perto, ou quando afeta os pequenos, os indefesos de uma forma que nos resulta escandalosa", sustentou o papa argentino.

Neste aspecto, Jorge Bergoglio revelou que uma pergunta sempre o afetou: "por que sofrem as crianças? ou por que as crianças morrem?", indagou.

Bergoglio explicou que, assim como o final de tudo, a morte assusta, aterroriza e se transforma em algo que interrompe tudo. No entanto, o pontífice ressaltou que "esta concepção da morte é típica do pensamento ateu, que interpreta a existência como algo casual no mundo e um caminhar em direção ao nada".


O papa também falou que, em sua opinião, essa é "a visão errônea" de "um ateísmo prático, que supõe viver só para os próprios interesses e as coisas terrenas".

"Se nos deixarmos levar por esta visão errônea da morte, não temos outra opção a não ser querer ocultar a morte, negá-la ou torná-la banal para que não nos de medo", acrescentou.

"Quando perdemos uma pessoa querida - os pais, um irmão, uma irmã, um marido, um filho, um amigo - nos damos conta que, inclusive no drama da perda, surge do coração a convicção que não pode ter acabado tudo, que o bem dado e recebido não foi inútil", assegurou o papa ao descrever qual é o sentido cristão da morte para os católicos.

"Há um instinto poderoso - para os católicos - dentro de nós, que nos diz que nossa vida não termina com a morte. Apesar de nos entristecer a certeza da morte, nos consola a promessa da imortalidade futura", completou o pontífice.

Neste aspecto, o papa convidou os fiéis a "se prepararem bem para morte, estando perto de Jesus com a oração, nos sacramentos e também na prática da caridade". "Se abrimos a porta de nossa vida e de nosso coração aos irmãos menores, nossa porta também se abrirá no céu", finalizou.

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Cidade do Vaticano - O papa Francisco reconheceu nesta quarta-feira que a pergunta de por que as crianças morrem ou sofrem sempre o incomodou, ressaltando que, para os católicos , "a vida não termina com a morte".

O papa fez tais afirmações durante a audiência geral celebrada na Praça de São Pedro, que, mesmo com o rigoroso frio registrado nesta manhã, se mostrava abarrotada por dezenas de milhares de pessoas "valentes".

"Felicidades porque sois valentes. Com este frio na praça, sois verdadeiramente valentes!", declarou o papa no início de sua audiência. Na sequência, o pontífice deu início a sua catequese sobre o conceito católico de morte.

"Há uma forma equivocada de olhar a morte. A morte afeta todos e nos interroga de modo profundo, especialmente quando nos toca de perto, ou quando afeta os pequenos, os indefesos de uma forma que nos resulta escandalosa", sustentou o papa argentino.

Neste aspecto, Jorge Bergoglio revelou que uma pergunta sempre o afetou: "por que sofrem as crianças? ou por que as crianças morrem?", indagou.

Bergoglio explicou que, assim como o final de tudo, a morte assusta, aterroriza e se transforma em algo que interrompe tudo. No entanto, o pontífice ressaltou que "esta concepção da morte é típica do pensamento ateu, que interpreta a existência como algo casual no mundo e um caminhar em direção ao nada".


O papa também falou que, em sua opinião, essa é "a visão errônea" de "um ateísmo prático, que supõe viver só para os próprios interesses e as coisas terrenas".

"Se nos deixarmos levar por esta visão errônea da morte, não temos outra opção a não ser querer ocultar a morte, negá-la ou torná-la banal para que não nos de medo", acrescentou.

"Quando perdemos uma pessoa querida - os pais, um irmão, uma irmã, um marido, um filho, um amigo - nos damos conta que, inclusive no drama da perda, surge do coração a convicção que não pode ter acabado tudo, que o bem dado e recebido não foi inútil", assegurou o papa ao descrever qual é o sentido cristão da morte para os católicos.

"Há um instinto poderoso - para os católicos - dentro de nós, que nos diz que nossa vida não termina com a morte. Apesar de nos entristecer a certeza da morte, nos consola a promessa da imortalidade futura", completou o pontífice.

Neste aspecto, o papa convidou os fiéis a "se prepararem bem para morte, estando perto de Jesus com a oração, nos sacramentos e também na prática da caridade". "Se abrimos a porta de nossa vida e de nosso coração aos irmãos menores, nossa porta também se abrirá no céu", finalizou.

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