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Papa alerta para o perigo das "ideologias" na religião

Francisco alertou nesta sexta-feira para o perigo dos "ideólogos" que tornam "incompreensível" e "falsificam" o Evangelho

O papa criticou os "doutores", que "respondem apenas com o cérebro", enquanto a "palavra de Jesus fala ao coração" (Alberto Pizzoli/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 10h45.

Cidade do Vaticano - O papa Francisco alertou nesta sexta-feita para o perigo dos "ideólogos" que tornam "incompreensível" e "falsificam" o Evangelho, e ressaltou que a mensagem cristã foi recuperada na História por diversos ideólogos e "moralistas sem bondade".

"Quando a ideologia entra na Igreja, quando a ideologia quer interferir na compreensão do Evangelho, não compreendemos nada", declarou durante a sua homilia diária para funcionários do Vaticano na capela da residência de Santa Marta, onde reside.

O papa jesuíta evocou este tema da ideologia, sensível à Igreja, particularmente na América Latina, onde ideologias de extrema-direita e de radicais de esquerda tentaram reinterpretar o Evangelho em um sentido ultra-conservador ou marxista.

A Teologia da Libertação foi assim fortemente condenada por Roma desde que se apresentou próxima as ideias marxistas, e o cardeal Jorge Bergoglio sempre rejeitou esta linha, apesar de aprovar a "opção preferencial pelos pobres".

Os tradicionalistas também tentaram aderir o Evangelho a sua ideologia, virando-se para o passado, defendendo a união do trono e do altar e rejeitando a laicidade.

Segundo trechos divulgados pela Radio Vaticano, o papa criticou os "doutores", que "respondem apenas com o cérebro", enquanto a "palavra de Jesus fala ao coração".

"São grandes ideólogos, cortam o caminho do amor, e também o da bondade. Esses ideólogos falsificam o Evangelho. Toda interpretação ideóloga, não importa de que lado venha, é uma falsificação do Evangelho", insistiu.

"Esses ideólogos -- vimos na história da Igreja -- acabam por ser intelectuais sem talento, moralistas sem bondade. Não falam nem mesmo da bondade, que eles nem mesmo compreendem!", criticou, em uma linguagem simples e direta.

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"Quando a ideologia entra na Igreja, quando a ideologia quer interferir na compreensão do Evangelho, não compreendemos nada", declarou durante a sua homilia diária para funcionários do Vaticano na capela da residência de Santa Marta, onde reside.

O papa jesuíta evocou este tema da ideologia, sensível à Igreja, particularmente na América Latina, onde ideologias de extrema-direita e de radicais de esquerda tentaram reinterpretar o Evangelho em um sentido ultra-conservador ou marxista.

A Teologia da Libertação foi assim fortemente condenada por Roma desde que se apresentou próxima as ideias marxistas, e o cardeal Jorge Bergoglio sempre rejeitou esta linha, apesar de aprovar a "opção preferencial pelos pobres".

Os tradicionalistas também tentaram aderir o Evangelho a sua ideologia, virando-se para o passado, defendendo a união do trono e do altar e rejeitando a laicidade.

Segundo trechos divulgados pela Radio Vaticano, o papa criticou os "doutores", que "respondem apenas com o cérebro", enquanto a "palavra de Jesus fala ao coração".

"São grandes ideólogos, cortam o caminho do amor, e também o da bondade. Esses ideólogos falsificam o Evangelho. Toda interpretação ideóloga, não importa de que lado venha, é uma falsificação do Evangelho", insistiu.

"Esses ideólogos -- vimos na história da Igreja -- acabam por ser intelectuais sem talento, moralistas sem bondade. Não falam nem mesmo da bondade, que eles nem mesmo compreendem!", criticou, em uma linguagem simples e direta.

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