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Palestinos protestam na Cisjordânia nos 70 anos da Nakba

Os palestinos protestam em postos militares israelenses na Cisjordânia, ocupada na greve geral dos 70 anos da criação de Israel e pelos 60 mortos em Gaza

Cisjordânia: cerca de 200 palestinos protestam no posto de controle israelense de Beit El (Khaled Abdullah/Reuters)

Cisjordânia: cerca de 200 palestinos protestam no posto de controle israelense de Beit El (Khaled Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de maio de 2018 às 10h36.

Última atualização em 15 de maio de 2018 às 11h47.

Ramala - Centenas de palestinos se manifestam nesta terça-feira nos postos de controle militar israelenses na Cisjordânia ocupada em dia de greve geral para lembrar a Nakba (Catástrofe), que para eles representa o nascimento de Israel há 70 anos, e de luto pelos 60 mortos ontem em Gaza.

"Centenas de pessoas estão se manifestando nos territórios. As Forças de Segurança atuam contra os violentos com gás lacrimogêneo", afirmou à Agência Efe uma porta-voz militar.

No meio da manhã, 200 palestinos foram ao posto de controle israelense de Beit El, nos arredores da cidade de Ramala, onde aconteceram os enfrentamentos com as forças de segurança israelense nos quais pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, conforme disseram à Efe fontes médicas.

"Hoje, estamos aqui seguindo com a nossa luta. Brigaremos contra a ocupação militar israelense. Queremos proteger nossa gente destes crimes de guerra", disse à Efe Isam Baqer, um dos organizadores da manifestação, fazendo referência aos 60 mortos e mais de 2.700 feridos ontem na Faixa de Gaza durante os protestos da Grande Marcha do Retorno e contra a mudança da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém.

Em Hebrom, no sul de Cisjordânia, também foram registradas manifestações nas quais pelo menos dois palestinos "foram feridos por fogo real e dúzias por asfixia em enfrentamentos" com as forças israelenses no centro da cidade. De acordo com a agência oficial de notícias palestinas "Wafa", eles foram atingidos por balas de borracha, munição real e gás lacrimogêneo.

Acontecem conflitos ainda nas cidades de Tubas, Al-Bireh e Qalqilya, e estão programadas manifestações em Nablus.

Em diferentes pontos da Cisjordânia, como nas cidades de Belém e Ramala, sirenes soaram na manhã de hoje por 70 segundos para lembrar as sete décadas de exílio palestino.

"O nosso trabalho é homenagear os mártires de Gaza que se mobilizaram ontem em manifestações pacíficas", declarou o governador de Tubas, Ahmad al-Asaad.

Entre ontem e hoje, 38 palestinos foram detidos pelas forças israelenses, 20 deles em Jerusalém durante os protestos ontem contra a mudança da embaixada americana à cidade, informou a agência palestina.

Hoje acontece em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, com grande adesão, uma greve geral, que também foi convocada nas cidades israelenses de maioria árabe.

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