Países em todos os continentes celebram o Dia do Trabalhador
Confira como foram as comemorações em alguns países do dia 1º de maio:
Agência Brasil
Publicado em 1 de maio de 2017 às 13h42.
Última atualização em 1 de maio de 2017 às 17h12.
Muitos países em todos os continentes celebram o dia 1º de maio como Dia do Trabalhador , Dia do Trabalho ou Dia Internacional do Trabalhador. Confira como foram as comemorações em alguns países, com informações da Agência EFE.
Itália
Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia durante uma passeata pelo Dia dos Trabalhadores na cidade de Turim, na Itália.
O confronto ocorreu quando a polícia impediu que um grupo de cerca de 200 manifestantes de chegar à Praça Castello, onde acontecia um ato organizado por diferentes sindicatos por causa do 1º de Maio.
Cerca de 20 manifestantes começaram a lançar pedras e ovos contra os agentes, que responderam com bombas de efeito moral e balas de borracha, informou o jornal La Stampa. A mesma fonte informa que três manifestantes foram detidos.
África do Sul
O discurso do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, durante as comemorações do Dia do Trabalho foi cancelado depois que centenas de integrantes do sindicato Cosatu vaiaram o chefe de Estado e pediram sua renúncia.
Um grupo de sindicalistas recebeu o presidente aos gritos de "Zuma deve sair". Outros integrantes tentaram silenciá-los, sem sucesso, com palavras de ordem em favor do presidente.
Zuma assistiu aos gritos e canções contra ele sentado sob a tenda que protegia do sol os dirigentes que compareceram ao evento.
Grécia
Centenas de pessoas saíram às ruas no centro de Atenas, seguindo a convocação do principal sindicato do setor privado e do setor público para se manifestar contra as medidas que serão aplicadas após o acordo entre Governo e credores.
Outras organizações como a esquerda extraparlamentar, também reuniram centenas de pessoas no centro da capital.
O sindicato do setor privado (GSEE) pediu a seus filiados para fazer uma greve de 24 horas durante este primeiro de maio, prévia à greve geral que ambos os sindicatos convocaram para o dia 17 de maio.
Espanha
Trabalhadores espanhóis convocados por sindicatos voltaram às ruas nesta segunda-feira, para exigir dos patrões e do Governo empregos estáveis e salários dignos.
O chefe do Executivo, Mariano Rajoy, agradeceu a contribuição dos trabalhadores para "a recuperação econômica" da Espanha.
Em sua conta no Twitter, Rajoy escreveu que "o governo trabalha para se conseguir mais e melhores empregos".
Os principais sindicatos, UGT e CCOO, convocaram 73 marchas em todas as capitais de províncias e nas cidades espanholas mais importantes para reivindicar emprego estável, salários justos, aposentadorias dignas e mais proteção social.
Líbano
Centenas de sindicalistas e membros do Partido Comunista Libanês (LCP) se manifestaram com críticas aos políticos e exigindo reformas nesta segunda-feira, Dia do Trabalhador.
"Não à corrupção" e "Queremos mudanças e nós triunfaremos", eram alguns das frases escritas nos cartazes dos manifestantes que se concentraram no bairro Wata al-Mousseitbeh, de onde partiram rumo à Praça Riad El-Solh, no centro de Beirute.
O presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Operários e Empregados do Líbano (Fenasol), Castro Abdallah, defendeu uma lei eleitoral justa. "Os corruptos querem que nos rendamos. Conspiram contra nós. Não aceitamos mais ficar em silêncio sobre os crimes que comentem contra a gente", afirmou.
O Parlamento, cujo terceiro mandato consecutivo expira em 20 de junho, deve se reunir no dia 15 deste mês para votar uma nova lei eleitoral que prevê a realização de eleições legislativas e evitar assim a prorrogação de mais um mandato. As últimas eleições parlamentares aconteceram em 2009. Em 2013 e 2014, os deputados prorrogaram a permanência por falta de acordo para novas eleições.
A lei eleitoral libanesa, que data de 1960, é baseada em um sistema confessional. Com isso, os candidatos são escolhidos em razão de sua religião, em um país onde existem 19 comunidades religiosas.
Rússia
Dezenas de milhares de pessoas participaram de uma marcha pela Praça Vermelha de Moscou, em comemoração ao Dia do Trabalhador, organizada pelos sindicatos oficiais com o apoio do Rússia Unida, o partido do presidente russo, Vladimir Putin.
A polícia estima em 130 mil o número de participantes da marcha para celebrar o Dia da Primavera e do Trabalho, como é oficialmente denominada a festa na Rússia desde 1992.
"Por uma vida, um trabalho e um salário digno", foi o lema escolhido pelos organizadores da manifestação, embora também tenham sido vistos cartazes com slogans contra o terrorismo.
Segundo os sindicatos, em todo país cerca de 2,5 milhões de filiados participaram da comemoração do Primeiro de Maio.
O Partido Comunista da Rússia (PCR) convocou uma marcha à parte em Moscou, da qual participaram cerca de 3,5 mil pessoas, segundo fontes policiais.
"Este não só é um dia de primavera e de trabalho, é um dia de luta dos trabalhadores por seus direitos", disse à imprensa o líder do PCR, Guennadi Ziugánov, antes do começo da marcha.
Autoridades mobilizaram mais de 355 mil policiais e membros da Guarda Nacional em todo o país para garantir a segurança e a ordem durante as atividades por ocasião do Primeiro de Maio.