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Países de maioria muçulmana enxergam o EI com desdém

O Pew Research Center conduziu uma pesquisa sobre a fama do Estado Islâmico em 11 países onde há uma significativa população muçulmana. Veja os resultados

Mesquita Azul, em Istambul, na Turquia: 73% da população do país enxerga o Estado Islâmico e suas atividades com desdém (Thinkstock/silverjohn)

Gabriela Ruic

Publicado em 22 de novembro de 2015 às 11h37.

São Paulo - Os atentados em Paris trouxeram o Estado Islâmico ( EI ) e toda a comunidade muçulmana global para o centro das atenções do planeta. Mas qual é o apoio que o EI tem nos países nos quais há uma população significativa fiel dessa religião?

Bom, de acordo com um estudo conduzido pelo Pew Research Center, uma organização formada por especialistas de diferentes áreas que se dedicam ao estudo dos acontecimentos políticos, sociais e econômicos, em 11 países que dividem essa característica, não há nada além de desdém em relação ao grupo.

Em 10 deles a visão sobre o EI é predominantemente negativa. A exceção é o Paquistão . Por lá, 62% dos entrevistados disseram não saber o que pensar sobre o grupo. Em nenhum país, mais de 15% dos entrevistados se posicionou de forma favorável ao EI. Na Nigéria, essa percentagem foi de 14%, seguido da Malásia (11%) e Senegal (11%).

E é o Líbano o país que mais detesta o EI. Nele, quase 100% das pessoas se manifestaram contra os extremistas. Pudera: o país foi alvo de um atentado terrorista no último dia 12 de novembro e que foi reivindicado pelos grupo. No episódio, dois homens-bomba detonaram seus explosivos em um subúrbio conhecido como reduto do Hezbollah , um inimigo declarado do EI.

Em Israel e Na Jordânia, o grupo também enfrenta altas taxas de reprovação, 97 e 94%, respectivamente. Em seguida, estão os territórios palestinos, 84%, a Indonésia, 79%, e a Turquia, 73%.

Visão ocidental

Entre os países ocidentais, o clima é de medo e tensão. Em outra pesquisa também conduzida pela entidade, mais da metade da população de 15 países declarou que o EI ocupa o centro das suas preocupações hoje em âmbito global. O Líbano se viu em primeiro nesse aspecto, e foi seguido da Espanha, Coreia do Sul, Japão e França.

São Paulo – Em 2014, o mundo perdeu 32.658 mil vidas em decorrência do terrorismo , um crescimento de 80% em relação ao que foi observado em 2013 e o maior nível já registrado. Mas embora o terrorismo esteja deixando o seu rastro de violência, no âmbito global, ele ainda mata 13 vezes menos que o homicídio . As constatações são do Global Terrorism Index 2015 (GTI), estudo anual do Instituto de Economia e Paz, organização que avalia os impactos econômicos da violência, divulgado nesta terça-feira, dias depois dos ataques do Estado Islâmico ( EI ) em Paris , França. A pesquisa revelou que é o EI, que atua principalmente na Síria e no Iraque, e o Boko Haram , cujas atividades concentram-se na Nigéria, os responsáveis por 51% dessas mortes. A maioria dos casos (78%) aconteceu em cinco países (Afeganistão, Iraque, Nigéria, Paquistão e Síria). O GTI nota, contudo, que o terrorismo está se espalhado pelo mundo. Em 2013, atividades foram registradas em 59 países. Em 2014, esse número subiu para 67, incluindo Áustria, Austrália, Bélgica, Canadá e França. A edição 2015 do estudo investigou os padrões de atividades terroristas em 162 países a partir do total de incidentes registrados em 2014, o número de mortes, o número de feridos e os danos patrimoniais decorrentes dos atos. Com base nisso, classificou os países de acordo com os impactos do terror. Quanto mais próxima de dez for a pontuação, mais afetado é o local. Confira nas imagens quais são os 25 mais impactados.
  • 2. Iraque

    2 /27(Getty Images)

  • Veja também

    Classificação geralPontuação
    10
  • 3. Afeganistão

    3 /27(REUTERS/Medecins Sans Frontieres/Handout)

  • Classificação geralPontuação
    9,233
  • 4. Nigéria

    4 /27(Afp.com / Pius Utomi Ekpei)

    Classificação geralPontuação
    9,213
  • 5. Paquistão

    5 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    9,065
  • 6. Síria

    6 /27(Bassam Khabieh / Reuters)

    Classificação geralPontuação
    8,108
  • 7. Índia

    7 /27(Reuters/STRINGER/INDIA)

    Classificação geralPontuação
    7,747
  • 8. Iêmen

    8 /27(REUTERS/Khaled Abdullah)

    Classificação geralPontuação
    7,642
  • 9. Somália

    9 /27(Omar Faruk/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,6
  • 10. Líbia

    10 /27(Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    7,29
  • 11. Tailândia

    11 /27(REUTERS/Athit Perawongmetha)

    Classificação geralPontuação
    10º7,729
  • 12. Filipinas

    12 /27(Erik De Castro/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    11º7,27
  • 13. Ucrânia

    13 /27(Reuters)

    Classificação geralPontuação
    12º7,2
  • 14. Egito

    14 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    13º6,813
  • 15. República Centro-Africana

    15 /27(Ivan Lieman/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    14º6,721
  • 16. Sudão do Sul

    16 /27(REUTERS/Goran Tomasevic)

    Classificação geralPontuação
    15º6,712
  • 17. Sudão

    17 /27(EBRAHIM HAMID/AFP/Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    16º6,686
  • 18. Colômbia

    18 /27(Pedro Ugarte/AFP)

    Classificação geralPontuação
    17º6,662
  • 19. Quênia

    19 /27(Getty Images)

    Classificação geralPontuação
    18º6,66
  • 20. República Democrática do Congo

    20 /27(Luc Gnago/Reuters)

    Classificação geralPontuação
    19º6,487
  • 21. Camarões

    21 /27(Ali Kaya/AFP)

    Classificação geralPontuação
    20º6,466
  • 22. Líbano

    22 /27(Khalil Hassan/ Reuters)

    Classificação geralPontuação
    21º6,376
  • 23. China

    23 /27(Goh Chai Hin/AFP)

    Classificação geralPontuação
    22º6,294
  • 24. Rússia

    24 /27(AFP)

    Classificação geralPontuação
    23º6,207
  • 25. Israel

    25 /27(REUTERS/Ammar Awad)

    Classificação geralPontuação
    24º6,034
  • 26. Bangladesh

    26 /27(REUTERS/Stringer)

    Classificação geralPontuação
    25º5,921
  • 27. Agora veja as homenagens às vítimas do ataque em Paris

    27 /27(Reuters)

  • Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁsiaAtaques terroristasAtentados em ParisEstado IslâmicoOriente MédioPaquistãoTerrorismoTerroristas

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