Bruxelas - O secretário-geral da Otan , Anders Fogh Rasmussen, pediu nesta quarta-feira à Rússia o pleno cumprimento do tratado que a então URSS assinou com os Estados Unidos em 1987, quando concordaram em eliminar os mísseis nucleares de curto e médio alcance.
"A Rússia deve trabalhar de maneira construtiva para resolver este assunto importante e preservar a viabilidade do tratado INF (Intermediate-Range Nuclear Forces) ao voltar a seu pleno cumprimento verificável", disse Rasmussen após ser informado, por parte dos EUA, que a Rússia o violou.
Na última segunda-feira, em seu relatório anual sobre cumprimento de controle de armas, os EUA informaram que a Rússia "violou as obrigações do tratado INF de não possuir, produzir ou testar mísseis cruzeiro baseados em terra com um alcance entre 500 e 5.500 quilômetros, ou de não possuir e nem produzir as plataformas de lançamento desses mísseis".
O tratado, que entrou em vigor em 1988, nasceu com o propósito de reduzir a ameaça à segurança e estabilidade na Europa, em particular a ameaça de ataques com avisos de curto prazo a alvos estratégicos, lembrou Rasmussen.
"O tratado ocupa um lugar importante na História, já que possibilitou a eliminação verificável de todo um tipo de mísseis em posse dos EUA e da União Soviética, e continua sendo um elemento fundamental da segurança euroatlântica (...)", sustentou.
Desta forma, segundo Rasmussen, a preservação desse tratado "fortalece a segurança de todos nós, incluindo a da Rússia", completou.
- 1. No topo da cadeia militar
1 /12(Vernon Pugh/Wikimedia Commons)
São Paulo - A
Ucrânia despertou novamente a rivalidade entre
Rússia e
Estados Unidos , mas a verdade é que o mercado de defesa mundial nunca deixou de depender dos dois antigos rivais. Juntos, eles foram responsáveis por 56% do total de armas exportadas no mundo entre 2009 e 2013, de acordo com um
novo relatório do Stockholm International Peace Research Institute. A maior surpresa é a escalada da
China , que exportou 212% mais do que no período anterior e conquistou a quarta posição. Veja a seguir quais são os 10 países que mais exportaram armas - o que inclui equipamento militar como aviões e navios - entre 2009 e 2013:
- 2. 1. Estados Unidos
2 /12(James R. Evans / US Navy)
Os Estados Unidos foram responsáveis por 29% das armas exportadas e 61% deste volume foi de aeronaves Principais parceiros: 1) Austrália (10%) 2) Coreia do Sul (10%) 3) Emirados Árabes Unidos (9%)
- 3. 2. Rússia
3 /12(Fred Tanneau/AFP)
A Rússia foi responsável por 27% das armas exportadas e é a maior exportadora de navios, incluindo o único submarino nuclear exportado no período Principais parceiros: 1) Índia (38%) 2) China (12%) 3) Algéria (11%)
- 4. 3. Alemanha
4 /12(Hannelore Foerster/Bloomberg)
A Alemanha foi responsável por 7% das armas exportadas e seu volume exportado diminuiu 24% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Estados Unidos (10%) 2) Grécia (8%) 3) Israel (8%)
- 5. 4. China
5 /12(Nelson Ching/Bloomberg)
A China é responsável por 6% das armas exportadas e o volume exportado subiu 212% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Paquistão (47%) 2) Bangladesh (13%) 3) Mianmar (9%)
- 6. 5. França
6 /12(Alastair Miller/Bloomberg)
A França foi responsável por 5% das armas exportadas e o volume exportado teve queda de 30% em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) China (13%) 2) Marrocos (11%) 3) Singapura (10%)
- 7. 6. Reino Unido
7 /12(Chris Ratcliffe/Bloomberg)
O Reino Unido é responsável por 4% das armas exportadas, a mesma proporção do período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Arábia Saudita (42%) 2) Estados Unidos (18%) 3) Índia (11%)
- 8. 7. Espanha
8 /12(GettyImages)
A Espanha foi responsável por 3% das armas exportadas e teve um aumento de cerca de 80% no volume exportado em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) Noruega (21%) 2) Austrália (12%) 3) Venezuela (8%)
- 9. 8. Ucrânia
9 /12(Yuriy Dyachsyshyn/AFP)
A Ucrânia foi responsável por 3% das armas exportadas e teve aumento de cerca de 75% no volume exportado em relação ao período 2004-2008 Principais parceiros: 1) China (21%) 2) Paquistão (8%) 3) Rússia (7%)
- 10. 9. Itália
10 /12(Victor Sokolowicz/Bloomberg)
A Itália foi responsável por 3% das armas exportadas, o que incluiu polêmicos envios para a Líbia ainda na época de Kadafi Principais parceiros: 1) Índia (10%) 2) Emirados Árabes Unidos (9%) 3) Estados Unidos (8%)
- 11. 10. Israel
11 /12(Baz Ratner/Reuters)
Israel é responsável por
2% das armas exportadas e já foi acusado de
não divulgar todos os seus acordos Principais parceiros: 1) Índia (33%) 2) Turquia (13%) 3) Emirados Árabes Unidos (9%)
-
12 /12(Divulgação)