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Otan duvida de plano de paz da Rússia para a Ucrânia

Envolvimento russo em terra na Ucrânia coloca em xeque vontade do governo de alcançar cessar-fogo, disse o secretário-geral da Otan


	Chefe da Otan, Anders Fogh Rasmussen: " o que conta é o que acontece em terra"
 (John Thys/AFP)

Chefe da Otan, Anders Fogh Rasmussen: " o que conta é o que acontece em terra" (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2014 às 09h08.

Newport - "O envolvimento russo em terra" no leste da Ucrânia coloca em xeque a vontade real de Moscou de alcançar um cessar-fogo, declarou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen.

"O que conta é o que acontece em terra e continuamos sendo testemunhas do envolvimento da Rússia na desestabilização da situação no leste da Ucrânia", disse Rasmussen ao chegar à cúpula da Otan desta quinta e sexta-feira em Newport (Grã-Bretanha).

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na quarta-feira um plano de paz de sete pontos para a Ucrânia e disse que poderia haver um acordo entre os insurgentes pró-russos e Kiev ainda na sexta-feira.

"Todos os esforços para encontrar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia são bem-vindos", acrescentou Rasmussen, ressaltando que a Rússia deve frear o "fluxo de armas e combatentes" em direção ao leste ucraniano e "se comprometer em um processo político construtivo, isso seria um esforço genuíno para facilitar uma solução pacífica".

Rasmussen indicou que a Otan debaterá na cúpula a resposta que dará à ameaça à segurança que a Rússia constitui. Esta estará dentro do âmbito da Ata Fundacional de 1997 que estabeleceu a base das relações entre a Aliança e a Rússia, que restringe a mobilização de ambas as partes no leste da Europa.

Embora a Rússia tenha violado "a Ata Fundacional (...), decidimos manter em aberto este canal diplomático", indicou.

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