Otan decide entrar para coalizão que combate o Estado Islâmico
A decisão, tomada pelos embaixadores da Otan, ainda deve ser aprovada oficialmente pelos líderes da Aliança
AFP
Publicado em 24 de maio de 2017 às 14h37.
Última atualização em 24 de maio de 2017 às 15h59.
Os países da Otan concordaram nesta quarta-feira em integrar a coalizão internacional que combate os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI), indicou à AFP uma fonte diplomática.
A decisão deve ainda ser aprovada oficialmente na quinta-feira pelos líderes da Aliança.
"Os embaixadores da Otan acabam de tomar a decisão", declarou a fonte, que preferiu não se identificar.
Os Estados Unidos desejavam que a Aliança Atlântica entrasse para a coalização, da qual já fazem parte vários países aliados de maneira individual.
No entanto, países como a Itália e a França se opunham a esta entrada para não desgastar a imagem da Aliança, já prejudicada pelos bombardeios em 2011 na Líbia, que deixaram uma má recordação nos países árabes, segundo a fonte diplomática.
A Otan forneceu até a data um suporte secundário à coalizão por meio de missões de reconhecimento com seus aviões Awacs e o treinamento de oficiais iraquianos.
Esta fonte diplomática explicou que os embaixadores concordaram com "um plano de ação contra o terrorismo", que inclui "a entrada da Otan na coalizão internacional contra o EI e uma expansão dos voos Awacs".
"Isso significa que os Awacs não só vão monitorar o céu, como também irão coordenar os voos" sobre a Síria e o Iraque, "mas apenas aqueles que não estiverem ligados a bombardeios", disse.
Além de um maior envolvimento na luta contra o terrorismo, o presidente americano Donald Trump, que expressou no passado várias críticas à Otan, também quer que os aliados aumentem suas despesas militares, para atingir 2% do PIB.
"A Otan se unir à coalizão anti-EI seria um passo realmente importante a dar", havia dito mais cedo nesta quarta-feira o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, a repórteres que acompanham Trump no Air Force One.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, havia dito pela manhã que a Aliança deveria fazer mais na luta contra o terrorismo após o atentado extremista em Manchester (noroeste da Inglaterra), que matou 22