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Os chineses aprovam perpetuação de Xi no poder, dizem delegados

Decisão de acabar com os limites do mandato presidencial foi bem recebida pelos delegados em Congresso

A decisão tomada no mês passado, deve ser ratificada com uma emenda constitucional durante a sessão parlamentar de duas semanas (Feng Li/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 5 de março de 2018 às 13h48.

PEQUIM - A decisão da China de acabar com os limites aos mandatos presidenciais, que permitirá a Xi Jinping se manter na liderança da nação indefinidamente, foi recebida com grande entusiasmo por delegados reunidos para a reunião anual do Congresso chinês, que começou nesta segunda-feira.

Críticos podem ter atacado a medida nas redes sociais, traçado paralelos com a Coreia do Norte e insinuado que  um culto à personalidade nos moldes de Mao Tsé-Tung está se formando, mas os correligionários leais presentes ao encontro dizem que a decisão é popular entre os chineses comuns, e garantiram que a China tem sorte por ter um presidente do calibre de Xi.

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A decisão do governista Partido Comunista de anular o limite de dois mandatos, tomada no mês passado, prepara o terreno para Xi se manter no poder, e deve ser ratificada com uma emenda constitucional durante a sessão parlamentar de duas semanas. Recentemente Xi iniciou seu segundo mandato de cinco anos.

"Se um bom líder chega ao poder, deveríamos deixá-lo continuar nessa posição de liderança para sempre. Assim há continuidade. É ótimo!", disse Zhang Donghe, delegado da província industrial de Hebei, que cerca Pequim.

O essencialmente simbólico Congresso Nacional do Povo está repleto daqueles que seguem à risca a palavra da liderança central.

Wang Chen, secretário-geral da sessão parlamentar, disse aos parlamentares nesta segunda-feira que existe um "clamor unânime" de todos aqueles que foram consultados sobre a reforma para eliminar os limites de mandatos, e que essa foi a "principal consideração" para propô-lo.

A leitura de Wang da proposta de eliminação de limites provocou longos aplausos dos delegados no Grande Salão do Povo.

Indagado se a medida, que pode permitir que Xi seja presidente pelo resto da vida, representa um retrocesso, Wang Jiaqi, da província de Jilin, cinturão da ferrugem do nordeste chinês, disse que o país deve seguir seu próprio modelo político.

"Não temos que seguir os modelos de outros países. Temos nossa própria história e nossos próprios sistemas e instituições", disse ele à Reuters antes do início da sessão. "Eu realmente o apoio. As pessoas comuns o apóiam", afirmou Wang. "Sabe, eu realmente admiro o presidente Xi".

 

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