Orlando Silva quer que denúncias contra sua gestão sejam apuradas
Em nota, ministro disse estar "à total disposição" do Ministério Público Federal
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2011 às 11h50.
Brasília - O ministro do Esporte , Orlando Silva, solicitou nesta segunda-feira à Procuradoria Geral da República para que sejam investigadas todas as denúncias divulgadas pela revista "Veja", que o acusa de apropriação de dinheiro público destinado à programas sociais.
Em uma nota enviada ao procurador-geral, Roberto Gurgel, o ministro também disse que se encontra "à total disposição" do Ministério Público Federal, dando permissão para que sejam investigadas suas contas bancárias e tudo o que for considerado necessário.
Segundo a "Veja", Orlando Silva teria se beneficiado ilegalmente do programa Segundo Tempo, um projeto esportivo para atender crianças pobres. O projeto foi aplicado justamente no ano em que Silva assumiu o Ministério do Esporte, em 2006. Na época, o ministro fazia parte do governo Lula.
As denuncias da revista garantem que pelo programa houve um desvio de recursos de aproximadamente R$ 40 milhões, citando como fonte o policial João Dias Ferreira, correligionário de ministro no PCdoB.
Porém, Dias Ferreira está detido desde 2010 por suspeitas de corrupção em uma ONG que dirigia. Detalhe: a ONG recebia recursos do Ministério do Esporte pelo mesmo programa citado, o Segundo Tempo.
Orlando Silva rebateu as acusações no mesmo dia da publicação da revista, quando estava na cidade de Guadalajara para acompanhar os Jogos Pan-americanos. Em entrevista coletiva, o ministro atribuiu as denúncias a "manobras políticas", cuja origem não foi identificada.
Em nota divulgada nesta segunda, o ministro disse que sua decisão de pedir uma investigação à Procuradoria Geral "é mais uma iniciativa para que todos os fatos sejam esclarecidos e que fique claro que as supostas denúncias não passam de mentiras e calúnias, feitas por um cidadão que está sendo processado pela Justiça".
Além disso, o ministro afirmou que está disposto a comparecer ao Congresso, e pediu à oposição nesta segunda para esclarecer cada uma das acusações contra sua gestão, inclusive outras denúncias de corrupção no Ministério do Esporte que já estão sendo investigadas pela Polícia Federal.
Após esse anúncio, Orlando Silva ofereceu uma entrevista coletiva para defender sua inocência, frisando que empreenderá "uma série de medidas para restabelecer a verdade", assim como sua "própria honra".
"Repúdio veementemente as falsidades publicadas no final de semana", disse Silva, destacando que as fontes da revista são "bandidos, delinquentes" que ofereceram "mentiras sem provas" e qualificou como "inaceitável" que essa versão tenha repercussão.
Além disso, o ministro disse que "não houve, não há e não haverá nenhuma prova das mentiras ditas por esse delinquente, simplesmente porque os fatos relatados não correspondem à verdade".
A situação no Ministério do Esporte, que também assume responsabilidades na organização da Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, foi comentada nesta segunda pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O titular da pasta garantiu que a Polícia Federal estudará todas as novas denúncias contra Silva.
"Estes novos fatos podem exigir a abertura de uma nova investigação, porque agora as denúncias são relacionadas a uma autoridade, que inclusive tem fórum privilegiado", declarou Cardozo em um seminário.
Da África do Sul, onde se encontra em viagem oficial, a presidente Dilma Rousseff defendeu a presunção de inocência do ministro como "princípio democrático" e acrescentou que Orlando Silva "se manifestou com muita indignação" ao conhecer as acusações.
No entanto, a chefe do Estado reconheceu que seu Governo está seguindo de perto a evolução dos eventos.
Brasília - O ministro do Esporte , Orlando Silva, solicitou nesta segunda-feira à Procuradoria Geral da República para que sejam investigadas todas as denúncias divulgadas pela revista "Veja", que o acusa de apropriação de dinheiro público destinado à programas sociais.
Em uma nota enviada ao procurador-geral, Roberto Gurgel, o ministro também disse que se encontra "à total disposição" do Ministério Público Federal, dando permissão para que sejam investigadas suas contas bancárias e tudo o que for considerado necessário.
Segundo a "Veja", Orlando Silva teria se beneficiado ilegalmente do programa Segundo Tempo, um projeto esportivo para atender crianças pobres. O projeto foi aplicado justamente no ano em que Silva assumiu o Ministério do Esporte, em 2006. Na época, o ministro fazia parte do governo Lula.
As denuncias da revista garantem que pelo programa houve um desvio de recursos de aproximadamente R$ 40 milhões, citando como fonte o policial João Dias Ferreira, correligionário de ministro no PCdoB.
Porém, Dias Ferreira está detido desde 2010 por suspeitas de corrupção em uma ONG que dirigia. Detalhe: a ONG recebia recursos do Ministério do Esporte pelo mesmo programa citado, o Segundo Tempo.
Orlando Silva rebateu as acusações no mesmo dia da publicação da revista, quando estava na cidade de Guadalajara para acompanhar os Jogos Pan-americanos. Em entrevista coletiva, o ministro atribuiu as denúncias a "manobras políticas", cuja origem não foi identificada.
Em nota divulgada nesta segunda, o ministro disse que sua decisão de pedir uma investigação à Procuradoria Geral "é mais uma iniciativa para que todos os fatos sejam esclarecidos e que fique claro que as supostas denúncias não passam de mentiras e calúnias, feitas por um cidadão que está sendo processado pela Justiça".
Além disso, o ministro afirmou que está disposto a comparecer ao Congresso, e pediu à oposição nesta segunda para esclarecer cada uma das acusações contra sua gestão, inclusive outras denúncias de corrupção no Ministério do Esporte que já estão sendo investigadas pela Polícia Federal.
Após esse anúncio, Orlando Silva ofereceu uma entrevista coletiva para defender sua inocência, frisando que empreenderá "uma série de medidas para restabelecer a verdade", assim como sua "própria honra".
"Repúdio veementemente as falsidades publicadas no final de semana", disse Silva, destacando que as fontes da revista são "bandidos, delinquentes" que ofereceram "mentiras sem provas" e qualificou como "inaceitável" que essa versão tenha repercussão.
Além disso, o ministro disse que "não houve, não há e não haverá nenhuma prova das mentiras ditas por esse delinquente, simplesmente porque os fatos relatados não correspondem à verdade".
A situação no Ministério do Esporte, que também assume responsabilidades na organização da Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, foi comentada nesta segunda pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O titular da pasta garantiu que a Polícia Federal estudará todas as novas denúncias contra Silva.
"Estes novos fatos podem exigir a abertura de uma nova investigação, porque agora as denúncias são relacionadas a uma autoridade, que inclusive tem fórum privilegiado", declarou Cardozo em um seminário.
Da África do Sul, onde se encontra em viagem oficial, a presidente Dilma Rousseff defendeu a presunção de inocência do ministro como "princípio democrático" e acrescentou que Orlando Silva "se manifestou com muita indignação" ao conhecer as acusações.
No entanto, a chefe do Estado reconheceu que seu Governo está seguindo de perto a evolução dos eventos.