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Organização do Oscar pede liberdade artística e rejeita barreiras

Presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas disse que os EUA não devem colocar barreiras no caminho de artistas de todo o mundo

Cheryl Boone Isaacs não comentou diretamente as restrições de viagens impostas por Donald Trump (Alberto E. Rodriguez/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 11h56.

Los Angeles - A chefe da organização por trás da premiação do Oscar clamou por diversidade e liberdade de expressão na segunda-feira, dizendo que os Estados Unidos não deveriam colocar barreiras no caminho de artistas de todo o mundo.

Cheryl Boone Isaacs, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, disse aos 165 atores e cineastas indicados ao Oscar que existe uma "luta global pela liberdade artística hoje que parece mais urgente do que em qualquer momento desde os anos 1950", uma referência aparente às listas negras anticomunistas que vitimaram membros do setor à época.

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Falando durante um almoço com os indicados de 2017 em Beverly Hills, Cheryl observou haver "algumas cadeiras vazias nesta sala, que transformou artistas da Academia em ativistas".

Na semana passada, o diretor iraniano Asghar Farhadi e a atriz Taraneh Alidoosti, do filme "O Vendedor", indicado ao prêmio de Filme Estrangeiro, disseram que irão boicotar a cerimônia de 26 de fevereiro para protestar contra as restrições de viagens temporárias impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a cidadãos de sete países de maioria muçulmana, incluindo o Irã.

Entre os outros indicados ao Oscar que esperam dificuldades para viajar a Los Angeles para a premiação estão os responsáveis pelo documentário "Os Capacetes Brancos", que trata de equipes de socorro civis da Síria.

Cheryl não comentou diretamente as restrições de viagens, mas disse: "A América deveria ser sempre não uma barreira, mas um farol... nós nos insurgimos contra aqueles que gostariam de tentar limitar nossa liberdade de expressão".

Sua fala veio na esteira de discursos incendiários feitos por celebridades como Meryl Streep, Madonna e Ellen DeGeneres em premiações e eventos recentes repudiando as restrições, defendendo os direitos civis e das mulheres e criticando o comportamento de Trump.

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