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Opositor russo é detido em Moscou antes de protesto anticorrupção

Em relação aos protestos programados, a polícia advertiu que qualquer provocação "será considerada uma violação da ordem pública"

Alexei Navalny: o opositor convocou protestos em toda a Rússia para esta segunda-feira (Sergei Karpukhin/Reuters)

Alexei Navalny: o opositor convocou protestos em toda a Rússia para esta segunda-feira (Sergei Karpukhin/Reuters)

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AFP

Publicado em 12 de junho de 2017 às 09h08.

O opositor russo Alexei Navalny foi detido nesta segunda-feira antes do início de um protesto anticorrupção não autorizado no centro de Moscou, informou sua mulher no Twitter.

"Olá, sou Yulia Navalnaya. Alexei foi detido na entrada do prédio. Pediu que informasse que nossos planos não mudaram: Tverskaya", escreveu, uma referência à rua do centro de Moscou onde está prevista a manifestação.

A mensagem foi publicada na conta oficial de Navalny.

Outra mensagem da mesma conta mostra vários carros da polícia estacionados diante de um edifício.

O porta-voz do líder opositor, Kira Iarmych, confirmou em sua própria conta a detenção de Navalny e informou que a energia elétrica foi cortada nos escritórios de sua organização de luta contra a corrupção, de onde era transmitido, pela internet, um programa dedicado às manifestações.

Após uma mobilização que teve uma grande adesão em 26 de março, o opositor convocou protestos em toda a Rússia para esta segunda-feira, feriado, quando o país comemora a sua independência em 1990 antes da queda da União Soviética.

Em outras regiões da Rússia, milhares de pessoas saíram às ruas, o que provocou muitas detenções.

Em Moscou, a concentração prevista para as 11H00 GMT (8H00 de Brasília) foi autorizada ao nordeste da cidade, mas Alexei Navalny decidiu, poucas horas antes, transferir o protesto para a avenida Tverskaya, uma via que vai até o Kremlin, onde estavam previstas várias atividades relacionadas com o feriado.

De acordo com o opositor, a prefeitura de Moscou tentou impedir que todos os fornecedores da cidade alugassem um palanque e equipamentos de som para sua equipe.

A polícia da capital russa advertiu que "qualquer provocação por parte dos manifestantes será considerada uma violação da ordem pública e será imediatamente reprimida".

O principal opositor do Kremlin obteve o apoio de milhares de pessoas para um protesto em 26 de março em toda a Rússia, especialmente em Moscou, onde o protesto não estava autorizado.

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