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Opositor de Maduro vota e denuncia 350 violações às regras eleitorais

A Venezuela vai às urnas neste domingo (20) em profunda crise, com o presidente Nicolás Maduro em busca de reeleição

Henri Falcon: "Querem mais uma vez comprar a dignidade de um setor da população" (Carlos Jasso/Reuters)
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EFE

Publicado em 20 de maio de 2018 às 14h19.

Caracas - Segundo colocado nas pesquisas, o candidato à presidência da Venezuela Henri Falcón votou neste domingo o estado de Lara, no oeste do país, e denunciou mais de 350 violações às regras eleitorais cometidas pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Nicolás Maduro .

O ex-governador de Lara recorreu à imprensa para exigir que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) corrija imediatamente as violações da campanha de Maduro, candidato à reeleição e líder das pesquisas.

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"A situação é generalizada, com a instalação de pontos vermelhos como mecanismo de pressão, de chantagem política, social. Querem mais uma vez comprar a dignidade de um setor da população", disse.

Falcón criticava o PSUV e os partidos aliados do governo por cadastrarem os eleitores por meio da plataforma "Carteira da Pátria", um sistema do Executivo com vários dados dos eleitores, entre eles que benefícios eles recebem do Estado.

Maduro ofereceu durante as últimas semanas um bônus através dessa carteira para os que fossem votar livremente. A medida foi proibida posteriormente pelas autoridades, mas o presidente não retirou os benefícios já concedidos até agora.

Falcón disse ter reiterado o pedido já feito à presidente do CNE, Tibisay Lucena, para ordenar o fim dessa estratégia chavista.

Em algumas seções eleitorais, os governistas instalaram os chamados "pontos vermelhos" para controlar a votação. Alguns deles tinham sido montados dentro das seções, apesar de também terem sido proibidos ontem pela CNE.

O adversário de Maduro também denunciou o abuso do "voto assistido", isto é, o uso de acompanhantes para levar o eleitor até a máquina de votação para ajudá-lo no processo. O auxílio só é autorizado para idosos ou pessoas com alguma incapacidade.

As eleições ocorrem em meio à convocação de boicote feita pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), a principal aliança da oposição, que decidiu não participar do pleito por considerá-lo fraudulento.

Maduro também tem como adversários nas eleições o ex-pastor evangélico Javier Bertucci e o engenheiro Reinaldo Quijada.

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