Oposição venezuelana exige informações sobre Chávez
A oposição denunciou o uso de "aparatos de manipulação e propaganda" pelos governistas para lançar boatos para "confundir o país e criar um clima de tensão"
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2012 às 17h16.
Caracas - A oposição da Venezuela exigiu neste sábado que o governo dê informações mais detalhadas sobre a saúde do presidente Hugo Chávez e denunciou o uso de "aparatos de manipulação e propaganda" pelos governistas para lançar boatos para "confundir o país e criar um clima de tensão".
O pedido foi feito em comunicado da Mesa da Unidade Democrática (MUD). A oposição fez o pedido no mesmo dia em que o vice-presidente Nicolás Maduro chegou a Havana para visitar Chávez, que desde o começo do mês está em Cuba, onde se recupera da quarta cirurgia contra o câncer. Existe a possibilidade de que Chávez não tenha condições de tomar posse em 10 de janeiro.
"A incerteza domina o governo e com palavras eles pretendem esconder o que a cada dia é mais certo: não querem reconhecer que existe uma ausência temporária do presidente", disse a MUD no comunicado.
A MUD criticou os comentários feitos por Maduro contra a oposição e afirmou que as autoridades estão pedindo "de maneira cínica" respeito à saúde de Chávez, enquanto "os que primeiro desrespeitam a saúde do presidente são os funcionários mais graduados do governo, que fazem discursos bajuladores a Chávez, mas não têm a estatura para informar qual é a verdadeira situação de saúde do chefe de Estado".
Alguns juristas e políticos da oposição afirmam que a data para a tomada de posse não pode ser adiada e que a Constituição determina que em caso de ausência do presidente eleito o presidente da Assembleia Nacional deve tomar posse e convocar eleições gerais em trinta dias. A Assembleia Nacional é controlada pelo governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
O presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, ex-colega de armas de Chávez, já sugeriu o adiamento da posse ou que Chávez poderia tomar posse em uma sessão do Tribunal Constitucional. As sugestões de Cabello receberam várias críticas. Maduro disse, em meados de dezembro, que Chávez deverá tomar posse em 10 de janeiro.
No dia 11 de dezembro, Chávez foi submetido à quarta cirurgia contra o câncer em um ano e meio, dois meses após vencer as eleições para um quarto mandato de seis anos. Pela primeira vez, pouco antes de partir para Havana, Chaves admitiu a possibilidade de não ter condições de tomar posse. Ele afirmou que no caso de serem convocadas novas eleições, Maduro deveria ser o candidato do PSUV.
Maduro chegou a Cuba na madrugada deste sábado para se encontrar com Chávez. Segundo nota online do jornal estatal cubano Granma, Maduro discutirá com a equipe médica de Chávez o "momento adequado" para se reunir com o presidente.
O vice venezuelano foi recebido em Havana pelo chanceler cubano, Bruno Rodríguez, informou a publicação. Maduro "foi diretamente ao hospital onde o presidente Hugo Chávez Frías está em tratamento para cumprimentar seus familiares e o ministro de Ciência e Tecnologia venezuelano, Jorge Arreaza Monserrat", acrescentou o jornal. As informações são da Associated Press.
Caracas - A oposição da Venezuela exigiu neste sábado que o governo dê informações mais detalhadas sobre a saúde do presidente Hugo Chávez e denunciou o uso de "aparatos de manipulação e propaganda" pelos governistas para lançar boatos para "confundir o país e criar um clima de tensão".
O pedido foi feito em comunicado da Mesa da Unidade Democrática (MUD). A oposição fez o pedido no mesmo dia em que o vice-presidente Nicolás Maduro chegou a Havana para visitar Chávez, que desde o começo do mês está em Cuba, onde se recupera da quarta cirurgia contra o câncer. Existe a possibilidade de que Chávez não tenha condições de tomar posse em 10 de janeiro.
"A incerteza domina o governo e com palavras eles pretendem esconder o que a cada dia é mais certo: não querem reconhecer que existe uma ausência temporária do presidente", disse a MUD no comunicado.
A MUD criticou os comentários feitos por Maduro contra a oposição e afirmou que as autoridades estão pedindo "de maneira cínica" respeito à saúde de Chávez, enquanto "os que primeiro desrespeitam a saúde do presidente são os funcionários mais graduados do governo, que fazem discursos bajuladores a Chávez, mas não têm a estatura para informar qual é a verdadeira situação de saúde do chefe de Estado".
Alguns juristas e políticos da oposição afirmam que a data para a tomada de posse não pode ser adiada e que a Constituição determina que em caso de ausência do presidente eleito o presidente da Assembleia Nacional deve tomar posse e convocar eleições gerais em trinta dias. A Assembleia Nacional é controlada pelo governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
O presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, ex-colega de armas de Chávez, já sugeriu o adiamento da posse ou que Chávez poderia tomar posse em uma sessão do Tribunal Constitucional. As sugestões de Cabello receberam várias críticas. Maduro disse, em meados de dezembro, que Chávez deverá tomar posse em 10 de janeiro.
No dia 11 de dezembro, Chávez foi submetido à quarta cirurgia contra o câncer em um ano e meio, dois meses após vencer as eleições para um quarto mandato de seis anos. Pela primeira vez, pouco antes de partir para Havana, Chaves admitiu a possibilidade de não ter condições de tomar posse. Ele afirmou que no caso de serem convocadas novas eleições, Maduro deveria ser o candidato do PSUV.
Maduro chegou a Cuba na madrugada deste sábado para se encontrar com Chávez. Segundo nota online do jornal estatal cubano Granma, Maduro discutirá com a equipe médica de Chávez o "momento adequado" para se reunir com o presidente.
O vice venezuelano foi recebido em Havana pelo chanceler cubano, Bruno Rodríguez, informou a publicação. Maduro "foi diretamente ao hospital onde o presidente Hugo Chávez Frías está em tratamento para cumprimentar seus familiares e o ministro de Ciência e Tecnologia venezuelano, Jorge Arreaza Monserrat", acrescentou o jornal. As informações são da Associated Press.