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Oposição venezuelana acusa governo de “golpe judicial”

A MUD obteve nas eleições parlamentares a primeira vitória em 16 anos, conquistando 112 dos 167 lugares que compõem o Parlamento

Venezuela: o Supremo Tribunal de Justiça abriu os serviços para receber um recurso que pretende impugnar 22 deputados da unidade (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 08h26.

A oposição venezuelana acusou hoje (23) o partido do governo de dar "um golpe judicial" contra o novo Parlamento, ao tentar impugnar a designação de 22 dos 112 deputados opositores que venceram as eleições parlamentares.

“A Mesa de Unidade Democrática, juntamente com os seus três governadores, quer apresentar a posição pública perante o que não duvidamos em qualificar como uma tentativa de golpe de estado judicial contra a vontade do povo, expressa de forma nítida, clara, retumbante e pacífica no último dia 6 de dezembro”, disse o secretário executivo da MUD, Jesús Torrealba.

A MUD obteve nas eleições parlamentares a primeira vitória em 16 anos, conquistando 112 dos 167 lugares que compõem o Parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma virada história contra o chavismo (corrente de seguidores do presidente Hugo Chávez).

Hoje, segundo Torrealba, apesar de estar em período de férias, o Supremo Tribunal de Justiça abriu os serviços para receber um recurso [de impugnação] do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que pretende impugnar 22 deputados da unidade.

"Não existe nenhum mecanismo ou procedimento que esteja por cima da Carta Magna. Dentro da Constituição tudo, fora dela nada", disse, durante entrevista em Caracas.

Segundo o secretário, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e outros organismos do hemisfério foram notificados do que está ocorrendo para que estejam em alerta para a possibilidade de que o governo venezuelano "pretenda manter-se no poder, ignorando a vontade popular".

O porta-voz da MUD lembrou que a Constituição estabelece que o Poder Legislativo deve ser instalado em 5 de janeiro e que os 112 deputados opositores eleitos e acreditados pelo Conselho Nacional Eleitoral se apresentem para assumir as funções.

"Nós estamos por uma senda clara que é democrática, constitucional, eleitoral e pacífica, por isso condenamos toda a ação de violência institucional", destacou.

Ele disse acreditar que nesse dia "vão operar as mesmas forças que garantiram que o dia 6 de dezembro fosse uma jornada cívica e pacífica".

Segundo o presidente Nicolás Maduro, estão sendo investigados mais de 1,5 milhão de votos nulos registrados durante as eleições parlamentares, porque em alguns setores onde tradicionalmente o chavismo era vencedor, os candidatos chavistas perderam por menos de uma centena de votos.

Houve mais de mil votos nulos nesses locais.

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A MUD obteve nas eleições parlamentares a primeira vitória em 16 anos, conquistando 112 dos 167 lugares que compõem o Parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma virada história contra o chavismo (corrente de seguidores do presidente Hugo Chávez).

Hoje, segundo Torrealba, apesar de estar em período de férias, o Supremo Tribunal de Justiça abriu os serviços para receber um recurso [de impugnação] do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que pretende impugnar 22 deputados da unidade.

"Não existe nenhum mecanismo ou procedimento que esteja por cima da Carta Magna. Dentro da Constituição tudo, fora dela nada", disse, durante entrevista em Caracas.

Segundo o secretário, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e outros organismos do hemisfério foram notificados do que está ocorrendo para que estejam em alerta para a possibilidade de que o governo venezuelano "pretenda manter-se no poder, ignorando a vontade popular".

O porta-voz da MUD lembrou que a Constituição estabelece que o Poder Legislativo deve ser instalado em 5 de janeiro e que os 112 deputados opositores eleitos e acreditados pelo Conselho Nacional Eleitoral se apresentem para assumir as funções.

"Nós estamos por uma senda clara que é democrática, constitucional, eleitoral e pacífica, por isso condenamos toda a ação de violência institucional", destacou.

Ele disse acreditar que nesse dia "vão operar as mesmas forças que garantiram que o dia 6 de dezembro fosse uma jornada cívica e pacífica".

Segundo o presidente Nicolás Maduro, estão sendo investigados mais de 1,5 milhão de votos nulos registrados durante as eleições parlamentares, porque em alguns setores onde tradicionalmente o chavismo era vencedor, os candidatos chavistas perderam por menos de uma centena de votos.

Houve mais de mil votos nulos nesses locais.

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