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Oposição síria não decidiu se participará de negociações

O vice-presidente da delegação opositora disse que sua ida à Suíça está condicionada ao cumprimento de várias exigências

George Sabra, membro da oposição: antes do começo do diálogo, os bombardeios contra civis e os assédios as cidades ocupadas devem parar (©AFP / Mehdi Fedouach)
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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 11h03.

Riad - A oposição síria , reunida em Riad, na Arábia Saudita, afirmou nesta quarta-feira que ainda não tomou uma decisão definitiva sobre participar nas próximas negociações diretas com as autoridades sírias, marcadas para o próximo dia 25 em Genebra.

O vice-presidente da delegação opositora, cuja formação foi anunciada hoje na capital saudita, é George Sabra. Ele disse à Agência Efe que sua ida à Suíça está condicionada ao cumprimento de várias exigências.

Antes do começo do diálogo com o regime, os bombardeios russo-sírios contra civis e os assédios as cidades ocupadas devem parar, e deve haver garantias de que seu grupo negociador será o único representante da oposição, entre outras questões.

Sabra explicou à Efe que sua equipe está em contato com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, para "acabar com os obstáculos que impedem a realização das negociações".

Entre esses inconvenientes estão, segundo a oposição, a participação das forças iranianas nas operações contra a oposição e as ambiguidades sobre o futuro do presidente sírio, Bashar al Assad, assim como a natureza da autoridade que dirigirá o país durante a etapa transitória.

Para ele, a resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, adotada por unanimidade em 18 de dezembro, que estabelece o roteiro para a solução política na Síria, não deixa claro que Assad não deve ser parte do período da transição.

"Não há negociações se não acabar o assédio às cidades sírias, nem é possível participar das consultas enquanto o povo está morrendo", disse em entrevista coletiva Riad Hiyab, o presidente da Comissão Suprema para as Negociações.

Durante a coletiva, em que foram anunciados os nomes da equipe negociadora da oposição, Hiyab acrescentou que a meta deles é "acabar com a tragédia do povo sírio e derrubar os criminosos que estão no poder".

Composta por 17 pessoas, a delegação opositora esta presidida por Assad al Zubi, um general desertor, e o negociador-chefe será Mohammed Alloush, responsável pelo exército do Islã, que controla amplos territórios nas periferias de Damasco.

Sabra explicou que todos membros da oposição síria estão representados na equipe negociadora, assim como as maiores alianças opositoras; a Coalizão Nacional Síria (CNFROS, oposição no exílio) e do Conselho de Coordenação Nacional (oposição interna).

As negociações de paz foram convocadas pela ONU em dezembro, depois da adoção da resolução, que prevê um prazo de seis meses para que as duas partes estabeleçam um Executivo de transição e a realização de eleições nos 18 meses seguintes.

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Riad - A oposição síria , reunida em Riad, na Arábia Saudita, afirmou nesta quarta-feira que ainda não tomou uma decisão definitiva sobre participar nas próximas negociações diretas com as autoridades sírias, marcadas para o próximo dia 25 em Genebra.

O vice-presidente da delegação opositora, cuja formação foi anunciada hoje na capital saudita, é George Sabra. Ele disse à Agência Efe que sua ida à Suíça está condicionada ao cumprimento de várias exigências.

Antes do começo do diálogo com o regime, os bombardeios russo-sírios contra civis e os assédios as cidades ocupadas devem parar, e deve haver garantias de que seu grupo negociador será o único representante da oposição, entre outras questões.

Sabra explicou à Efe que sua equipe está em contato com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, para "acabar com os obstáculos que impedem a realização das negociações".

Entre esses inconvenientes estão, segundo a oposição, a participação das forças iranianas nas operações contra a oposição e as ambiguidades sobre o futuro do presidente sírio, Bashar al Assad, assim como a natureza da autoridade que dirigirá o país durante a etapa transitória.

Para ele, a resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, adotada por unanimidade em 18 de dezembro, que estabelece o roteiro para a solução política na Síria, não deixa claro que Assad não deve ser parte do período da transição.

"Não há negociações se não acabar o assédio às cidades sírias, nem é possível participar das consultas enquanto o povo está morrendo", disse em entrevista coletiva Riad Hiyab, o presidente da Comissão Suprema para as Negociações.

Durante a coletiva, em que foram anunciados os nomes da equipe negociadora da oposição, Hiyab acrescentou que a meta deles é "acabar com a tragédia do povo sírio e derrubar os criminosos que estão no poder".

Composta por 17 pessoas, a delegação opositora esta presidida por Assad al Zubi, um general desertor, e o negociador-chefe será Mohammed Alloush, responsável pelo exército do Islã, que controla amplos territórios nas periferias de Damasco.

Sabra explicou que todos membros da oposição síria estão representados na equipe negociadora, assim como as maiores alianças opositoras; a Coalizão Nacional Síria (CNFROS, oposição no exílio) e do Conselho de Coordenação Nacional (oposição interna).

As negociações de paz foram convocadas pela ONU em dezembro, depois da adoção da resolução, que prevê um prazo de seis meses para que as duas partes estabeleçam um Executivo de transição e a realização de eleições nos 18 meses seguintes.

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