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Oposição síria está decepcionada com comunidade internacional

Os opositores reclamam do fato das promessas de apoio não terem garantido o fim da repressão contra a população síria

Riad Seif, principal opositor sírio: "não compreendemos como podemos ter tantos amigos e, no entanto, as pessoas continuaram sendo massacradas" (Louai Beshara/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 11h24.

Paris - Representantes da oposição síria afirmaram nesta sexta-feira que estão decepcionados com a atuação da comunidade internacional e com o fato das promessas de apoio não terem garantido o fim da repressão contra a população do país.

"Não compreendemos como podemos ter tantos amigos e, no entanto, as pessoas continuaram sendo massacradas. Desejamos que vossa amizade seja eficaz. Chega de massacres", disse Riad Seif, integrante do Conselho Nacional Sírio (CNS), na abertura da terceira conferência ministerial dos chamados "Amigos da Síria".

O encontro, que reúne cerca de 100 representantes estatais e organizações internacionais em Paris, segue a mesma pauta dos encontros realizados na Tunísia e na Turquia e deve servir para aumentar a pressão contra o regime de Bashar al Assad.

"Não queremos mais declarações. As declarações não vão parar o massacre. Queremos um plano de trabalho com um calendário preciso, um embargo aéreo. O povo sírio não esquecerá nunca quem prestou esse apoiou e quem não. É uma questão de dignidade do ser humano", acrescentou Khaled Abu Salah, representante da juventude síria que discursou com um pseudônimo.

O presidente do CNS, Abdulbasit Seida, que reconheceu ter sentido "muita tristeza ao ver só diante esta tirania", seguiu essa mesma linha de discurso e afirmou que a "ditadura de Assad utiliza dinheiro e armas para seguir no poder a qualquer preço, servindo apenas mercenários".

O representante do CNS ainda ressaltou que a Síria necessita de ajuda humanitária e de material para sua reconstrução, pedindo para as autoridades russas e iranianas "compreenderem a importância de se respeitarem os direitos humanos".

Quando o regime de Assad for deposto, segundo Seida, a CNS "se comprometeu a acabar com todas as políticas de discriminação, além de reconhecer os direitos de todos os integrantes no marco da união nacional e julgar somente os responsáveis pelo massacre".

Mas antes disso - segundo Hanadi Zahlut, um representante da juventude síria -, o país "segue derramando sangue e na espera de uma solução política", já que a dificuldade na hora de atuar "não é uma justificativa suficiente".

Diante das exigências da oposição síria, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, defendeu que o fechamento deste encontro "seja marcado pela construção de um apoio claro e eficaz, e não apenas com uma simples advertência para o Conselho Geral das Nações Unidas adotar uma resolução contra essa tragédia moral", como qualificou.

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"Não compreendemos como podemos ter tantos amigos e, no entanto, as pessoas continuaram sendo massacradas. Desejamos que vossa amizade seja eficaz. Chega de massacres", disse Riad Seif, integrante do Conselho Nacional Sírio (CNS), na abertura da terceira conferência ministerial dos chamados "Amigos da Síria".

O encontro, que reúne cerca de 100 representantes estatais e organizações internacionais em Paris, segue a mesma pauta dos encontros realizados na Tunísia e na Turquia e deve servir para aumentar a pressão contra o regime de Bashar al Assad.

"Não queremos mais declarações. As declarações não vão parar o massacre. Queremos um plano de trabalho com um calendário preciso, um embargo aéreo. O povo sírio não esquecerá nunca quem prestou esse apoiou e quem não. É uma questão de dignidade do ser humano", acrescentou Khaled Abu Salah, representante da juventude síria que discursou com um pseudônimo.

O presidente do CNS, Abdulbasit Seida, que reconheceu ter sentido "muita tristeza ao ver só diante esta tirania", seguiu essa mesma linha de discurso e afirmou que a "ditadura de Assad utiliza dinheiro e armas para seguir no poder a qualquer preço, servindo apenas mercenários".

O representante do CNS ainda ressaltou que a Síria necessita de ajuda humanitária e de material para sua reconstrução, pedindo para as autoridades russas e iranianas "compreenderem a importância de se respeitarem os direitos humanos".

Quando o regime de Assad for deposto, segundo Seida, a CNS "se comprometeu a acabar com todas as políticas de discriminação, além de reconhecer os direitos de todos os integrantes no marco da união nacional e julgar somente os responsáveis pelo massacre".

Mas antes disso - segundo Hanadi Zahlut, um representante da juventude síria -, o país "segue derramando sangue e na espera de uma solução política", já que a dificuldade na hora de atuar "não é uma justificativa suficiente".

Diante das exigências da oposição síria, o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, defendeu que o fechamento deste encontro "seja marcado pela construção de um apoio claro e eficaz, e não apenas com uma simples advertência para o Conselho Geral das Nações Unidas adotar uma resolução contra essa tragédia moral", como qualificou.

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