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Oposição lidera eleições legislativas na Indonésia

O principal partido de oposição da Indonésia liderava as eleições legislativas desta quarta

Local de votação na Indonésia: pelo menos 186 milhões de eleitores foram convocados para votar e eleger entre 230 mil candidatos (Juni Kriswanto/AFP)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 10h24.

Jacarta - O principal partido de oposição da Indonésia liderava as eleições legislativas desta quarta-feira, segundo os primeiros resultados após o fim do horário de votação, o que pode catapultar à presidência em julho o popular governador de Jacarta.

O Partido Democrático Indonésio da Luta (PDI-P) recebeu quase 19% dos votos, segundo os resultados provisórios.

O resultado fica abaixo dos 25% apontados nas pesquisas.

O PDI-P escolheu como candidato à presidência em julho Joko Widodo, governador da capital Jacarta, um novo rosto da política indonésia, ainda dominada por figuras da era autoritária de Suharto, destituído em 1998.

O Partido Democrático do atual presidente Susilo Bambang Yudhoyono recebeu 10% dos votos, segundos os primeiros resultados, o que significa metade do obtido nas legislativas de 2009.

O presidente não pode disputar um terceiro mandato consecutivo.

As eleições neste país de 250 milhões de habitantes e com três fusos horários começaram sob uma forte chuva na província de Papua, a mais oriental do arquipélago, às 7h00 (18h00 de terça em Brasília).

Mais tarde, a votação começou nas ilhas do centro e do oeste do país, entre elas Java e Sumatra.

Um bom resultado do PDI-P será um excelente sinal para o candidato do partido à presidência, o governador de Jacarta, Joko Widodo, que lidera as pesquisas para as eleições de 9 de julho.


"Tenho certeza de que meu partido terá um bom resultado", disse o governador da capital, de 52 anos, depois de votar diante de 200 jornalista.

Desde que foi eleito governador de Jacarta em 2012, este ex-vendedor de móveis prioriza os pobres e os trabalhadores modestos frente às elites corruptas.

O partido do presidente Yudhoyono, minado por escândalos de corrupção, deve sofrer uma dura derrota nas eleições legislativas, realizadas pela quarta vez na Indonésia desde 1998, ano em que a ditadura de Suharto chegou ao fim.

As eleições determinam quem pode disputar a presidência: apenas os partidos com mais de 20% das 560 cadeiras no Parlamento ou 25% dos votos.

O PDI-P é o único dos 12 partidos com candidatos em o todo o país que parece capaz de superar o limte. Os demais terão que formar coalizões.

Muito atrás nas pesquisas, o adversário direto de "Jokowi" é Prabowo Subianto, ex-comandante das forças especiais acusado de envolvimento em violações dos direitos humanos.

No país muçulmano mais populoso do mundo, pelo menos 186 milhões de eleitores foram convocados para votar e eleger entre 230 mil candidatos para mandatos parlamentares, provinciais e locais nas 17 mil ilhas do arquipélago.

Os resultados oficiais definitivos serão divulgados entre 7 e 9 de maio.

O quê: eleições parlamentares Quando: abrilO atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois.Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade.O novo líder terá de enfrentar um Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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    2 /4(MUSTAFA OZER/AFP/Getty Images)

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    O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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