Oposição israelense se une para boicotar aprovação de leis
Oposição israelense decidiu unida boicotar a votação de três polêmicas leis que serão discutidas a partir desta segunda
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2014 às 08h48.
Jerusalém - A oposição israelense decidiu unida boicotar a votação de três polêmicas leis que serão discutidas a partir desta segunda-feira no parlamento, em protesto pelo que consideram um "ataque à democracia" do executivo liderado por Benjamin Netanyahu.
As leis serão apresentadas como um "pacote" em uma sessão parlamentar na qual devem receber a terceira e última leitura, ou seja, o sinal verde definitivo.
Uma delas pretende elevar o corte eleitoral para 3,25%, o que significa que o mínimo de deputados passará de 2 para 4 para que um partido possa entrar na câmara, medida que afeta especialmente as formações árabes, cujos 11 deputados ameaçaram renunciar caso a lei seja aprovada.
Outra estipula o recrutamento obrigatório dos jovens ultra-ortodoxos no exército israelense, encabeçada pelo partido centrista Yesh Atid, que integra a coalizão do governo.
A última é a que requer que qualquer retirada do território ocupado por Israel - em virtude de um acordo de paz - primeiro seja submetida a referendo público.
Os representantes dos partidos da oposição, liderados pelo dirigente trabalhista, Isaac Herzog, decidiram no domingo, após uma reunião realizada na câmara, boicotar sua leitura no plenário.
As três leis devem ser votadas em uma sessão que inclui debates parlamentares entre a manhã de hoje e a tarde de quinta-feira.
"Apesar da oposição não ser homogênea, estamos todos unidos em torno da luta pela preservação da democracia", explicaram em comunicado emitido após a reunião.
Os partidos opositores sublinharam que "a coalizão (governamental) é débil e histérica e ninguém nela confia no vizinho, que está tentando passar leis empregando a brutalidade política".
O comunicado fazia referência assim a duas das legislações modificarem leis básicas, enquanto o governo pressiona todos seus integrantes para que as aprovem em conjunto.
Neste sentido, o presidente da coalizão, Yariv Levin, do governante Likud, enviou aos representantes das facções da coalizão uma carta em que pede por escrito o compromisso de votar a favor.
Na carta exige que cumpram estritamente com a disciplina de voto governamental para impedir que sigam sua consciência de partido.
Os analistas sublinham que a carta de Levin evidencia o alto nível de suspeita entre os diferentes partidos que formam o executivo do primeiro-ministro israelense.
As tentativas de que cada chefe de partido assine o documento "foi tomada como em um filme sobre mafiosos", comentou o chefe do Partido Trabalhista no parlamento (Knesset), Eitan Cabel.
Herzog indicou que a oposição estudará se adota medidas mais drásticas diante do que descreveu como ações do governo para silenciar a oposição.
O requerimento da coalizão, o Comitê do Parlamento admitiu que deve ser estabelecido um limite para o debate parlamentar, medida que só foi adotada em situações excepcionais e que foi veementemente contestada pela oposição.
Jerusalém - A oposição israelense decidiu unida boicotar a votação de três polêmicas leis que serão discutidas a partir desta segunda-feira no parlamento, em protesto pelo que consideram um "ataque à democracia" do executivo liderado por Benjamin Netanyahu.
As leis serão apresentadas como um "pacote" em uma sessão parlamentar na qual devem receber a terceira e última leitura, ou seja, o sinal verde definitivo.
Uma delas pretende elevar o corte eleitoral para 3,25%, o que significa que o mínimo de deputados passará de 2 para 4 para que um partido possa entrar na câmara, medida que afeta especialmente as formações árabes, cujos 11 deputados ameaçaram renunciar caso a lei seja aprovada.
Outra estipula o recrutamento obrigatório dos jovens ultra-ortodoxos no exército israelense, encabeçada pelo partido centrista Yesh Atid, que integra a coalizão do governo.
A última é a que requer que qualquer retirada do território ocupado por Israel - em virtude de um acordo de paz - primeiro seja submetida a referendo público.
Os representantes dos partidos da oposição, liderados pelo dirigente trabalhista, Isaac Herzog, decidiram no domingo, após uma reunião realizada na câmara, boicotar sua leitura no plenário.
As três leis devem ser votadas em uma sessão que inclui debates parlamentares entre a manhã de hoje e a tarde de quinta-feira.
"Apesar da oposição não ser homogênea, estamos todos unidos em torno da luta pela preservação da democracia", explicaram em comunicado emitido após a reunião.
Os partidos opositores sublinharam que "a coalizão (governamental) é débil e histérica e ninguém nela confia no vizinho, que está tentando passar leis empregando a brutalidade política".
O comunicado fazia referência assim a duas das legislações modificarem leis básicas, enquanto o governo pressiona todos seus integrantes para que as aprovem em conjunto.
Neste sentido, o presidente da coalizão, Yariv Levin, do governante Likud, enviou aos representantes das facções da coalizão uma carta em que pede por escrito o compromisso de votar a favor.
Na carta exige que cumpram estritamente com a disciplina de voto governamental para impedir que sigam sua consciência de partido.
Os analistas sublinham que a carta de Levin evidencia o alto nível de suspeita entre os diferentes partidos que formam o executivo do primeiro-ministro israelense.
As tentativas de que cada chefe de partido assine o documento "foi tomada como em um filme sobre mafiosos", comentou o chefe do Partido Trabalhista no parlamento (Knesset), Eitan Cabel.
Herzog indicou que a oposição estudará se adota medidas mais drásticas diante do que descreveu como ações do governo para silenciar a oposição.
O requerimento da coalizão, o Comitê do Parlamento admitiu que deve ser estabelecido um limite para o debate parlamentar, medida que só foi adotada em situações excepcionais e que foi veementemente contestada pela oposição.