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Oposição denuncia tentativa de emboscada a Capriles

"Recebemos informações muito sérias e de fontes fidedignas de que estava sendo planejada contra o candidato Henrique Capriles", disse o chefe da campanha, Henry Falcon


	O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles: Capriles terá como principal concorrente em 14 de abril Nicolás Maduro, presidente interino que Chávez designou como herdeiro político.
 (Leo Ramirez/AFP)

O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles: Capriles terá como principal concorrente em 14 de abril Nicolás Maduro, presidente interino que Chávez designou como herdeiro político. (Leo Ramirez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 17h43.

Caracas - A oposição venezuelana afirmou nesta terça-feira que seu candidato presidencial, Henrique Capriles, não formalizou ontem pessoalmente sua candidatura devido a informações de que se preparava uma emboscada para "agredir e atentar" contra ele.

"Recebemos informações muito sérias e de fontes fidedignas, inclusive de órgãos de segurança, de inteligência do próprio governo, de que estava sendo planejada contra o candidato Henrique Capriles uma emboscada nas imediações ou nas próprias instalações" do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), disse seu chefe de campanha, o governador do estado Lara (Oeste), Henry Falcon.

A informação, "inclusive de órgãos de inteligência do próprio governo", segundo a oposição, dizia que era planejado "inclusive agredir e atentar" contra Capriles, acrescentou Falcon em entrevista coletiva.

O governador garantiu que após uma "ampla consulta" e "muitas reflexões" o comando de campanha da oposição decidiu que Capriles não se apresentasse no CNE e que um representante fosse em seu lugar.

Falcon anunciou que a oposição irá "nas próximas horas" até o Ministério Público "fazer as denúncias formais" para que sejam averiguadas e determinadas responsabilidades "e para que o Executivo se pronuncie sobre esses fatos".

"Acho que atuamos com comedimento e com responsabilidade" para evitar o que pudesse acontecer ao candidato e "não só" a ele, mas "o que possa suceder" no país, sentenciou Falcon.


Segundo o chefe de campanha, "foi tão delicada a circunstância" que o representante enviado pela oposição para apresentar a candidatura de Capriles teve "sérias dificuldades" para deixar a sede do Conselho e precisou usar uma "saída diferente" com "veículos e escoltas" do CNE.

"O que pode acontecer na Venezuela se Henrique Capriles Radonsky, (...) vir sua integridade física ser comprometida, podem surgir cenários que ninguém quer", acrescentou o dirigente.

Falcon pediu responsabilidade neste "momento muito crítico e muito difícil" do país.

Ontem terminou o prazo para inscrever as candidaturas para as eleições de 14 de abril, quando será decidido quem será o presidente do país para o que resta do mandato 2013-2019, que começou em 10 de janeiro.

O presidente Hugo Chávez, reeleito em outubro passado para esse período, morreu em 5 de março vítima de umcâncer.

Capriles terá como principal concorrente em 14 de abril Nicolás Maduro, presidente interino que Chávez designou como herdeiro político, e que apresentou sua candidatura ontem apoiado por milhares de seguidores do falecido presidente. 

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