Oposição denuncia morte de mulher em embate na fronteira Venezuela-Brasil
Repressão também aconteceu com um grupo de indígenas, que tentavam impedir passagem de blindados militares
EFE
Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 12h33.
Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 12h34.
Caracas - Os deputados opositores do estado venezuelano de Bolívar, na fronteira com o Brasil, denunciaram nesta sexta-feira a morte de uma mulher em um enfrentamento entre as Forças Armadas e uma comunidade indígena que defende a entrada da ajuda humanitária ao país.
O confronto deixou pelo menos 15 feridos por disparos, três deles em estado grave, segundo disseram os parlamentares Américo de Grazia e Ángel Medina no Twitter.
Em declarações à emissora online "VIVOplay", De Grazia indicou que na manhã de hoje ocorreu "um tiroteio onde há 15 pessoas feridas até agora. Três delas foram transferes até o hospital de Santa Elena de Uairén (em Bolívar), uma falecida indígena".
Segundo o parlamentar, os enfrentamentos acontecem desde ontem, dia em que o presidente Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil.
A mulher falecida, de nome Zoraida Rodríguez, é uma vendedora de empanadas que estava na área onde ocorreu o enfrentamento, a comunidade de Kumaracupay, enquanto os feridos são todos homens.
Apenas três deles, e devido à gravidade do seu estado, foram transferidos imediatamente a um centro de saúde, pois, segundo De Grazia, não há gasolina nem ambulâncias que possam transferir os demais.
O deputado também declarou que as comunidades indígenas estão "em pé de guerra contra a usurpação" do governo de Maduro, a quem a oposição considera ilegítimo por ter sido reeleito em pleitos tachados como fraudulentos.