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Oposição da Venezuela busca apoio internacional pela democracia

Borges, presidente da Assembleia Nacional, de maioria da opositora, viajou a Lima para se encontrar com parlamentares peruanos e com o presidente

Protestos na Venezuela: a Venezuela testemunhou mais de cinco semanas de passeatas antigoverno que deixaram ao menos 39 mortos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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Reuters

Publicado em 11 de maio de 2017 às 17h57.

Lima - A oposição da Venezuela está exortando outros países latino-americanos a pressionarem o governo do presidente Nicolás Maduro a implementar uma "agenda democrática", disse o líder opositor Julio Borges nesta quinta-feira.

Borges, presidente da Assembleia Nacional, de maioria da opositora, viajou a Lima para se encontrar com parlamentares peruanos e com o presidente Pedro Pablo Kuczynski, que tem sido um dos críticos mais contundentes de Maduro entre os chefes de Estado da América Latina.

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Ele disse que a crise humanitária e os protestos intensos contra o governo socialista de Maduro atravessaram as fronteiras venezuelanas devido a uma onda de refugiados em toda a região.

"O pedido que estou trazendo ao Congresso e ao presidente peruanos é que nos ajudem, juntamente com outros presidentes com os quais conversei, a criar um grande grupo de presidentes que são amigos e proponentes da democracia na Venezuela", disse Borges à Reuters.

A Venezuela testemunhou mais de cinco semanas de passeatas antigoverno que deixaram ao menos 39 mortos.

A oposição condena Maduro por vê-lo como um autocrata que arruinou a economia do país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e exige eleições para resolver a crise política.

O Peru convocou seu embaixador em Caracas no final de março.

Borges disse que a estratégia dos protestos de rua e de clamores por pressão internacional visam "romper a consciência das Forças Armadas e dos grupos políticos" que ainda apoiam Maduro e evitar mais mortes.

"É importante, fundamental, que consigamos que vários governos da região se unam no curto prazo para fazer com que na Venezuela não exista nada além de uma agenda popular e democrática", disse Borges.

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