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Oposição critica falta de informação sobre saúde de Chávez

"O que não há é informação, o que não há é a vontade de dizer a verdade aos venezuelanos", disse o coordenador nacional do partido opositor Primeiro Justiça, Julio Borges

Mulher com boneco do presidente em meio à multidão que reza por Chávez em Caracas: oposição venezuelana declarou que informações oficiais sobre sua saúde não são claras (REUTERS / Carlos Garcia Rawlins)
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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 19h18.

Caracas - A oposição venezuelana declarou nesta quarta-feira que as informações oficiais sobre o estado de saúde do presidente Hugo Chávez não são claras, ao mesmo tempo em que reiterou a necessidade da formação de uma junta de médicos para verificar se o líder está em condições para assumir um novo mandato.

"O que não há é informação, o que não há é a vontade de dizer a verdade aos venezuelanos", disse o deputado e coordenador nacional do partido opositor Primeiro Justiça, Julio Borges, à emissora "Unión Rádio".

Acrescentou que enquanto o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, disse no dia 24 de dezembro em mensagem por rádio e televisão que o presidente "teve uma leve melhora", o vice-presidente, Nicolás Maduro, garantiu logo depois em uma ligação ao canal estatal "VTV" que Chávez já está "fazendo exercícios".

Após confirmar no último dia 8 de dezembro a reaparição do câncer diagnosticado em meados de 2011, Chávez viajou no dia 10 a Cuba para submeter-se um dia depois a uma "complexa" intervenção cirúrgica, a quarta em um ano e meio.

Borges assinalou que os venezuelanos devem esquecer a discussão de formalidades e ir ao "coração do problema", que, assegurou, é preparar-se para um processo eleitoral que será "hoje, amanhã ou depois de amanhã", e para uma "nova etapa" sem Chávez, sobre a qual, em sua opinião, o próprio presidente falou antes de viajar à ilha.

Chávez cogitou no dia 8 a possibilidade que sua saúde lhe impedisse de continuar no poder e pediu que seus seguidores votassem em Maduro no caso de pleitos antecipados, que, em caso extremo, deverão ocorrer nos 30 dias "consecutivos seguintes" a 10 de janeiro, segundo a Constituição.


O chefe de Estado deverá assumir em janeiro o mandato 2013-2019 após ter conquistado sua terceira reeleição consecutiva nas eleições presidenciais de 7 de outubro.

Por sua parte, o coordenador político do partido opositor Vontade Popular, Carlos Vecchio, disse hoje em entrevista coletiva que os venezuelanos não contam "com informação veraz e oportuna" sobre a saúde do presidente e opinou que o Governo não está falando ao povo "com seriedade e respeito".

Vecchio criticou que após três semanas os venezuelanos não tenham ouvido "o médico que operou o presidente para explicar de que se trata a operação, qual é seu tratamento e o tempo estimado de recuperação".

Vecchio lembrou que recentemente propôs à Assembleia Nacional, de maioria governista, a formação de uma comissão "mista" de deputados que viaje a Cuba para conhecer a condição de saúde de Chávez.

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Caracas - A oposição venezuelana declarou nesta quarta-feira que as informações oficiais sobre o estado de saúde do presidente Hugo Chávez não são claras, ao mesmo tempo em que reiterou a necessidade da formação de uma junta de médicos para verificar se o líder está em condições para assumir um novo mandato.

"O que não há é informação, o que não há é a vontade de dizer a verdade aos venezuelanos", disse o deputado e coordenador nacional do partido opositor Primeiro Justiça, Julio Borges, à emissora "Unión Rádio".

Acrescentou que enquanto o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, disse no dia 24 de dezembro em mensagem por rádio e televisão que o presidente "teve uma leve melhora", o vice-presidente, Nicolás Maduro, garantiu logo depois em uma ligação ao canal estatal "VTV" que Chávez já está "fazendo exercícios".

Após confirmar no último dia 8 de dezembro a reaparição do câncer diagnosticado em meados de 2011, Chávez viajou no dia 10 a Cuba para submeter-se um dia depois a uma "complexa" intervenção cirúrgica, a quarta em um ano e meio.

Borges assinalou que os venezuelanos devem esquecer a discussão de formalidades e ir ao "coração do problema", que, assegurou, é preparar-se para um processo eleitoral que será "hoje, amanhã ou depois de amanhã", e para uma "nova etapa" sem Chávez, sobre a qual, em sua opinião, o próprio presidente falou antes de viajar à ilha.

Chávez cogitou no dia 8 a possibilidade que sua saúde lhe impedisse de continuar no poder e pediu que seus seguidores votassem em Maduro no caso de pleitos antecipados, que, em caso extremo, deverão ocorrer nos 30 dias "consecutivos seguintes" a 10 de janeiro, segundo a Constituição.


O chefe de Estado deverá assumir em janeiro o mandato 2013-2019 após ter conquistado sua terceira reeleição consecutiva nas eleições presidenciais de 7 de outubro.

Por sua parte, o coordenador político do partido opositor Vontade Popular, Carlos Vecchio, disse hoje em entrevista coletiva que os venezuelanos não contam "com informação veraz e oportuna" sobre a saúde do presidente e opinou que o Governo não está falando ao povo "com seriedade e respeito".

Vecchio criticou que após três semanas os venezuelanos não tenham ouvido "o médico que operou o presidente para explicar de que se trata a operação, qual é seu tratamento e o tempo estimado de recuperação".

Vecchio lembrou que recentemente propôs à Assembleia Nacional, de maioria governista, a formação de uma comissão "mista" de deputados que viaje a Cuba para conhecer a condição de saúde de Chávez.

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