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Oposição convoca passeata por eleições antecipadas na Venezuela

Maduro minimizou a importância da passeata e reafirmou que o chavismo também se mobilizará para defender a revolução

Venezuela: "A decisão tomada pelos movimentos sociais e políticos é que haverá passeata no dia 23 de janeiro, até o CNE (Conselho Nacional Eleitoral)" (Christian Veron/Reuters)
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AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 20h50.

A oposição venezuelana convocou uma passeata para a próxima segunda-feira até a sede do poder eleitoral, em Caracas, para exigir a realização de eleições antecipadas e retirar o presidente Nicolás Maduro do poder.

"A decisão tomada pelos movimentos sociais e políticos é que haverá passeata no dia 23 de janeiro, até o CNE (Conselho Nacional Eleitoral)", anunciou Julio Borges, presidente do Parlamento, controlado pela oposição.

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Borges fez tal declaração ao liderar nesta terça-feira uma passeata até o escritório da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Caracas.

"Que saibam que precisamos já de eleições para governadores, prefeitos e nacional", declarou Borges aos jornalistas.

Maduro minimizou a importância da passeata e reafirmou que o chavismo também se mobilizará para defender a revolução. A data é simbólica, já que o 23 de janeiro marca a queda da ditadura militar de Marcos Pérez Jiménez.

"Não sei o que quer Julio Borges e se tem liderança para convocar qualquer coisa, mas o 23 de janeiro será um dia de júbilo e paz", declarou Maduro.

A opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), que acusa o CNE de estar a serviço dochavismo, exige a antecipação das eleições presidenciais previstas para dezembro de 2018.

O Poder Eleitoral suspendeu em outubro passado o processo de referendo revogatório do mandato de Maduro e retardou para o primeiro semestre de 2017 as eleições regionais previstas para dezembro de 2016.

"Queremos uma Venezuela de paz, de progresso e de desenvolvimento, e não esta Venezuela arruinada, violenta e dividida", declarou Borges, acrescentando que haverá passeatas em diversos pontos do país, sendo a principal em Caracas.

No ano passado, Maduro mobilizou um forte esquema policial e militar para impedir as passeatas da MUD na data exigindo o referendo revogatório.

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