Oportunistas se aproveitam de Nisman, diz governo argentino
O governo se referiu aos setores que anunciaram que se somaram a uma manifestação silenciosa de promotores que será realizada no próximo dia 18
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 12h53.
Buenos Aires - O governo argentino disse nesta segunda-feira que há "oportunistas" que tentam usar a morte do promotor Alberto Nisman com objetivos políticos, em referência aos setores que anunciaram que se somaram a uma manifestação silenciosa de promotores que será realizada no próximo dia 18, quando completará um mês do falecimento.
"Alguns deles são oportunistas que tentam usar a morte do promotor Nisman para benefício próprio", expressou hoje o secretário-geral de presidência, Aníbal Fernández, em declarações à imprensa local.
No entanto, ele reforçou que os organizadores da passeata "têm todo o direito de fazer uma manifestação com essas características" já que "se alguém quer se expressar, tem todo o direito a fazer".
Os principais dirigentes opositores anunciaram neste fim de semana que participaram da "marcha do silêncio" para pedir "Memória, Verdade e Justiça" por Alberto Nisman, convocada por promotores argentinos.
Nisman, encarregado da causa sobre o atentado contra a associação judia Amia, que deixou 85 mortos em 1994, morreu com um disparo na têmpora em circunstâncias ainda não esclarecidas quatro dias após ter denunciado a presidente, Cristina Kirchner, por suposto encobrimento de terroristas iranianos.
Entre os líderes opositores que já anunciaram adesão à passeata estão os pré-candidatos presidenciais Mauricio Macri, da conservadora Proposta Republicana (PRO), o peronista dissidente Sergio Massa, da Frente Renovador, o socialista Hermes Binner e o radical Julio Cobos.
"É muito importante que em silêncio, sem cartazes políticos, sem buscar vantagem partidária, saiamos todos à rua a dizer que na Argentina não toleramos mais a impunidade", expressou neste fim de semana Sergio Massa a imprensa local.
Perante as críticas do governo, os promotores afirmam que não há intenção de ir contra ninguém, mas de exaltar a figura de Nisman e transmitir solidariedade a sua família e a sua equipe de trabalho. Além disso, organizações civis, dirigentes políticos e expoentes culturais publicaram ontem uma carta em vários jornais argentinos para reivindicar a "verdade" sobre a morte.
O texto, que leva, entre outras, a assinatura da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), pede o "esclarecimento definitivo" do atentado em 1994 contra a sede dessa instituição judia e que se investigue a denúncia apresentada pelo promotor contra a presidente. EFE
Buenos Aires - O governo argentino disse nesta segunda-feira que há "oportunistas" que tentam usar a morte do promotor Alberto Nisman com objetivos políticos, em referência aos setores que anunciaram que se somaram a uma manifestação silenciosa de promotores que será realizada no próximo dia 18, quando completará um mês do falecimento.
"Alguns deles são oportunistas que tentam usar a morte do promotor Nisman para benefício próprio", expressou hoje o secretário-geral de presidência, Aníbal Fernández, em declarações à imprensa local.
No entanto, ele reforçou que os organizadores da passeata "têm todo o direito de fazer uma manifestação com essas características" já que "se alguém quer se expressar, tem todo o direito a fazer".
Os principais dirigentes opositores anunciaram neste fim de semana que participaram da "marcha do silêncio" para pedir "Memória, Verdade e Justiça" por Alberto Nisman, convocada por promotores argentinos.
Nisman, encarregado da causa sobre o atentado contra a associação judia Amia, que deixou 85 mortos em 1994, morreu com um disparo na têmpora em circunstâncias ainda não esclarecidas quatro dias após ter denunciado a presidente, Cristina Kirchner, por suposto encobrimento de terroristas iranianos.
Entre os líderes opositores que já anunciaram adesão à passeata estão os pré-candidatos presidenciais Mauricio Macri, da conservadora Proposta Republicana (PRO), o peronista dissidente Sergio Massa, da Frente Renovador, o socialista Hermes Binner e o radical Julio Cobos.
"É muito importante que em silêncio, sem cartazes políticos, sem buscar vantagem partidária, saiamos todos à rua a dizer que na Argentina não toleramos mais a impunidade", expressou neste fim de semana Sergio Massa a imprensa local.
Perante as críticas do governo, os promotores afirmam que não há intenção de ir contra ninguém, mas de exaltar a figura de Nisman e transmitir solidariedade a sua família e a sua equipe de trabalho. Além disso, organizações civis, dirigentes políticos e expoentes culturais publicaram ontem uma carta em vários jornais argentinos para reivindicar a "verdade" sobre a morte.
O texto, que leva, entre outras, a assinatura da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), pede o "esclarecimento definitivo" do atentado em 1994 contra a sede dessa instituição judia e que se investigue a denúncia apresentada pelo promotor contra a presidente. EFE