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ONU vota tratado que regulamenta comércio de armas

A resolução para a adoção do tratado exige o apoio da maioria dos 193 Estados-membros


	Por mais de uma década, ativistas e alguns governos têm feito pressão pela adoção de regras internacionais para tentar manter armas ilícitas fora das mãos de terroristas
 (Ethan Miller/Getty Images)

Por mais de uma década, ativistas e alguns governos têm feito pressão pela adoção de regras internacionais para tentar manter armas ilícitas fora das mãos de terroristas (Ethan Miller/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 12h56.

Nações Unidas - A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) deve votar nesta terça-feira o que pode ser o primeiro tratado da organização que regula o multibilionário comércio internacional de armas depois que Irã, Coreia do Norte e Síria bloquearam sua adoção por consenso.

O porta-voz da assembleia, Nikola Jovanovic, disse à Associated Press na segunda-feira que a resolução para a adoção do tratado exige o apoio da maioria dos 193 Estados-membros.

Tendo em vista que os tratado obteve forte apoio quando foi levado aos integrantes da ONU na quinta-feira, sua aprovação é praticamente certa, a menos que haja tentativas de emendá-lo antes da votação.

Muitos países, dentre eles os Estados Unidos, controlam suas exportações de armas. Mas nunca houve um tratado internacional que regulasse o mercado global de armas, estimado em US$ 60 bilhões.

Por mais de uma década, ativistas e alguns governos têm feito pressão pela adoção de regras internacionais para tentar manter armas ilícitas fora das mãos de terroristas, combatentes insurgentes e do crime organizado.


As expectativas de um acordo na conferência de negociação da ONU foi descartada em julho, quando os Estados Unidos disseram que precisavam de mais tempo para estudar a proposta de acordo, medida rapidamente apoiada por Rússia e China.

Em dezembro, a Assembleia Geral da ONU decidir realizar uma conferência de negociação final para um tratado e estabeleceu a última quinta-feira como prazo final.

Após duas semanas de intensas negociações, aumentaram as expectativas de que os 193 países-membros aprovariam o documento final por consenso, como exigido pela ONU.

Desta vez, os Estados Unidos estavam preparados para apoiar o documento, mas Irã, Coreia do Norte e Síria se opuseram. A Assembleia Geral havia deixado aberta a possibilidade de votar o tratado caso não houvesse um consenso. As informações são da Associated Press.

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