ONU pede "todas as medidas necessárias" para acabar com EI
O Conselho de Segurança da ONU se uniu para reivindicar ao mundo o uso de "todas as medidas necessárias" para acabar com o Estado Islâmico
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2015 às 21h51.
O Conselho de Segurança da ONU se uniu nesta sexta-feira para reivindicar ao mundo o uso de "todas as medidas necessárias" para acabar com o Estado Islâmico (EI) e a ameaça "sem precedentes" que impõe de suas posições na Síria e no Iraque.
Por unanimidade, os 15 membros do principal órgão de decisão das Nações Unidas adotaram a resolução 2249, impulsionada com urgência pela França em resposta aos atentados do sexta-feira passada em Paris.
"Contra o EI, temos a humanidade em comum. Nós, os povos das Nações Unidas, temos o dever de defendê-la", declarou o embaixador francês, François Delattre.
O texto propõe "redobrar e coordenar" a luta antiterrorista, expressa a intenção de ampliar as sanções contra indivíduos e entidades vinculadas com o EI e pede mais esforços para deter o fluxo de combatentes estrangeiros rumo ao Oriente Médio.
Apesar de seu pedido de usar "todas as medidas necessárias" contra os terroristas, a resolução não invoca o capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que tradicionalmente proporciona o marco legal para o emprego da força.
Trata-se mais de uma chamada política à ação e de uma forma, segundo a França, de emoldurar as ações contra o EI dentro do ordenamento jurídico internacional e deixar clara a unidade da comunidade internacional.
O documento condena "nos termos mais duros" os "horrendos ataques terroristas realizados pelo EI" em junho na cidade tunisiana de Sousse e em outubro em Ancara, além da derrubada de um avião russo sobre o Sinai e a tragédia de sexta-feira passada em Paris, assim como todos os demais atentados cometidos pelo grupo.
Segundo o Conselho de Segurança, a organização jihadista "tem a capacidade e a intenção de realizar mais ataques" e representa uma "ameaça global e sem precedentes à paz e segurança internacionais".
Delattre fez eco hoje das palavras do presidente francês, François Hollande, e assegurou que o EI cometeu em Paris um "ato de guerra" contra a França.
Perante essa agressão, o governo francês tem uma "determinação absoluta" para combater os terroristas e buscará conseguir "a mobilização mais ampla possível" da comunidade internacional nesse esforço, completou.
Apesar de todos os membros do Conselho de Segurança respaldarem a resolução, este órgão voltou a mostrar nos últimos dias a clara brecha que segue existindo entre as potências ocidentais e a Rússia em torno do conflito sírio.
Depois que a França anunciou na segunda-feira que levaria a questão à ONU, Moscou apresentou outra minuta de resolução, com um caráter mais geral e baseado em outra que tentou levar adiante no final de setembro, sem sucesso.
O problema principal desse texto era que exigia o "consentimento" dos Estados para atuar contra o terrorismo em seu território, o que para a França e o Reino Unido significaria dar um respaldo inaceitável ao regime sírio de Bashar al Assad.
O embaixador russo, Vitaly Churkin, elogiou hoje a iniciativa francesa como um passo adiante para criar um "frente antiterrorista" e insistiu que essa é também a intenção da Rússia, que desde setembro advoga por uma "grande coalizão" contra o EI.
Churkin assegurou que seguirá trabalhando para a adoção do texto russo e tachou as "tentativas de alguns membros" de bloqueá-lo como uma "política míope".
Há mais de um ano uma coalizão liderada pelos EUA ataca pelo ar posições do EI na Síria e no Iraque, enquanto a Rússia começou em setembro seus próprios bombardeios, que segundo o Ocidente atingiram majoritariamente outros grupos de oposição, não só os jihadistas.
O Conselho de Segurança da ONU se uniu nesta sexta-feira para reivindicar ao mundo o uso de "todas as medidas necessárias" para acabar com o Estado Islâmico (EI) e a ameaça "sem precedentes" que impõe de suas posições na Síria e no Iraque.
Por unanimidade, os 15 membros do principal órgão de decisão das Nações Unidas adotaram a resolução 2249, impulsionada com urgência pela França em resposta aos atentados do sexta-feira passada em Paris.
"Contra o EI, temos a humanidade em comum. Nós, os povos das Nações Unidas, temos o dever de defendê-la", declarou o embaixador francês, François Delattre.
O texto propõe "redobrar e coordenar" a luta antiterrorista, expressa a intenção de ampliar as sanções contra indivíduos e entidades vinculadas com o EI e pede mais esforços para deter o fluxo de combatentes estrangeiros rumo ao Oriente Médio.
Apesar de seu pedido de usar "todas as medidas necessárias" contra os terroristas, a resolução não invoca o capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que tradicionalmente proporciona o marco legal para o emprego da força.
Trata-se mais de uma chamada política à ação e de uma forma, segundo a França, de emoldurar as ações contra o EI dentro do ordenamento jurídico internacional e deixar clara a unidade da comunidade internacional.
O documento condena "nos termos mais duros" os "horrendos ataques terroristas realizados pelo EI" em junho na cidade tunisiana de Sousse e em outubro em Ancara, além da derrubada de um avião russo sobre o Sinai e a tragédia de sexta-feira passada em Paris, assim como todos os demais atentados cometidos pelo grupo.
Segundo o Conselho de Segurança, a organização jihadista "tem a capacidade e a intenção de realizar mais ataques" e representa uma "ameaça global e sem precedentes à paz e segurança internacionais".
Delattre fez eco hoje das palavras do presidente francês, François Hollande, e assegurou que o EI cometeu em Paris um "ato de guerra" contra a França.
Perante essa agressão, o governo francês tem uma "determinação absoluta" para combater os terroristas e buscará conseguir "a mobilização mais ampla possível" da comunidade internacional nesse esforço, completou.
Apesar de todos os membros do Conselho de Segurança respaldarem a resolução, este órgão voltou a mostrar nos últimos dias a clara brecha que segue existindo entre as potências ocidentais e a Rússia em torno do conflito sírio.
Depois que a França anunciou na segunda-feira que levaria a questão à ONU, Moscou apresentou outra minuta de resolução, com um caráter mais geral e baseado em outra que tentou levar adiante no final de setembro, sem sucesso.
O problema principal desse texto era que exigia o "consentimento" dos Estados para atuar contra o terrorismo em seu território, o que para a França e o Reino Unido significaria dar um respaldo inaceitável ao regime sírio de Bashar al Assad.
O embaixador russo, Vitaly Churkin, elogiou hoje a iniciativa francesa como um passo adiante para criar um "frente antiterrorista" e insistiu que essa é também a intenção da Rússia, que desde setembro advoga por uma "grande coalizão" contra o EI.
Churkin assegurou que seguirá trabalhando para a adoção do texto russo e tachou as "tentativas de alguns membros" de bloqueá-lo como uma "política míope".
Há mais de um ano uma coalizão liderada pelos EUA ataca pelo ar posições do EI na Síria e no Iraque, enquanto a Rússia começou em setembro seus próprios bombardeios, que segundo o Ocidente atingiram majoritariamente outros grupos de oposição, não só os jihadistas.