ONU pede que Venezuela detenha assédio a jornalistas e liberte detidos
ONU pede que Venezuela garanta que profissionais da imprensa possam trabalhar e pede também liberdade de expressão
EFE
Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 14h42.
Genebra - O Escritório da ONU para os Direitos Humanos manifestou nesta sexta-feira preocupação com as recentes detenções de jornalistas que cobrem a atual crise venezuelana (entre eles três da Agência Efe, já libertados), e pediu ao Governo da Venezuela que detenha essas ações e liberte todos informadores ainda detidos.
"Chamamos o Governo da Venezuela para que garanta que os jornalistas e outros trabalhadores de veículos de imprensa possam realizar seu trabalho respeitando a liberdade de expressão e opinião, sem restrições e nem acossamentos", declarou a porta-voz do mencionado escritório, Marta Furtada.
Além disso, o escritório que dirigido pela alta comissária Michelle Bachelet pediu ao Governo de Nicolás Maduro que "liberte todos os jornalistas que continuam detidos por exercer o direito à livre expressão", acrescentou a porta-voz em comunicado.
O escritório da ONU disse ter tomado nota dos incidentes com jornalistas ocorridos na Venezuela desde a semana passada, entre eles denúncias de detenções e deportações, que ocorreram "em um contexto de crescente restrição à liberdade de imprensa na Venezuela, aparentemente projetada para conter a informação independente no país".
"Durante os dois últimos anos, o nosso escritório recebeu várias denúncias de intimidação e ataques a jornalistas locais e estrangeiros junto ao confisco e destruição de equipamentos dos informadores, fechamentos de veículos de imprensa, bloqueios de internet e sites", destacou o comunicado.
O escritório da ONU expressou, além disso, preocupação com a situação de jornalistas que seguem detidos, como o chileno-venezuelano Braulio Jatar, em prisão domiciliar e privado de liberdade; o repórter gráfico Jesús Medina Ezaine e o alemão Billy Six, atualmente desterrado na prisão do Helicoide.
Os correspondentes da Efe colombiano Leonardo Muñoz e Maurén Barriga e seu colega espanhol Gonzalo Domínguez, junto ao motorista da empresa José Salas, foram detidos na quarta-feira em Caracas pelo serviço de inteligência, embora tenham sido libertados na quinta-feira.