ONU pede que UE dê prioridade a crise dos imigrantes
ONU disse que medidas anunciadas ontem pela UE estão muitos centradas em fazer cumprir a lei, quando a solução passa por "múltiplas respostas"
Da Redação
Publicado em 21 de abril de 2015 às 15h45.
Genebra - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu nesta terça-feira aos líderes da União Europeia (UE) que dêem prioridade à busca e ao resgate, assim como à proteção, perante a tragédia dos imigrantes que tentam atravessar o Mediterrâneo.
Os chefes de Estado e de governo do bloco comunitário realizarão nesta quinta-feira uma cúpula centrada na imigração irregular.
O Acnur lembrou hoje que quando pôs fim, em outubro, à operação de busca e resgate Mare Nostrum -após um ano de funcionamento salvando milhares de vidas- premeditou o atual "cenário" de tragédias de imigrantes afogados no Mediterrâneo.
A agência da ONU ressaltou que as medidas anunciadas ontem pela UE para enfrentar esta onda de imigração estão muitos centradas na luta contra o tráfico de pessoas e em fazer cumprir a lei, quando a solução passa por "múltiplas respostas".
"Queremos fazer uma chamada à Europa para que desperte e encontre meios para enfrentar os desafios no Mediterrâneo, em particular quanto ao asilo e à dimensão de proteção", comentou o alto comissário adjunto para os Refugiados, Volker Turk, à imprensa em Genebra.
"Esperamos que o Conselho Europeu de quinta-feira ofereça uma guia firme e que garanta que as pessoas recebam o asilo, refúgio e a atenção que merecem", assinalou.
As propostas do Acnur à União Europeia passam por reforçar as possibilidades de realocação de refugiados, a admissão por razões humanitária e a abertura de canais alternativos legais para entrar na Europa.
"Pedimos que haja um aumento ds operações de resgate, identificação adequada das pessoas que necessitam proteção internacional e a garantia de que serão distribuídas adequadamente dentro da UE", indicou Turk.
Segundo a agência que vela pelos refugiados, mais da metade de pessoas que conseguiram atravessar o Mediterrâneo no ano passado necessitavam de proteção, particularmente sírios, eritreus e alguns somalis.
"Se prestarmos atenção nos números dos últimos dois meses, entre quase 40% dessa gente necessitam de proteção", acrescentou Turk.
A Organização Internacional de Migrações (OIM) estimou hoje que 1.727 imigrantes morreram unicamente neste ano no Mediterrâneo, 30 vezes mais que no mesmo período do ano passado.
Genebra - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) pediu nesta terça-feira aos líderes da União Europeia (UE) que dêem prioridade à busca e ao resgate, assim como à proteção, perante a tragédia dos imigrantes que tentam atravessar o Mediterrâneo.
Os chefes de Estado e de governo do bloco comunitário realizarão nesta quinta-feira uma cúpula centrada na imigração irregular.
O Acnur lembrou hoje que quando pôs fim, em outubro, à operação de busca e resgate Mare Nostrum -após um ano de funcionamento salvando milhares de vidas- premeditou o atual "cenário" de tragédias de imigrantes afogados no Mediterrâneo.
A agência da ONU ressaltou que as medidas anunciadas ontem pela UE para enfrentar esta onda de imigração estão muitos centradas na luta contra o tráfico de pessoas e em fazer cumprir a lei, quando a solução passa por "múltiplas respostas".
"Queremos fazer uma chamada à Europa para que desperte e encontre meios para enfrentar os desafios no Mediterrâneo, em particular quanto ao asilo e à dimensão de proteção", comentou o alto comissário adjunto para os Refugiados, Volker Turk, à imprensa em Genebra.
"Esperamos que o Conselho Europeu de quinta-feira ofereça uma guia firme e que garanta que as pessoas recebam o asilo, refúgio e a atenção que merecem", assinalou.
As propostas do Acnur à União Europeia passam por reforçar as possibilidades de realocação de refugiados, a admissão por razões humanitária e a abertura de canais alternativos legais para entrar na Europa.
"Pedimos que haja um aumento ds operações de resgate, identificação adequada das pessoas que necessitam proteção internacional e a garantia de que serão distribuídas adequadamente dentro da UE", indicou Turk.
Segundo a agência que vela pelos refugiados, mais da metade de pessoas que conseguiram atravessar o Mediterrâneo no ano passado necessitavam de proteção, particularmente sírios, eritreus e alguns somalis.
"Se prestarmos atenção nos números dos últimos dois meses, entre quase 40% dessa gente necessitam de proteção", acrescentou Turk.
A Organização Internacional de Migrações (OIM) estimou hoje que 1.727 imigrantes morreram unicamente neste ano no Mediterrâneo, 30 vezes mais que no mesmo período do ano passado.