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ONU pede que países avaliem riscos de pesticidas

Segundo o diretor de políticas da FAO, o primeiro passo é questionar "se realmente é preciso usar pesticidas", em avaliações feitas "caso a caso"

Pesticida: quando o risco for muito alto e não existir razão para continuar utilizando, o produto pode ser totalmente abolido (Foto/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2016 às 11h18.

Roma - Há algumas semanas a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde ( OMS ) lançaram um guia com recomendações para reduzir os danos causados pelos pesticidas com alta toxicidade, particularmente perigosos para a saúde humana e para o meio ambiente; nesta segunda-feira, o diretor de políticas da FAO, Harry van der Wulp, alertou, em entrevista à Agência Efe, sobre a importância de os países avaliarem o uso e os riscos dos pesticidas em plantações para depois decidir como usá-los.

Segundo ele, o primeiro passo é questionar "se realmente é preciso usar pesticidas", em avaliações feitas "caso a caso", o que significa medir o grau de necessidade e de perigo que seu uso envolve.

Quando o risco for muito alto e não existir razão para continuar utilizando, o produto pode ser totalmente abolido.

"A eliminação, normalmente, é feita passo a passo. Primeiro, a produção e a importação do produto são suspensas. Depois, param sua distribuição a atacadistas e seu uso final com o objetivo de evitar que os países acabem com grandes acúmulos desses pesticidas sem ter como se desfazer deles", explicou o diretor, especialista em proteção de plantas.

Em sua opinião, um problema que muitos países enfrentam é o de não possuir instalações adequadas para destruir os pesticidas de forma segura.

Em algumas ocasiões, os pesticidas são utilizados por costume de tempos em tempos e sem uma justificativa plausível. No entanto, Van der Wulp ressaltou que frequentemente é possível atuar de forma diferente para prevenir as pragas e eliminá-las mediante métodos biológicos ou agronômicos.

Caso o pesticida seja realmente necessário, seria preciso escolher os que sejam menos perigosos, garantir sua utilização "apropriada" e tratar as pragas de maneira integrada com outras técnicas para reduzir a dependência a estes recursos.

Ainda assim, ele deveria ficar restrito as pessoas que, estando sob controle, tenham a licença, o treinamento e os equipamento adequados.

Segundo a FAO e a OMS, produtos com altos índices de toxidade são a causa do envenenamento de um grande número de pessoas, da contaminação de alimentos e de danos ambientais, particularmente nos países em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que alguns deles podem gerar questões crônicas de saúde, como câncer ou problema no desenvolvimento de crianças.

De acordo com as entidades, geralmente os pesticidas altamente perigosos estão proibidos ou restritos em países industrializados, mas frequentemente eles estão disponíveis nos países pobres, onde pequenos agricultores costumam carecer de equipamentos de proteção.

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Roma - Há algumas semanas a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde ( OMS ) lançaram um guia com recomendações para reduzir os danos causados pelos pesticidas com alta toxicidade, particularmente perigosos para a saúde humana e para o meio ambiente; nesta segunda-feira, o diretor de políticas da FAO, Harry van der Wulp, alertou, em entrevista à Agência Efe, sobre a importância de os países avaliarem o uso e os riscos dos pesticidas em plantações para depois decidir como usá-los.

Segundo ele, o primeiro passo é questionar "se realmente é preciso usar pesticidas", em avaliações feitas "caso a caso", o que significa medir o grau de necessidade e de perigo que seu uso envolve.

Quando o risco for muito alto e não existir razão para continuar utilizando, o produto pode ser totalmente abolido.

"A eliminação, normalmente, é feita passo a passo. Primeiro, a produção e a importação do produto são suspensas. Depois, param sua distribuição a atacadistas e seu uso final com o objetivo de evitar que os países acabem com grandes acúmulos desses pesticidas sem ter como se desfazer deles", explicou o diretor, especialista em proteção de plantas.

Em sua opinião, um problema que muitos países enfrentam é o de não possuir instalações adequadas para destruir os pesticidas de forma segura.

Em algumas ocasiões, os pesticidas são utilizados por costume de tempos em tempos e sem uma justificativa plausível. No entanto, Van der Wulp ressaltou que frequentemente é possível atuar de forma diferente para prevenir as pragas e eliminá-las mediante métodos biológicos ou agronômicos.

Caso o pesticida seja realmente necessário, seria preciso escolher os que sejam menos perigosos, garantir sua utilização "apropriada" e tratar as pragas de maneira integrada com outras técnicas para reduzir a dependência a estes recursos.

Ainda assim, ele deveria ficar restrito as pessoas que, estando sob controle, tenham a licença, o treinamento e os equipamento adequados.

Segundo a FAO e a OMS, produtos com altos índices de toxidade são a causa do envenenamento de um grande número de pessoas, da contaminação de alimentos e de danos ambientais, particularmente nos países em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que alguns deles podem gerar questões crônicas de saúde, como câncer ou problema no desenvolvimento de crianças.

De acordo com as entidades, geralmente os pesticidas altamente perigosos estão proibidos ou restritos em países industrializados, mas frequentemente eles estão disponíveis nos países pobres, onde pequenos agricultores costumam carecer de equipamentos de proteção.

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