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ONU pede fundos para evitar nova crise de fome na Somália

O secretário-geral da ONU pediu mais fundos para evitar que a Somália sofra novamente com a fome


	Mulher e soldado na Somália: o país está devastado pela guerra
 (Siegfried Modola/Reuters)

Mulher e soldado na Somália: o país está devastado pela guerra (Siegfried Modola/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 11h41.

Mogadíscio - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta quarta-feira, em Mogadíscio, mais fundos para evitar que a Somália, um país devastado pela guerra, sofra novamente com a fome.

"Peço expressamente aos doadores para que aumentem suas contribuições para evitar outra crise de fome na Somália", disse durante uma breve visita à capital somali.

Ban visitou pela última vez Mogadíscio em dezembro de 2011, quando o país sofria com a fome, segundo a ONU.

O secretário, acompanhado pelo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, reuniu-se nesta quarta-feira com o chefe do Estado somali, Hassan Sheikh Mohamud, no aeroporto de Mogadíscio em meio a forte esquema de segurança, segundo a presidência somali em sua conta Twitter.

Os chefes da ONU e do BM não saíram do aeroporto que abriga a sede da força da União Africana na Somália (Amisom).

Os islamitas somalis shebab perderam todos os seus redutos no centro e sul do país ao longo dos últimos anos, mas multiplicaram as operações guerrilheiras, principalmente com atentados com carro-bomba contra alvos oficiais, como o palácio presidencial ou o parlamento.

Em agosto, uma delegação de embaixadores do Conselho de Segurança visitou a Somália e, em setembro, especialistas da ONU alertaram para a dramática situação humanitária vivida pelo país depois de duas décadas de guerra civil.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA por sua sigla em inglês), cerca de 218 mil crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição e mais de um milhão de pessoas estão passando fome.

A ONU afirma ter poucos meios financeiros para lidar com esta catástrofe, tendo arrecadado apenas um pouco mais de um terço dos 933 milhões de dólares necessários.

A Somália carece de autoridade central desde a queda do regime do presidente Siad Barre em 1991, o que mergulhou o país no caos, principalmente com a ação de milícias e grupos islamitas.

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