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ONU localiza 800 mil deslocados em estado crítico na Nigéria

Ao entrar no território que estava dominado pelo grupo jihadista Boko Haram, a Acnur se deparou com a grave situação de desnutrição dessas 800 mil pessoas

Nigéria: parte dos deslocados esteve fora do alcance de qualquer tipo de ajuda humanitária (Samuel Ini/ Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 10h01.

Genebra - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) encontrou 800 mil deslocados internos que necessitavam de ajuda no nordeste da Nigéria , após o avanço da ofensiva do exército nigeriano contra o grupo jihadista Boko Haram, informou a agência da organização internacional nesta sexta-feira em comunicado.

Ao entrar nas regiões de Borno e Yobe, um território que estava dominado pelo grupo terrorista , a Acnur se deparou com a grave situação de desnutrição dessas 800 mil pessoas, e especialmente de 500 mil delas, cujo estado é crítico.

Isso se deve porque parte dos deslocados esteve fora do alcance de qualquer tipo de ajuda humanitária durante meses, inclusive anos.

Apenas em Borno, a agência registrou em sua lista mais de 51 mil pessoas extremamente vulneráveis, entre eles 21 mil crianças, cuja maioria é órfão de pai e mãe.

"A situação de sofrimento nos estados de Borno e Yobe é chocante. Há vários casos de violações dos direitos humanos, assassinatos, violência sexual, desaparições, recrutamento e conversões religiosas forçadas", detalhou a nota.

Nessas circunstâncias, a Acnur anunciou que aumentará sua ajuda aos afetados, mas considerou que será difícil chegar a algumas áreas devido à periculosidade da situação, como evidenciou o ataque sofrido no final de julho por um comboio da ONU , no qual três voluntários ficaram feridos.

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Ao entrar nas regiões de Borno e Yobe, um território que estava dominado pelo grupo terrorista , a Acnur se deparou com a grave situação de desnutrição dessas 800 mil pessoas, e especialmente de 500 mil delas, cujo estado é crítico.

Isso se deve porque parte dos deslocados esteve fora do alcance de qualquer tipo de ajuda humanitária durante meses, inclusive anos.

Apenas em Borno, a agência registrou em sua lista mais de 51 mil pessoas extremamente vulneráveis, entre eles 21 mil crianças, cuja maioria é órfão de pai e mãe.

"A situação de sofrimento nos estados de Borno e Yobe é chocante. Há vários casos de violações dos direitos humanos, assassinatos, violência sexual, desaparições, recrutamento e conversões religiosas forçadas", detalhou a nota.

Nessas circunstâncias, a Acnur anunciou que aumentará sua ajuda aos afetados, mas considerou que será difícil chegar a algumas áreas devido à periculosidade da situação, como evidenciou o ataque sofrido no final de julho por um comboio da ONU , no qual três voluntários ficaram feridos.

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