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ONU endurece sanções contra Eritreia por patrocínio ao terrorismo

Segundo o Conselho de Segurança, país tenta desestabilizar a região conhecida como Chifre da África mediante o financiamento de grupos terroristas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 19h47.

Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira uma resolução que endurece o regime de sanções imposto em 2009 contra a Eritreia devido aos esforços do país para desestabilizar os países da região conhecida como Chifre da África mediante o financiamento de grupos terroristas.

A resolução impulsionada pelo Gabão e Nigéria registrou a abstenção da Rússia e China, mas nenhum voto contrário. Ela permitirá ao Conselho de Segurança ampliar o número de indivíduos e entidades afetadas pela proibição de viagem e pelo congelamento de bens incluídos já em resoluções anteriores contra a Eritreia.

O principal órgão de segurança mandou assim uma mensagem ao governo do país para que 'ponha fim a todos os esforços diretos ou indiretos destinados a desestabilizar outros Estados', indica um texto que faz clara referência a sua colaboração com a milícia fundamentalista islâmica Al Shabab, vinculada à rede Al Qaeda.

A resolução 2.023 destaca que o Conselho 'condena as violações das resoluções do Conselho de Segurança cometidas pela Eritreia ao emprestar apoio persistente aos grupos armados de oposição, inclusive o Al Shabab, que tenta danificar a paz e a reconciliação na Somália e na região'.

Dois anos depois de o órgão de segurança aprovar uma rodada de sanções, o Conselho voltou a pressionar o governo da Eritreia para que cumpra as sanções anteriores sobre os integrantes e para deixar de 'pôr em perigo a estabilidade da região'.

China e Rússia, as únicas abstenções da resolução, mostraram sua preocupação sobre a situação na região, mas justificaram as posturas por considerarem a votação da resolução muito apressada.

'A pressa em votar a resolução resultou em um fracasso para refletir algumas das legítimas preocupações de alguns Estados-membros, como a China', assinalou o embaixador chinês na ONU, Li Baodong. 

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