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ONU deve rebaixar estimativa sobre crescimento global

Em dezembro passado, a ONU indicou que a economia mundial cresceria 2,6% em 2012, abaixo dos 3,3% que tinham previsto em meados do ano passado

No caso dos EUA, os economistas da ONU disseram que o PIB americano cresceria 1,5% em 2012 e 2% um ano depois (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 19h40.

Nações Unidas - A ONU publicará nesta quinta-feira o relatório ''Situação e Perspectivas da Economia Mundial em 2012'', que, segundo analistas, deve revisar para baixo a expectativa de crescimento global.

Em sua revisão semestral do relatório, os economistas da ONU terão de avaliar o impacto da crise da dívida soberana europeia sobre a economia global, que já em dezembro passado previram que neste ano seria ''anêmica''.

Em dezembro passado, a ONU indicou que a economia mundial cresceria 2,6% em 2012, abaixo dos 3,3% que tinham previsto em meados do ano passado.

A expectativa divulgada apontava que, após dois anos de recuperação desigual da crise financeira, a economia mundial estava ''à beira de uma severa contração'', com desafios como o alto nível de desemprego e a crise da dívida europeia.

O estudo estimou um fraco crescimento para 2012 e 2013, que estava longe de ser suficiente para lidar com a contínua crise de emprego da maioria das economias desenvolvidas, algo que afetaria os países em vias de desenvolvimento.

Analistas do Departamento de Análise de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU alertaram que os riscos maiores procediam do ''fracasso dos políticos, especialmente na Europa e Estados Unidos'', para enfrentar a crise do desemprego e evitar a pressão da dívida soberana e a escalada da fragilidade do setor financeiro.


Para a União Europeia (UE), a ONU projetou há seis meses um crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2012 e de 1,7% para 2013. Mas agora, com o agravamento da crise da dívida e com alguns países em recessão, os números podem ser rebaixados. A ONU havia advertido que as medidas de austeridade fiscal adotadas em muitos países também eram ''parte do problema''.

''As duras medidas orçamentárias aplicadas em resposta a níveis de déficit fiscal e dívida pública relativamente altos estão enfraquecendo o crescimento e as perspectivas de emprego'', destacava o relatório de seis meses atrás.

No caso dos EUA, os economistas da ONU disseram que o PIB americano cresceria 1,5% em 2012 e 2% um ano depois.

Para as economias emergentes ou em desenvolvimento, as Nações Unidas estimaram que o crescimento médio seria de 5,4% em 2012 e 5,8% em 2013, e os propulsores dessa categoria eram China e Índia.

No caso da região latino-americana, a ONU chamou a atenção sobre o enfraquecimento do Brasil e México, e previu que a economia brasileira avançaria 2,7% em 2012, enquanto a mexicana aumentaria 2,5%.

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Nações Unidas - A ONU publicará nesta quinta-feira o relatório ''Situação e Perspectivas da Economia Mundial em 2012'', que, segundo analistas, deve revisar para baixo a expectativa de crescimento global.

Em sua revisão semestral do relatório, os economistas da ONU terão de avaliar o impacto da crise da dívida soberana europeia sobre a economia global, que já em dezembro passado previram que neste ano seria ''anêmica''.

Em dezembro passado, a ONU indicou que a economia mundial cresceria 2,6% em 2012, abaixo dos 3,3% que tinham previsto em meados do ano passado.

A expectativa divulgada apontava que, após dois anos de recuperação desigual da crise financeira, a economia mundial estava ''à beira de uma severa contração'', com desafios como o alto nível de desemprego e a crise da dívida europeia.

O estudo estimou um fraco crescimento para 2012 e 2013, que estava longe de ser suficiente para lidar com a contínua crise de emprego da maioria das economias desenvolvidas, algo que afetaria os países em vias de desenvolvimento.

Analistas do Departamento de Análise de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU alertaram que os riscos maiores procediam do ''fracasso dos políticos, especialmente na Europa e Estados Unidos'', para enfrentar a crise do desemprego e evitar a pressão da dívida soberana e a escalada da fragilidade do setor financeiro.


Para a União Europeia (UE), a ONU projetou há seis meses um crescimento de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2012 e de 1,7% para 2013. Mas agora, com o agravamento da crise da dívida e com alguns países em recessão, os números podem ser rebaixados. A ONU havia advertido que as medidas de austeridade fiscal adotadas em muitos países também eram ''parte do problema''.

''As duras medidas orçamentárias aplicadas em resposta a níveis de déficit fiscal e dívida pública relativamente altos estão enfraquecendo o crescimento e as perspectivas de emprego'', destacava o relatório de seis meses atrás.

No caso dos EUA, os economistas da ONU disseram que o PIB americano cresceria 1,5% em 2012 e 2% um ano depois.

Para as economias emergentes ou em desenvolvimento, as Nações Unidas estimaram que o crescimento médio seria de 5,4% em 2012 e 5,8% em 2013, e os propulsores dessa categoria eram China e Índia.

No caso da região latino-americana, a ONU chamou a atenção sobre o enfraquecimento do Brasil e México, e previu que a economia brasileira avançaria 2,7% em 2012, enquanto a mexicana aumentaria 2,5%.

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