ONU critica Israel, mas não o inclui em lista de violação
O secretário-geral da ONU criticou Israel pelas consequências de suas operações para as crianças, mas não colocou o país em lista de Estados que violam direitos
Da Redação
Publicado em 8 de junho de 2015 às 17h42.
O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, criticou Israel nesta segunda-feira pelas consequências que suas operações militares têm para as crianças palestinas, mas decidiu deixar o país fora da "lista negra" de Estados e grupos que violam os direitos dos menores durante conflitos.
Ban distribuiu hoje aos membros do Conselho de Segurança seu relatório anual sobre a situação das crianças afetadas por guerras ao redor do mundo e se mostrou muito crítico à atuação das forças armadas israelenses.
"Estou profundamente alarmado pelo alcance das graves violações que as crianças sofreram como resultado das operações militares israelenses em 2014", afirmou o diplomata coreano no texto, em que ainda assinalou considerar a situação "sem precedentes e inaceitável".
No entanto, Israel não aparece na chamada "lista negra" de países e grupos que violam os direitos das crianças nos conflitos, apesar de essa inclusão ter sido recomendada pela enviada especial para este assunto, Leila Zerrougui, que também propunha incluir o Hamas.
Estão na lista organizações como Al Qaeda e Estado Islâmico (EI), e as forças armadas de países como Síria, Iêmen, Afeganistão e Sudão do Sul.
O embaixador israelense na ONU, Ron Prosor, celebrou a decisão em comunicado, e disse que Ban atuou corretamente ao não incluir Israel e "não se submeter aos ditames das organizações terroristas e dos países árabes".
"No entanto, a ONU ainda tem muito a avançar. Em vez de publicar milhares de relatórios e listas contra Israel, deveria condenar de maneira inequívoca as organizações terroristas que operam na Faixa de Gaza", assinalou Prosor.
Semana passada, a ONG Human Rights Watch (HRW) pediu em carta a Ban a inclusão de Israel na "lista negra", por considerar o país responsável por várias mortes de menores em Gaza e na Cisjordânia.
A HRW pediu também que também fosse listado o braço armado do Hamas, por causa do lançamento de projéteis contra Israel e o uso de escolas para armazenar armas.
O porta-voz de Ban, Stéphane Dujarric, explicou hoje que "o relatório é o resultado de um processo de consultas interno e foi uma decisão difícil de tomar".
Dujarric, perguntado pelos jornalistas pela ausência de Israel na "lista negra", defendeu que o relatório em seu conjunto é "muito mais importante" do que a lista e recalcou que no documento a ofensiva em Gaza foi detalha com a utilização de "termos muito diretos".
"Encorajaria todo o mundo a não se concentrar na lista, mas no relatório em seu conjunto", disse.
Segundo o relatório, em 2014 houve problemas "sem precedentes" na situação das crianças ao redor do mundo, com "violações atrozes" em lugares como Iraque, Palestina, Nigéria, República Centro-Africana, Sudão do Sul e Síria, que se somaram às repetidas durante anos no Afeganistão, na República Democrática do Congo e na Somália.
A ONU chamou a atenção especialmente sobre as barbaridades cometidas contra menores por organizações jihadistas como o EI e o Boko Haram.
A ONU incluiu as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) na lista de grupos que violam os direitos das crianças.
O secretário-geral da ONU , Ban Ki-moon, criticou Israel nesta segunda-feira pelas consequências que suas operações militares têm para as crianças palestinas, mas decidiu deixar o país fora da "lista negra" de Estados e grupos que violam os direitos dos menores durante conflitos.
Ban distribuiu hoje aos membros do Conselho de Segurança seu relatório anual sobre a situação das crianças afetadas por guerras ao redor do mundo e se mostrou muito crítico à atuação das forças armadas israelenses.
"Estou profundamente alarmado pelo alcance das graves violações que as crianças sofreram como resultado das operações militares israelenses em 2014", afirmou o diplomata coreano no texto, em que ainda assinalou considerar a situação "sem precedentes e inaceitável".
No entanto, Israel não aparece na chamada "lista negra" de países e grupos que violam os direitos das crianças nos conflitos, apesar de essa inclusão ter sido recomendada pela enviada especial para este assunto, Leila Zerrougui, que também propunha incluir o Hamas.
Estão na lista organizações como Al Qaeda e Estado Islâmico (EI), e as forças armadas de países como Síria, Iêmen, Afeganistão e Sudão do Sul.
O embaixador israelense na ONU, Ron Prosor, celebrou a decisão em comunicado, e disse que Ban atuou corretamente ao não incluir Israel e "não se submeter aos ditames das organizações terroristas e dos países árabes".
"No entanto, a ONU ainda tem muito a avançar. Em vez de publicar milhares de relatórios e listas contra Israel, deveria condenar de maneira inequívoca as organizações terroristas que operam na Faixa de Gaza", assinalou Prosor.
Semana passada, a ONG Human Rights Watch (HRW) pediu em carta a Ban a inclusão de Israel na "lista negra", por considerar o país responsável por várias mortes de menores em Gaza e na Cisjordânia.
A HRW pediu também que também fosse listado o braço armado do Hamas, por causa do lançamento de projéteis contra Israel e o uso de escolas para armazenar armas.
O porta-voz de Ban, Stéphane Dujarric, explicou hoje que "o relatório é o resultado de um processo de consultas interno e foi uma decisão difícil de tomar".
Dujarric, perguntado pelos jornalistas pela ausência de Israel na "lista negra", defendeu que o relatório em seu conjunto é "muito mais importante" do que a lista e recalcou que no documento a ofensiva em Gaza foi detalha com a utilização de "termos muito diretos".
"Encorajaria todo o mundo a não se concentrar na lista, mas no relatório em seu conjunto", disse.
Segundo o relatório, em 2014 houve problemas "sem precedentes" na situação das crianças ao redor do mundo, com "violações atrozes" em lugares como Iraque, Palestina, Nigéria, República Centro-Africana, Sudão do Sul e Síria, que se somaram às repetidas durante anos no Afeganistão, na República Democrática do Congo e na Somália.
A ONU chamou a atenção especialmente sobre as barbaridades cometidas contra menores por organizações jihadistas como o EI e o Boko Haram.
A ONU incluiu as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) na lista de grupos que violam os direitos das crianças.