ONU cobra mais ações de governos contra desastres ambientais
Dados do órgão mostram que desastres do gênero mataram 300 mil pessoas em 2010; ONU irá se reunir para debater o assunto
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 16h25.
Brasília – Em busca de soluções preventivas eficientes para a redução do risco e exposição a desastres naturais, a Assembleia Geral das Nações Unidas discute a partir de hoje (9) o assunto. A representante especial do secretário-geral da área de redução do riscos de desastres, Margareta Wahlström, disse que o assunto tem urgência devido aos últimos acontecimentos. Só no ano passado, foram registrados 373 desastres terrestres que mataram 300 mil pessoas no mundo.
As informações são da Estratégia Internacional da Organização das Nações Unidas para Redução de Desastres (cuja sigla em inglês é Unisdr). Os casos das inundações e do ciclone de categoria 5 na Austrália, assim como as consequências da chuva na região serrana do Rio de Janeiro também serão discutidas na assembleia.
"Considerando o nível da destruição causado por desastres naturais nos últimos meses, não há momento melhor para discutir os efeitos das catástrofes sobre as pessoas e os prejuízos materiais”, afirmou Margareta. "Investir na redução do risco de desastres não é mais uma opção, mas uma necessidade que deve ser abordada por todos os países."
De acordo com o Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (CRED), houve 373 desastres naturais em 2010, que causaram mais de 300 mil mortos e 200 milhões de vítimas, entre feridos e os que ficaram sem lugar para morar. No total, foram gastos US$ 110 bilhões.
"É importante reconhecer a necessidade de reduzir as vulnerabilidades e os riscos de perigos, especialmente nos países em desenvolvimento”, disse Margareta. "Se o mundo não agir agora, veremos mais e mais desastres devido à urbanização desordenada e à degradação ambiental."
No ano passado, na lista de desastres naturais com consequências mais graves estão os terremotos no Haiti, no Chile e na China, assim como as inundações no Paquistão e na Europa, além dos incêndios florestais na Rússia, os ciclones e as tempestades tropicais na Ásia. Em maio, haverá um amplo debate sobre o assunto em Genebra, na Suíça.