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ONU aponta responsabilidade de oficiais em crimes na Síria

Pillay, comissária da ONU é depositária de um envelope lacrado que contém uma lista de nomes de responsáveis de crimes de guerra e contra a humanidade

Navanethem Pillay: alta comissária da ONU disse que a comissão "aponta o fato de que existe exidência de que há responsabilidade do mais alto nível do Governo (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 11h20.

Genebra - A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, confirmou nesta segunda-feira que existe "evidência" da responsabilidade de altos cargos do Governo da Síria nos graves crimes perpetrados durante o atual conflito do país.

Pillay é depositária de um envelope lacrado que contém uma lista de nomes de responsáveis de crimes de guerra e contra a humanidade, elaborada pela comissão por encomenda das Nações Unidas investiga as violações dos direitos humanos desde o início do conflito sírio, em março de 2011.

Questionada em entrevista coletiva sobre o conteúdo dessa lista, que permanece secreta, Pillay lembrou que nem sequer ela pode abrir esse envelope, mas disse que a comissão "aponta o fato de que existe exidência de que há responsabilidade do mais alto nível do Governo".

"Esta lista foi entregue sob um critério de confidencialidade e permanecerá selada até que possa ser entregue para (sua utilização) em uma investigação crível, seja nacional ou internacional", explicou.

A alta comissária explicou que uma das principais razões dos nomes incluídos nessa lista serem mantidos em segredo é a necessidade de respeitar o princípio da presunção de inocência.

"Os nomes dos suspeitos não podem ser revelados até que haja uma investigação apropriada", explicou, para depois agregar que só então seu conteúdo será divulgado.

Pillay se referiu à guerra na Síria e enfatizou a utilização por parte das forças governamentais e da oposição armada do assédio de áreas civis, uma estratégia militar que está sendo utilizada neste país como "castigo coletivo", denunciou.


A alta comissária lembrou que isto vai contra os princípios mais fundamentais, que buscam garantir a entrada de ajuda essencial para a sobrevivência da população e uma saída segura dos que queiram abandonar a zona sitiada.

A responsável de direitos humanos da ONU reiterou sua chamada aos países com alguma influência sobre as partes do conflito para que "exerçam pressão" sobre elas e consigam uma cessação da violência.

Perante a realização a partir de 22 de janeiro da conferência de paz para a Síria, Pillay disse que ainda "não está claro quem sentará à mesa" das negociações destinadas a estabelecer um Governo de transição.

"Como alta comissária para os direitos humanos, minha preocupação é ver que os sírios estão adequadamente representados nestas conversas", assinalou

Para que estas negociações tenham êxito, é muito importante que todos participem, "incluindo a sociedade civil", acrescentou.

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Pillay é depositária de um envelope lacrado que contém uma lista de nomes de responsáveis de crimes de guerra e contra a humanidade, elaborada pela comissão por encomenda das Nações Unidas investiga as violações dos direitos humanos desde o início do conflito sírio, em março de 2011.

Questionada em entrevista coletiva sobre o conteúdo dessa lista, que permanece secreta, Pillay lembrou que nem sequer ela pode abrir esse envelope, mas disse que a comissão "aponta o fato de que existe exidência de que há responsabilidade do mais alto nível do Governo".

"Esta lista foi entregue sob um critério de confidencialidade e permanecerá selada até que possa ser entregue para (sua utilização) em uma investigação crível, seja nacional ou internacional", explicou.

A alta comissária explicou que uma das principais razões dos nomes incluídos nessa lista serem mantidos em segredo é a necessidade de respeitar o princípio da presunção de inocência.

"Os nomes dos suspeitos não podem ser revelados até que haja uma investigação apropriada", explicou, para depois agregar que só então seu conteúdo será divulgado.

Pillay se referiu à guerra na Síria e enfatizou a utilização por parte das forças governamentais e da oposição armada do assédio de áreas civis, uma estratégia militar que está sendo utilizada neste país como "castigo coletivo", denunciou.


A alta comissária lembrou que isto vai contra os princípios mais fundamentais, que buscam garantir a entrada de ajuda essencial para a sobrevivência da população e uma saída segura dos que queiram abandonar a zona sitiada.

A responsável de direitos humanos da ONU reiterou sua chamada aos países com alguma influência sobre as partes do conflito para que "exerçam pressão" sobre elas e consigam uma cessação da violência.

Perante a realização a partir de 22 de janeiro da conferência de paz para a Síria, Pillay disse que ainda "não está claro quem sentará à mesa" das negociações destinadas a estabelecer um Governo de transição.

"Como alta comissária para os direitos humanos, minha preocupação é ver que os sírios estão adequadamente representados nestas conversas", assinalou

Para que estas negociações tenham êxito, é muito importante que todos participem, "incluindo a sociedade civil", acrescentou.

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