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ONU acusa soldados malinenses de retaliar

Soldados do exército do Mali teriam retaliado contra vários grupos étnicos desde a intervenção francesa no norte do país em janeiro, afirmou a ONU

Soldados franceses em Gao: a ONU pediu às autoridades malinenses que investiguem os incidentes e castiguem os responsáveis (John Macdougall/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 09h54.

Genebra - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou nesta terça-feira soldados do exército do Mali de terem retaliado contra vários grupos étnicos desde a intervenção francesa no norte do país em janeiro, e pediu ao Mali uma investigação sobre este tema.

As conclusões da missão de observação realizada pelo Alto Comissariado desde 18 de fevereiro "sugerem que a recente intervenção no norte do Mali foi seguida por uma grave espiral de violência" e por represálias de membros do exército, que pareciam "apontar para os Peul, os Tuaregues e grupos étnicos árabes encarados como um apoio dos grupos armados", declarou a Alta Comissária adjunta, Kyung-wha Kang, perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Também explicou "que a situação se exacerbou pela propagação de mensagens incendiárias, inclusive nos meios de comunicação, estigmatizando os membros destas comunidades, dos quais milhares fugiram por medo de represálias do exército malinense".

"Os que restam no país têm medo de serem alvos, não pelo que fizeram, mas pelo que são", acrescentou.

Kyung-wha Kang pediu às autoridades malinenses que investiguem os incidentes e castiguem os responsáveis.

Presente na sala do conselho de direitos humanos em Genebra, o ministro da Justiça malinense, Malick Coulibaly, declarou que as acusações contra as forças malinenses obedecem a "atos isolados cujos autores serão perseguidos e castigados".

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Genebra - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou nesta terça-feira soldados do exército do Mali de terem retaliado contra vários grupos étnicos desde a intervenção francesa no norte do país em janeiro, e pediu ao Mali uma investigação sobre este tema.

As conclusões da missão de observação realizada pelo Alto Comissariado desde 18 de fevereiro "sugerem que a recente intervenção no norte do Mali foi seguida por uma grave espiral de violência" e por represálias de membros do exército, que pareciam "apontar para os Peul, os Tuaregues e grupos étnicos árabes encarados como um apoio dos grupos armados", declarou a Alta Comissária adjunta, Kyung-wha Kang, perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Também explicou "que a situação se exacerbou pela propagação de mensagens incendiárias, inclusive nos meios de comunicação, estigmatizando os membros destas comunidades, dos quais milhares fugiram por medo de represálias do exército malinense".

"Os que restam no país têm medo de serem alvos, não pelo que fizeram, mas pelo que são", acrescentou.

Kyung-wha Kang pediu às autoridades malinenses que investiguem os incidentes e castiguem os responsáveis.

Presente na sala do conselho de direitos humanos em Genebra, o ministro da Justiça malinense, Malick Coulibaly, declarou que as acusações contra as forças malinenses obedecem a "atos isolados cujos autores serão perseguidos e castigados".

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