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ONGs denunciam crimes contra direitos humanos no Egito

Os 15 grupos criticaram a demora do presidente egípcio, Mohammed Mursi, em condenar este tipo de delitos

Egito: as ONGs querem criar um órgão independente para investigar as mortes pelas mãos da polícia e outro para vigiar os lugares de detenção. (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 17h20.

Cairo - Algumas organizações de direitos humanos egípcias denunciaram nesta quarta-feira que o Ministério do Interior cometeu, recentemente, "graves violações e crimes contra civis" nas delegacias e durante os protestos.

Em comunicado, as ONGs afirmaram que estes delitos são "um retorno da tortura sistemática" que foi praticada durante o regime de Hosni Mubarak, derrubado do cargo em fevereiro de 2011.

Os 15 grupos criticaram a demora do presidente egípcio, Mohammed Mursi, em condenar este tipo de delitos e em adotar medidas para colocar um fim fim aos mesmos, investigá-los e castigar os responsáveis.

Segundo as ONGs, as declarações de Mursi e outras autoridades foram dirigidas para instigar a polícia a usar força física e minimizar os delitos.

As ONGs apontaram que o presidente não anunciou nenhum plano para reestruturar o Ministério do Interior e que o projeto de lei de protestos aprovado pelo Governo impõe restrições e outorga à polícia mais poderes para enfrentar os manifestantes.

A nota diz que Mursi enfrenta responsabilidade penal por estes delitos devido a seu cargo como de chefe de Estado e de presidente do Conselho Supremo da Polícia.

Por tudo isso, pedem a destituição do ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, e do procurador-geral, Talaat Ibrahim, e que o primeiro seja apresentado perante a justiça pela morte de manifestantes.


As ONGs solicitam, além disso, retirar o projeto de lei de protestos e criar um órgão independente para investigar as mortes pelas mãos da polícia e outro para vigiar os lugares de detenção.

Além disso, as denúncias dizem que membros da Irmandade Muçulmana detiveram e torturaram manifestantes opositores, e pedem que os responsáveis pelo Partido Liberdade e Justiça sejam denunciados.

Entre as organizações signatárias figuram o Centro Egípcio de Direitos Humanos, a Iniciativa Egípcia para os Direitos Pessoais e o Centro Nadim para a Reabilitação de Vítimas da Violência.

Desde 25 de janeiro, quando foi lembrado o segundo aniversário da revolução, cerca de 60 pessoas morreram e milhares ficaram feridas pelos choques entre as forças da ordem e manifestantes, ao mesmo tempo em que denunciaram vários casos de torturas e repressão policial.

Um homem de 31 anos morreu em 14 de fevereiro em uma delegacia da cidade egípcia de Alexandria, após ter sido detido durante as manifestações convocadas pela oposição.

Dez dias antes, um ativista da opositora Corrente Popular Egípcia morreu em um centro de detenção no Cairo, supostamente pelas torturas cometidas pela polícia.

Um dos casos mais famosos foi o de Mohammed Saber, que foi despido e golpeado pelos agentes nas imediações do Palácio Presidencial de Itihadiya no Cairo, segundo um vídeo gravado e divulgado pelos meios de comunicação.

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Cairo - Algumas organizações de direitos humanos egípcias denunciaram nesta quarta-feira que o Ministério do Interior cometeu, recentemente, "graves violações e crimes contra civis" nas delegacias e durante os protestos.

Em comunicado, as ONGs afirmaram que estes delitos são "um retorno da tortura sistemática" que foi praticada durante o regime de Hosni Mubarak, derrubado do cargo em fevereiro de 2011.

Os 15 grupos criticaram a demora do presidente egípcio, Mohammed Mursi, em condenar este tipo de delitos e em adotar medidas para colocar um fim fim aos mesmos, investigá-los e castigar os responsáveis.

Segundo as ONGs, as declarações de Mursi e outras autoridades foram dirigidas para instigar a polícia a usar força física e minimizar os delitos.

As ONGs apontaram que o presidente não anunciou nenhum plano para reestruturar o Ministério do Interior e que o projeto de lei de protestos aprovado pelo Governo impõe restrições e outorga à polícia mais poderes para enfrentar os manifestantes.

A nota diz que Mursi enfrenta responsabilidade penal por estes delitos devido a seu cargo como de chefe de Estado e de presidente do Conselho Supremo da Polícia.

Por tudo isso, pedem a destituição do ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, e do procurador-geral, Talaat Ibrahim, e que o primeiro seja apresentado perante a justiça pela morte de manifestantes.


As ONGs solicitam, além disso, retirar o projeto de lei de protestos e criar um órgão independente para investigar as mortes pelas mãos da polícia e outro para vigiar os lugares de detenção.

Além disso, as denúncias dizem que membros da Irmandade Muçulmana detiveram e torturaram manifestantes opositores, e pedem que os responsáveis pelo Partido Liberdade e Justiça sejam denunciados.

Entre as organizações signatárias figuram o Centro Egípcio de Direitos Humanos, a Iniciativa Egípcia para os Direitos Pessoais e o Centro Nadim para a Reabilitação de Vítimas da Violência.

Desde 25 de janeiro, quando foi lembrado o segundo aniversário da revolução, cerca de 60 pessoas morreram e milhares ficaram feridas pelos choques entre as forças da ordem e manifestantes, ao mesmo tempo em que denunciaram vários casos de torturas e repressão policial.

Um homem de 31 anos morreu em 14 de fevereiro em uma delegacia da cidade egípcia de Alexandria, após ter sido detido durante as manifestações convocadas pela oposição.

Dez dias antes, um ativista da opositora Corrente Popular Egípcia morreu em um centro de detenção no Cairo, supostamente pelas torturas cometidas pela polícia.

Um dos casos mais famosos foi o de Mohammed Saber, que foi despido e golpeado pelos agentes nas imediações do Palácio Presidencial de Itihadiya no Cairo, segundo um vídeo gravado e divulgado pelos meios de comunicação.

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