OMS admite falhas em lidar com Ebola e promete reforma
Críticos disseram que sua relutância em declarar o surto da doença como uma emergência teve resultado direto em permitir que a epidemia se espalhasse
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2015 às 08h55.
Genebra - A Organização Mundial da Saúde ( OMS ) admitiu sérias falhas na forma como lidou com a crise do Ebola e se comprometeu com reformas para permitir melhorias no futuro, disse a liderança da entidade em um comunicado visto pela Reuters no domingo.
“Aprendemos lições de humildade. Temos visto que doenças antigas em contextos novos consistentemente trazem novas surpresas”, disse o comunicado, atribuído à diretora-geral da OMS, Marcharet Chan, ao vice-diretor-geral e a diretores regionais.
“Nós levamos em consideração as críticas à Organização de que a reposta inicial da OMS foi lenta e insuficiente, e de que não estávamos agressivamente alertando o mundo… nós não trabalhamos efetivamente em coordenação com outros parceiros, houve falhas na comunicação de riscos e confusão na atribuição de papéis e responsabilidades”, disse a nota.
O comunicado listou oito lições aprendidas com a crise, incluindo áreas nas quais a resposta da OMS sobre o Ebola poderia ter sido melhor, tais como comunicação e compartilhamento de informações.
Alguns críticos disseram que sua relutância em declarar o surto da doença como uma emergência teve resultado direto em permitir que a epidemia se espalhasse, resultando na pior crise de Ebola já registrada, com mais de 25 mil casos e 10 mil mortes.
O comunicado também relatou os planos da OMS para realizar reformas, para que a instituição esteja preparada para emergências semelhantes no futuro.
“Nós podemos montar uma resposta altamente eficaz para surtos pequenos e médios, mas quando diante de uma emergência desta escala, nossos sitemas atuais - nacionais e internacionais - simplesmente não deram conta.”
Em janeiro, os 34 países da comissão executiva da OMS adotaram uma resolução buscando grandes reformas na entidade de saúde pública da Organização das Nações Unidas.
As reformas planejadas incluem a criação de uma força reserva de emergência de 1.000 colaboradores, um fundo de contigência e uma força de rápida resposta, assim como uma estrutura de comando mais forte na OMS e regras internacionais de saúde que garantam que todos os países estejam dentro dos padrões de preparação para combate a doenças.
O comunicado disse que os líderes da OMS também prometeram melhorar a comunicação e a transparência da organização, que tem sede em Genebra.
A documento estava datado em 16 de abril, mas estava incerto quando seria publicado no site da OMS.
Diferentemente de muitas notícia sobre o Ebola, não foi comunicado via email ou pelo canal do Twitter da organização.
Genebra - A Organização Mundial da Saúde ( OMS ) admitiu sérias falhas na forma como lidou com a crise do Ebola e se comprometeu com reformas para permitir melhorias no futuro, disse a liderança da entidade em um comunicado visto pela Reuters no domingo.
“Aprendemos lições de humildade. Temos visto que doenças antigas em contextos novos consistentemente trazem novas surpresas”, disse o comunicado, atribuído à diretora-geral da OMS, Marcharet Chan, ao vice-diretor-geral e a diretores regionais.
“Nós levamos em consideração as críticas à Organização de que a reposta inicial da OMS foi lenta e insuficiente, e de que não estávamos agressivamente alertando o mundo… nós não trabalhamos efetivamente em coordenação com outros parceiros, houve falhas na comunicação de riscos e confusão na atribuição de papéis e responsabilidades”, disse a nota.
O comunicado listou oito lições aprendidas com a crise, incluindo áreas nas quais a resposta da OMS sobre o Ebola poderia ter sido melhor, tais como comunicação e compartilhamento de informações.
Alguns críticos disseram que sua relutância em declarar o surto da doença como uma emergência teve resultado direto em permitir que a epidemia se espalhasse, resultando na pior crise de Ebola já registrada, com mais de 25 mil casos e 10 mil mortes.
O comunicado também relatou os planos da OMS para realizar reformas, para que a instituição esteja preparada para emergências semelhantes no futuro.
“Nós podemos montar uma resposta altamente eficaz para surtos pequenos e médios, mas quando diante de uma emergência desta escala, nossos sitemas atuais - nacionais e internacionais - simplesmente não deram conta.”
Em janeiro, os 34 países da comissão executiva da OMS adotaram uma resolução buscando grandes reformas na entidade de saúde pública da Organização das Nações Unidas.
As reformas planejadas incluem a criação de uma força reserva de emergência de 1.000 colaboradores, um fundo de contigência e uma força de rápida resposta, assim como uma estrutura de comando mais forte na OMS e regras internacionais de saúde que garantam que todos os países estejam dentro dos padrões de preparação para combate a doenças.
O comunicado disse que os líderes da OMS também prometeram melhorar a comunicação e a transparência da organização, que tem sede em Genebra.
A documento estava datado em 16 de abril, mas estava incerto quando seria publicado no site da OMS.
Diferentemente de muitas notícia sobre o Ebola, não foi comunicado via email ou pelo canal do Twitter da organização.