OEA suspende reunião sobre a Venezuela por falta de acordo
"Não houve acordo no Conselho Permanente e a sessão prosseguirá na sexta-feira. Ainda não sabemos quais serão os resultados", disse o embaixador do Panamá
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2014 às 21h40.
A Organização dos Estados Americanos ( OEA ) decidiu suspender e prosseguir nesta sexta-feira com uma reunião extraordinária sobre a violência na Venezuela , após divergências por uma proposta peruana de convocar o secretário-geral para monitorar a situação no país.
"Não houve acordo no Conselho Permanente e a sessão prosseguirá na sexta-feira. Ainda não sabemos quais serão os resultados", disse o embaixador do Panamá, Arturo Ulises Vallarino.
Após mais de oito horas de debate a portas fechadas, a reunião do Conselho Permanente da OEA foi suspensa durante a madrugada e será retomada às 10H00 locais (12H00 de Brasília).
As delegações não alcançaram acordos sobre uma proposta boliviana, respaldada pela Venezuela, e tampouco sobre a iniciativa do Peru e outra do Panamá de convocar uma reunião de chanceleres para avaliar a crise.
"Os dois objetivos intervencionistas não avançaram. É um fracasso da iniciativa", comemorou o embaixador venezuelano Roy Chaderton.
O projeto do Panamá, que havia convocado a reunião, foi abandonado rapidamente com a participação importante dos países caribenhos - que representam quase metade dos 34 votos do Conselho -, por ter sido considerado "prematuro", reconheceu Vallarino.
Em seguida, a Bolívia, com o apoio da Venezuela e seus aliados da ALBA, apresentou um projeto de resolução centrado em um pedido de diálogo, uma condenação da violência e no respeito aos direitos humanos, entre outros pontos.
A este projeto, o Peru propôs o acréscimo de um mecanismo para monitorar a situação na Venezuela e informar o Conselho.
Este dispositivo seria coordenado pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, que poderia propor mecanismos para ajudar a resolver a crise, segundo Vallarino.
A iniciativa peruana, respaldada por Panamá, Chile, México, Canadá e Estados Unidos, foi rejeitada de cara pelo grupo da ALBA. Depois, o projeto boliviano nem sequer chegou a uma votação, segundo o representante panamenho.
O secretário-geral da OEA já havia alertado para as divergências dentro da organização.
A Venezuela registra há um mês protestos de estudantes e da oposição contra a criminalidade e o alto custo de vida.
Vinte pessoas morreram e quase 300 ficaram feridas nas manifestações. Além disso, também foram denunciados vários casos de violações dos direitos humanos.
Apesar das divergências a respeito da situação venezuelana, o debate na OEA foi "bastante tranquilo", afirmou o secretário-geral.
A sessão da OEA está marcada pela ruptura de relações entre Venezuela e Panamá, acusado por Caracas de facilitar uma intervenção estrangeira por solicitar um debate sobre os protestos no fórum regional.
O presidente Nicolás Maduro surpreendeu na noite de quarta-feira ao anunciar o rompimento das relações políticas e diplomáticas, assim como o congelamento das ligações comerciais com o Panamá.
Maduro advertiu ainda que qualquer tentativa de interferência de outros governos será respondida com "força e contundência" e negou o acesso ao país de qualquer missão de organismo multilateral.
A Unasul anunciou que debaterá a situação na Venezuela na próxima semana no Chile.
A Organização dos Estados Americanos ( OEA ) decidiu suspender e prosseguir nesta sexta-feira com uma reunião extraordinária sobre a violência na Venezuela , após divergências por uma proposta peruana de convocar o secretário-geral para monitorar a situação no país.
"Não houve acordo no Conselho Permanente e a sessão prosseguirá na sexta-feira. Ainda não sabemos quais serão os resultados", disse o embaixador do Panamá, Arturo Ulises Vallarino.
Após mais de oito horas de debate a portas fechadas, a reunião do Conselho Permanente da OEA foi suspensa durante a madrugada e será retomada às 10H00 locais (12H00 de Brasília).
As delegações não alcançaram acordos sobre uma proposta boliviana, respaldada pela Venezuela, e tampouco sobre a iniciativa do Peru e outra do Panamá de convocar uma reunião de chanceleres para avaliar a crise.
"Os dois objetivos intervencionistas não avançaram. É um fracasso da iniciativa", comemorou o embaixador venezuelano Roy Chaderton.
O projeto do Panamá, que havia convocado a reunião, foi abandonado rapidamente com a participação importante dos países caribenhos - que representam quase metade dos 34 votos do Conselho -, por ter sido considerado "prematuro", reconheceu Vallarino.
Em seguida, a Bolívia, com o apoio da Venezuela e seus aliados da ALBA, apresentou um projeto de resolução centrado em um pedido de diálogo, uma condenação da violência e no respeito aos direitos humanos, entre outros pontos.
A este projeto, o Peru propôs o acréscimo de um mecanismo para monitorar a situação na Venezuela e informar o Conselho.
Este dispositivo seria coordenado pelo secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, que poderia propor mecanismos para ajudar a resolver a crise, segundo Vallarino.
A iniciativa peruana, respaldada por Panamá, Chile, México, Canadá e Estados Unidos, foi rejeitada de cara pelo grupo da ALBA. Depois, o projeto boliviano nem sequer chegou a uma votação, segundo o representante panamenho.
O secretário-geral da OEA já havia alertado para as divergências dentro da organização.
A Venezuela registra há um mês protestos de estudantes e da oposição contra a criminalidade e o alto custo de vida.
Vinte pessoas morreram e quase 300 ficaram feridas nas manifestações. Além disso, também foram denunciados vários casos de violações dos direitos humanos.
Apesar das divergências a respeito da situação venezuelana, o debate na OEA foi "bastante tranquilo", afirmou o secretário-geral.
A sessão da OEA está marcada pela ruptura de relações entre Venezuela e Panamá, acusado por Caracas de facilitar uma intervenção estrangeira por solicitar um debate sobre os protestos no fórum regional.
O presidente Nicolás Maduro surpreendeu na noite de quarta-feira ao anunciar o rompimento das relações políticas e diplomáticas, assim como o congelamento das ligações comerciais com o Panamá.
Maduro advertiu ainda que qualquer tentativa de interferência de outros governos será respondida com "força e contundência" e negou o acesso ao país de qualquer missão de organismo multilateral.
A Unasul anunciou que debaterá a situação na Venezuela na próxima semana no Chile.