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OEA fará reunião extraordinária para tratar caso Assange

Os representantes permanentes perante a OEA se reunirão na sede do organismo às 16h30 de Washington


	O ministro britânico das Relações Exteriores: William Hague, assinalou hoje que não há razões legais para outorgar um salvo-conduto ao fundador de WikiLeaks
 (Ben Stansall/AFP)

O ministro britânico das Relações Exteriores: William Hague, assinalou hoje que não há razões legais para outorgar um salvo-conduto ao fundador de WikiLeaks (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2012 às 18h01.

Washington - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) se reunirá nesta quinta-feira em sessão extraordinária para tratar "a situação entre o Equador e o Reino Unido" depois que o país latino-americano anunciou que concederá asilo ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Os representantes permanentes perante a OEA se reunirão na sede do organismo às 16h30 de Washington (17h30 de Brasília), segundo informou a instituição em comunicado.

O governo do Equador concedeu asilo a Assange nesta quinta por considerar que até agora o fundador de WikiLeaks não recebeu garantias do Reino Unido e da Suécia de que não será extraditado aos Estados Unidos, onde considera que sua vida correria perigo.

Nos EUA Assange é acusado do vazamento de milhares de documentos diplomáticos e dados militares secretos desse país por meio do WikiLeaks.

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, que fez o anúncio, se mostrou confiante que Londres outorgará o salvo-conduto a Assange para que abandone a embaixada.

No entanto, o ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, assinalou hoje que não há razões legais para outorgar um salvo-conduto ao fundador de WikiLeaks.

"Não há nenhuma base legal que nos obrigue a isso", apontou Hague, ressaltando que a imunidade diplomática não deve ser utilizada para "dar refúgio" a supostos criminosos e que o processo na Suécia teria "garantias" legais.

Os chanceleres da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) também convocaram uma reunião extraordinária sobre o tema para este fim de semana em Guayaquil (Equador), confirmou hoje uma fonte do Ministério de Relações Exteriores equatoriano.

O ativista australiano é requerido pelas autoridades suecas por supostos crimes sexuais contra duas mulheres desse país, às quais conheceu em Estocolmo em agosto de 2010. 

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