Obama vai para Cuba. Entenda o que ele deve fazer por lá
Presidente americano Barack Obama chega a Cuba neste domingo (20). Faz 88 anos que nenhum presidente dos Estados Unidos coloca os pés na ilha
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2016 às 16h24.
Neste domingo (20) o presidente dos EUA , Barack Obama , chega a Cuba para uma visita histórica. Faz 88 anos que nenhum mandatário dos EUA coloca os pés na ilha.
Engana-se, no entanto, quem pensa que a visita começou a ser arquitetada apenas em fevereiro, quando foi oficialmente anunciada.
A possibilidade já se delineava lá em dezembro de 2014, quando os dois países anunciaram o restabelecimento dos laços diplomáticos - após décadas de rompimento.
Antes do anúncio, os dois países já negociavam a reconciliação secretamente, havia pelo menos 18 meses - ou seja, tudo começou ainda em 2013.
Obama chega à ilha no domingo (20), e tem compromissos oficiais em Cuba na segunda (21) e na terça-feira (22). De acordo com a Casa Branca, Obama e Fidel não vão se encontrar. O mandatário dos EUA deve se reunir apenas com Raúl Castro, atual presidente de Cuba - e a pauta deve ser essencialmente política e econômica.
Além do encontro com Castro, outra cereja do bolo da visita de Obama é um discurso histórico que ele fará em Havana. Segundo meios de comunicação americanos, ele vai pedir mais liberdade ao povo cubano. Há ainda a expectativa, não confirmada, que a fala do mandatário seja transmitida em rede nacional de TV.
Obama também vai encontrar dissidentes, participar de uma partida de baseball e de uma cerimônia em homenagem à Igreja Católica, instituição que teve papel fundamental na negociação de reaproximação entre as duas nações.
Obama vai à ilha acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas Malia e Sasha. A primeira-dama, aliás, deve se encontrar com estudantes cubanas, algumas que chegaram a estudar nos EUA. Segundo o Guardian, ela vai levar perguntas de jovens americanas que estão curiosas sobre a vida no país.
"Agrados"
Apesar da reaproximação, o embargo - que existe desde o começo da década de 1960 - ainda segue firme e forte, e só será suspenso com o aval do Congresso, de maioria republicana.
Mesmo com o embargo, os EUA já adotaram uma série de medidas menores que dependem apenas do poder Executivo, que agradaram Cuba e que tornaram a relação dos dois países bem mais próximas.
A mais recente foi divulgada na última terça-feira (15), a menos de uma semana da chegada de Obama na ilha, que fica a menos de 150 km da Flórida, quando os EUA anunciaram novas medidas para tornar muito fácil a visita de norte-americanos a Cuba e para que o governo comunista da ilha possa promover o comércio internacional há muito restrito.
Autoridades dos EUA expressaram a esperança de que o novo relaxamento das regras financeiras e de viagens possa incentivar o governo comunista a responder com reformas econômicas que vêm demorando a se concretizar.
As novas medidas permitirão que os norte-americanos viajem com mais facilidade para Cuba independentemente de terem propósitos educacionais, culturais e de outros tipos, e que até então requeriam autorização, e sem ter que fazer parte de grupos de turistas. É claro que a medida é uma via de mão dupla: com a autorização, os EUA ajudam a encher os voos comerciais que saem do país para a ilha.
As alterações anunciadas na terça também podem abrir o caminho para as equipes da principal liga de beisebol norte-americana eventualmente contratar jogadores cubanos sem que esses tenham que desertar.
Os cubanos poderão a partir de agora receber salário ou pagamento nos Estados Unidos sem necessidade de renunciar à cidadania cubana, o que pode abrir as portas dos EUA também para artistas cubanos.
Neste domingo (20) o presidente dos EUA , Barack Obama , chega a Cuba para uma visita histórica. Faz 88 anos que nenhum mandatário dos EUA coloca os pés na ilha.
Engana-se, no entanto, quem pensa que a visita começou a ser arquitetada apenas em fevereiro, quando foi oficialmente anunciada.
A possibilidade já se delineava lá em dezembro de 2014, quando os dois países anunciaram o restabelecimento dos laços diplomáticos - após décadas de rompimento.
Antes do anúncio, os dois países já negociavam a reconciliação secretamente, havia pelo menos 18 meses - ou seja, tudo começou ainda em 2013.
Obama chega à ilha no domingo (20), e tem compromissos oficiais em Cuba na segunda (21) e na terça-feira (22). De acordo com a Casa Branca, Obama e Fidel não vão se encontrar. O mandatário dos EUA deve se reunir apenas com Raúl Castro, atual presidente de Cuba - e a pauta deve ser essencialmente política e econômica.
Além do encontro com Castro, outra cereja do bolo da visita de Obama é um discurso histórico que ele fará em Havana. Segundo meios de comunicação americanos, ele vai pedir mais liberdade ao povo cubano. Há ainda a expectativa, não confirmada, que a fala do mandatário seja transmitida em rede nacional de TV.
Obama também vai encontrar dissidentes, participar de uma partida de baseball e de uma cerimônia em homenagem à Igreja Católica, instituição que teve papel fundamental na negociação de reaproximação entre as duas nações.
Obama vai à ilha acompanhado da mulher, Michelle, e das filhas Malia e Sasha. A primeira-dama, aliás, deve se encontrar com estudantes cubanas, algumas que chegaram a estudar nos EUA. Segundo o Guardian, ela vai levar perguntas de jovens americanas que estão curiosas sobre a vida no país.
"Agrados"
Apesar da reaproximação, o embargo - que existe desde o começo da década de 1960 - ainda segue firme e forte, e só será suspenso com o aval do Congresso, de maioria republicana.
Mesmo com o embargo, os EUA já adotaram uma série de medidas menores que dependem apenas do poder Executivo, que agradaram Cuba e que tornaram a relação dos dois países bem mais próximas.
A mais recente foi divulgada na última terça-feira (15), a menos de uma semana da chegada de Obama na ilha, que fica a menos de 150 km da Flórida, quando os EUA anunciaram novas medidas para tornar muito fácil a visita de norte-americanos a Cuba e para que o governo comunista da ilha possa promover o comércio internacional há muito restrito.
Autoridades dos EUA expressaram a esperança de que o novo relaxamento das regras financeiras e de viagens possa incentivar o governo comunista a responder com reformas econômicas que vêm demorando a se concretizar.
As novas medidas permitirão que os norte-americanos viajem com mais facilidade para Cuba independentemente de terem propósitos educacionais, culturais e de outros tipos, e que até então requeriam autorização, e sem ter que fazer parte de grupos de turistas. É claro que a medida é uma via de mão dupla: com a autorização, os EUA ajudam a encher os voos comerciais que saem do país para a ilha.
As alterações anunciadas na terça também podem abrir o caminho para as equipes da principal liga de beisebol norte-americana eventualmente contratar jogadores cubanos sem que esses tenham que desertar.
Os cubanos poderão a partir de agora receber salário ou pagamento nos Estados Unidos sem necessidade de renunciar à cidadania cubana, o que pode abrir as portas dos EUA também para artistas cubanos.