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Obama se atém a questões internacionais, mas de olho nas eleições

A política externa não costuma ser um fator decisivo nas eleições americanas, mas os imperativos da diplomacia podem se tornar um campo minado para um candidato

Em Chicago, Obama e os presidentes dos outros 27 países aliados da Otan concordaram com a transferência das operações ao exército e ao governo afegão em 2013 (Eric Feferberg/AFP)
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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 12h41.

Chicago - O presidente americano, Barack Obama, passou o fim de semana tentando por fim à guerra no Afeganistão, evitar outra no Irã e proteger a economia mundial, tudo isto levando em conta que qualquer deslize pode custar a sua reeleição em novembro.

Geralmente, a política externa não é um fator decisivo nas eleições presidenciais americanas, mas os imperativos da diplomacia podem se tornar um campo minado para um candidato, como demonstrou recentemente o caso do dissidente chinês Chen Guangcheng.

A cúpula do G8 em Camp David de sexta-feira e sábado, além do encontro da Otan em Chicago no domingo e nesta segunda-feira, permitiram a Obama ocupar o palco internacional em plena campanha eleitoral, enquanto seu rival republicano Mitt Romney tenta aparecer em meio à publicação de comunicados.

Depois de por fim à guerra no Iraque, Obama pensa em anunciar aos eleitores o fim do conflito no Afeganistão. Mas, ao mesmo tempo, o democrata deve garantir que a retirada não provoque um afundamento do país.

Em Chicago, Obama e os presidentes dos outros 27 países aliados da Otan concordaram com a transferência das operações ao exército e ao governo afegão em 2013. A partir desta data, assumirão um papel de apoio que se prolongará até 2014, data de saída definitiva das tropas da Otan.

O presidente americano também tenta obter apoio financeiro para reconstruir o Afeganistão e evitar o retorno da rede terrorista Al-Qaeda no país, onde havia estabelecido sua base.

Um final responsável para a guerra poderia ser benéfico para a campanha eleitoral de Obama, mesmo que esta não seja a motivação principal do presidente, considerou Mark Jacobson, ex-representante civil da Otan no Afeganistão.


"Existe um benefício político para o presidente Obama em demonstrar uma presença forte sobre as questões de segurança nacional?", pergunta o especialista, para, em seguida, responder sem hesitar: "É claro".

Outro dos temas sensíveis da agenda é o Irã. Durante a cúpula do G8 de sexta-feira e sábado, Obama e os chefes de Estado dos países mais ricos do planeta voltaram a pressionar o regime de Teerã, esperando que as sanções obriguem o governo a deter seu programa nuclear.

Eventuais operações militares americanas ou israelenses contra o Irã podem provocar um aumento do preço do petróleo e colocar em perigo a lenta recuperação econômica americana.

Em Camp David, os líderes do G8 asseguraram que o mercado mundial será abastecido de petróleo quando o embargo europeu sobre o petróleo iraniano entrar em vigor, no dia 1º de julho.

Mas o mais importante para a reeleição de Obama é o estado da economia americana, que continua sua lenta recuperação, mas que ainda é incapaz de absorver uma eventual piora da crise na Europa.

Durante o G8, Obama tentou se situar entre os governos que defendem a austeridade e os dirigentes, como o novo presidente francês, François Hollande, que preferem uma política de reativação econômica.

Em última análise, o destino de Obama pode ser decidido em função de um acontecimento que não pode controlar, apesar de ser considerado o homem mais poderoso do planeta.

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Chicago - O presidente americano, Barack Obama, passou o fim de semana tentando por fim à guerra no Afeganistão, evitar outra no Irã e proteger a economia mundial, tudo isto levando em conta que qualquer deslize pode custar a sua reeleição em novembro.

Geralmente, a política externa não é um fator decisivo nas eleições presidenciais americanas, mas os imperativos da diplomacia podem se tornar um campo minado para um candidato, como demonstrou recentemente o caso do dissidente chinês Chen Guangcheng.

A cúpula do G8 em Camp David de sexta-feira e sábado, além do encontro da Otan em Chicago no domingo e nesta segunda-feira, permitiram a Obama ocupar o palco internacional em plena campanha eleitoral, enquanto seu rival republicano Mitt Romney tenta aparecer em meio à publicação de comunicados.

Depois de por fim à guerra no Iraque, Obama pensa em anunciar aos eleitores o fim do conflito no Afeganistão. Mas, ao mesmo tempo, o democrata deve garantir que a retirada não provoque um afundamento do país.

Em Chicago, Obama e os presidentes dos outros 27 países aliados da Otan concordaram com a transferência das operações ao exército e ao governo afegão em 2013. A partir desta data, assumirão um papel de apoio que se prolongará até 2014, data de saída definitiva das tropas da Otan.

O presidente americano também tenta obter apoio financeiro para reconstruir o Afeganistão e evitar o retorno da rede terrorista Al-Qaeda no país, onde havia estabelecido sua base.

Um final responsável para a guerra poderia ser benéfico para a campanha eleitoral de Obama, mesmo que esta não seja a motivação principal do presidente, considerou Mark Jacobson, ex-representante civil da Otan no Afeganistão.


"Existe um benefício político para o presidente Obama em demonstrar uma presença forte sobre as questões de segurança nacional?", pergunta o especialista, para, em seguida, responder sem hesitar: "É claro".

Outro dos temas sensíveis da agenda é o Irã. Durante a cúpula do G8 de sexta-feira e sábado, Obama e os chefes de Estado dos países mais ricos do planeta voltaram a pressionar o regime de Teerã, esperando que as sanções obriguem o governo a deter seu programa nuclear.

Eventuais operações militares americanas ou israelenses contra o Irã podem provocar um aumento do preço do petróleo e colocar em perigo a lenta recuperação econômica americana.

Em Camp David, os líderes do G8 asseguraram que o mercado mundial será abastecido de petróleo quando o embargo europeu sobre o petróleo iraniano entrar em vigor, no dia 1º de julho.

Mas o mais importante para a reeleição de Obama é o estado da economia americana, que continua sua lenta recuperação, mas que ainda é incapaz de absorver uma eventual piora da crise na Europa.

Durante o G8, Obama tentou se situar entre os governos que defendem a austeridade e os dirigentes, como o novo presidente francês, François Hollande, que preferem uma política de reativação econômica.

Em última análise, o destino de Obama pode ser decidido em função de um acontecimento que não pode controlar, apesar de ser considerado o homem mais poderoso do planeta.

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