Mundo

Obama prorroga "emergência" sobre Venezuela por mais um ano

Obama assinou em março de 2015 uma ordem executiva se referindo à crítica situação do país caribenho, a qual já renovou em março de 2016

Venezuela: Obama determinou que a situação na Venezuela constitui "uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Venezuela: Obama determinou que a situação na Venezuela constitui "uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

E

EFE

Publicado em 13 de janeiro de 2017 às 21h41.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, emitiu nesta sexta-feira uma ordem de continuidade de um ano da "emergência nacional" declarada em 2015 sobre a Venezuela, onde, segundo indicou, "a situação não melhorou" e "o governo continua enfraquecendo as garantias dos direitos humanos".

Obama assinou em março de 2015 uma ordem executiva se referindo à crítica situação do país caribenho, a qual renovou em março de 2016 e agora prorrogou por mais um ano antes de deixar o poder na próxima semana nas mãos do presidente eleito, Donald Trump.

Para a prorrogação da ordem, o atual presidente argumentou hoje que a Venezuela segue sofrendo com "a perseguição dos opositores políticos, a restrição da liberdade de imprensa, o uso da violência e violações aos direitos humanos".

Além disso, Obama indicou que o país continua presenciando atos repressivos nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro, detenções arbitrárias de opositores e manifestantes, além de corrupção governamental.

Na ordem estendida hoje, Obama determinou que a situação na Venezuela constitui "uma ameaça incomum e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos", motivo pelo qual declarou "uma emergência nacional para lidar com essa ameaça".

A declaração de uma "emergência nacional" é uma ferramenta com a qual conta o presidente dos Estados Unidos para aplicar sanções contra um país sob determinadas circunstâncias, e que lhe permite ir além do que é aprovado pelo Congresso.

Após a declaração inicial em 2015, os Estados Unidos tentaram explicar que a acusação de "ameaça para a segurança nacional" é simplesmente a fórmula que os presidentes americanos devem usar para ter uma base legal que lhes permita impor sanções e que realmente não considera o país ameaçador.

Mas o decreto debilitou ainda mais seus laços com o governo de Maduro, que acusa os Estados Unidos de ingerência e de contribuir para desestabilizar o país.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Venezuela

Mais de Mundo

Programa espacial soviético colecionou pioneirismos e heróis e foi abalado por disputas internas

Há comida nos mercados, mas ninguém tem dinheiro para comprar, diz candidata barrada na Venezuela

Companhias aéreas retomam gradualmente os serviços após apagão cibernético

Radiografia de cachorro está entre indícios de esquema de fraude em pensões na Argentina

Mais na Exame