Exame Logo

Obama homenageia Gates em sua despedida

Obama compareceu à cerimônia de despedida do secretário de Defesa Robert Gates, que deixa o governo após quatro anos e meio em um posto difícil

Obama homenageia Gates (Getty Images / Allison Shelley)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2011 às 20h11.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou nesta quinta-feira o recém-aposentado secretário de Defesa, Robert Gates, descrevendo-o como um homem humilde, que amava suas tropas.

Obama compareceu à cerimônia de despedida de Gates, que deixa o governo após quatro anos e meio em um posto difícil, num momento de grande turbulência internacional, incluindo as guerras no Iraque e no Afeganistão, que ele supervisionou.

Em um gesto surpreendente, Obama condecorou Gates com a Medalha Presidencial da Liberdade ("Presidential Medal of Freedom" em inglês), a mais alta honra que que pode ser concedida a um civil.

O mandatário americano disse que Gates é um "patriota americano humilde, um homem de bom senso e decência, simplesmente um dos melhores servidores públicos de nossa nação".

"Hoje não só é um dos secretários de Defesa americanos que mais tempo ficaram no cargo na história dos Estados Unidos. Também está claro que foi um dos melhores", disse Obama em uma cerimônia marcada pelos ruídos dos aviões que decolavam do Reagan National Airport.

"Sinto-me profundamente honrado e emocionado", disse Gates depois de receber a medalha, algo que não estava previsto no programa oficial da cerimônia.

"Deveríamos ter sabido há alguns meses que você está ficando muito bom nessas coisas secretas", brincou Gates, referindo-se à operação que matou Osama Bin Laden no início de maio.


No comando do Pentágono, Gates passou por duas guerras nas quais seu discreto pragmatismo e sua grande experiência foram reconhecidos tanto por militares como por políticos.

O ex-secretário de 67 anos, que escalou a hierarquia da CIA durante a Guerra Fria até se tornar diretor do organismo de inteligência, antes de assumir o Departamento de Defesa, no auge do conflito no Iraque, afirma que sua vida pública chegou ao fim.

O ex-presidente George W. Bush designou Gates em 2006 para a chefia do Pentágono para suceder ao combativo Donald Rumsfeld, que se tornou alvo das maiores críticas pela controversa guerra do Iraque e pelo tratamento dado aos detidos.

Após as sequelas da era Rumsfeld, Gates reduziu as tensões e melhorou as relações com os comandantes militares, com o Congresso e com os aliados externos dos Estados Unidos.

Mas, depois de quatro anos sendo o que ele chamou de "secretário de Guerra", as responsabilidades assumidas começaram a pesar cada vez mais. Sua voz chegou a ficar embargada quando se dirigiu aos jovens soldados em combate.

Quando o presidente Barack Obama pediu a ele que ficasse no comando do Pentágono em 2009, Gates se tornou o primeiro secretário de Defesa a receber esse tipo de solicitação de um novo presidente, prova de sua boa reputação no Congresso, onde poucas vezes foi criticado.

Obama não hesitou em apresentar a carreira de Gates como um exemplo, no momento em que vive uma situação difícil com os republicanos que controlam a Câmara dos Representantes.

Os republicanos rejeitam qualquer aumento dos impostos nas difíceis negociações com a Casa Branca para evitar uma interrupção dos pagamentos da dívida americana antes do início de agosto.

"A integridade de Bob Gates também lembra, principalmente às pessoas aqui em Washington, de que uma postura de civilidade e respeito, e de cidadania sobre partidarismo não são relíquias pitorescas do passado", afirmou o presidente.

"São virtudes atemporais de que precisamos mais do que nunca. Sem levar em consideração nossas diferenças partidárias ou ideológicas, podemos manter um país forte, lembrando apenas o que nos torna grandes: nossa capacidade de trabalhar juntos".

Gates deixa o cargo para Leon Panetta, que atualmente dirige a CIA.

Veja também

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou nesta quinta-feira o recém-aposentado secretário de Defesa, Robert Gates, descrevendo-o como um homem humilde, que amava suas tropas.

Obama compareceu à cerimônia de despedida de Gates, que deixa o governo após quatro anos e meio em um posto difícil, num momento de grande turbulência internacional, incluindo as guerras no Iraque e no Afeganistão, que ele supervisionou.

Em um gesto surpreendente, Obama condecorou Gates com a Medalha Presidencial da Liberdade ("Presidential Medal of Freedom" em inglês), a mais alta honra que que pode ser concedida a um civil.

O mandatário americano disse que Gates é um "patriota americano humilde, um homem de bom senso e decência, simplesmente um dos melhores servidores públicos de nossa nação".

"Hoje não só é um dos secretários de Defesa americanos que mais tempo ficaram no cargo na história dos Estados Unidos. Também está claro que foi um dos melhores", disse Obama em uma cerimônia marcada pelos ruídos dos aviões que decolavam do Reagan National Airport.

"Sinto-me profundamente honrado e emocionado", disse Gates depois de receber a medalha, algo que não estava previsto no programa oficial da cerimônia.

"Deveríamos ter sabido há alguns meses que você está ficando muito bom nessas coisas secretas", brincou Gates, referindo-se à operação que matou Osama Bin Laden no início de maio.


No comando do Pentágono, Gates passou por duas guerras nas quais seu discreto pragmatismo e sua grande experiência foram reconhecidos tanto por militares como por políticos.

O ex-secretário de 67 anos, que escalou a hierarquia da CIA durante a Guerra Fria até se tornar diretor do organismo de inteligência, antes de assumir o Departamento de Defesa, no auge do conflito no Iraque, afirma que sua vida pública chegou ao fim.

O ex-presidente George W. Bush designou Gates em 2006 para a chefia do Pentágono para suceder ao combativo Donald Rumsfeld, que se tornou alvo das maiores críticas pela controversa guerra do Iraque e pelo tratamento dado aos detidos.

Após as sequelas da era Rumsfeld, Gates reduziu as tensões e melhorou as relações com os comandantes militares, com o Congresso e com os aliados externos dos Estados Unidos.

Mas, depois de quatro anos sendo o que ele chamou de "secretário de Guerra", as responsabilidades assumidas começaram a pesar cada vez mais. Sua voz chegou a ficar embargada quando se dirigiu aos jovens soldados em combate.

Quando o presidente Barack Obama pediu a ele que ficasse no comando do Pentágono em 2009, Gates se tornou o primeiro secretário de Defesa a receber esse tipo de solicitação de um novo presidente, prova de sua boa reputação no Congresso, onde poucas vezes foi criticado.

Obama não hesitou em apresentar a carreira de Gates como um exemplo, no momento em que vive uma situação difícil com os republicanos que controlam a Câmara dos Representantes.

Os republicanos rejeitam qualquer aumento dos impostos nas difíceis negociações com a Casa Branca para evitar uma interrupção dos pagamentos da dívida americana antes do início de agosto.

"A integridade de Bob Gates também lembra, principalmente às pessoas aqui em Washington, de que uma postura de civilidade e respeito, e de cidadania sobre partidarismo não são relíquias pitorescas do passado", afirmou o presidente.

"São virtudes atemporais de que precisamos mais do que nunca. Sem levar em consideração nossas diferenças partidárias ou ideológicas, podemos manter um país forte, lembrando apenas o que nos torna grandes: nossa capacidade de trabalhar juntos".

Gates deixa o cargo para Leon Panetta, que atualmente dirige a CIA.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)GovernoPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame